Este novo capacete de moto da Roof, apresentado há dias na EICMA de Milão, não tem correia
O mais recente capacete de moto da Roof abre pela parte traseira, permitindo assim que seja colocado na cabeça do motociclista.
O fabricante de capacetes francês Roof está a repensar o funcionamento de um capacete de moto, com o seu modelo DJagger a ostentar um design inovador que dispensa por completo a tradicional correia jugular.

A Roof é famosa por fabricar capacetes modulares elegantes em que a queixeira roda, convertendo um integral num jet em segundos.
O DJagger, no entanto, é uma proposta bem diferente. Enquanto está na cabeça do motociclista, o DJagger parece praticamente igual a qualquer outro capacete no mercado. É elegante, desportivo e com excelente acabamento em fibra de carbono.
No entanto, quando o motociclista retira o capacete, as coisas tornam-se interessantes, pois em vez de desabotoar a jugular e deslizá-lo sobre a cabeça, os utilizadores do DJagger têm simplesmente de abrir a parte traseira do capacete para o retirar.
A parte traseira do capacete tem um mecanismo de dobradiça complexo que move a parte de trás, que normalmente está na nuca, para trás e para cima.
Uma vez totalmente aberto, o motociclista pode então deslizar o capacete para a frente, na direção da cara, como se estivesse a tirar uma máscara.
Segundo o fabricantes, o sistema oferece uma série de benefícios ao motociclista, incluindo maior conforto e redução do ruído.
Afirmam ainda que, como o capacete é colocado diretamente no rosto, em vez de sobre a cabeça, os óculos, para quem os usar, podem permanecer no lugar.

Esta não é a primeira vez que uma marca explora este estilo de capacete para motos. A GPA, também francesa, tinha um integral nos anos 80 que se fechava por baixo, rodeando o pescoço, e que em muitos países era impossível de homologar por a letra da lei mencionar uma correia de aperto, que o capacete não tinha. Ridículo, no mínimo, considerando que na altura era utilizado na Fórmula 1!

A Vozz foi outro conceito que lançou o RS1.0 em 2017. A reação e aceitação deste capacete não foram muito boas e, atualmente, no site da Vozz, apenas estão disponíveis capacetes tradicionais com correia jugular. Há uns anos a NEXX portuguesa também experimentou fazer um modular, inventado pelo dono, o Engº Hélder Loureiro, em que a queixeira abria em duas metades que deslizavam lateralmente, (chiu, era segredo!) abandonado devido à complexidade do sistema de cabos internos exigido pela solução. Devido ao mecanismo complicado, estes capacetes têm tendência a ser caros, o que também não ajudou a sua aceitação.
O DJagger está em fase de protótipo e testes e foi apresentado ao público pela primeira vez na EICMA na semana passada. Ainda não se sabe se o capacete chegará mesmo ao mercado ou qual será o seu preço de venda, mas parece funcionar.
















