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Como se dividem as Motos Adventure?

By on 6 Fevereiro, 2023

A categoria das motos Adventure é actualmente a categoria mais saudável do mercado com um crescimento exponencial em popularidade, diversidade da oferta e procura nos últimos anos. Isto justifica-se pela versatilidade e facilidade de utilização destes modelos e são óptimas notícias para todos os que gostam de motos.

Têm surgido opções Adventure para todos os gostos, níveis de experiência e bolsas! Mas para quem quer comprar a sua primeira Adventure, ou mesmo a sua primeira moto em absoluto, tanta diversidade levanta muitas questões e pode causar algumas dores de cabeça. Todos sabemos que escolher uma moto e andar de moto é um acto de paixão mas, ainda assim, vamos tentar deixar aqui algumas ideias e conselhos para ajudar nessa decisão numa filosofia de “duas cabeças pensam melhor do que uma”.


A nossa sugestão é a de fazermos uma abordagem racional e objectiva na fase de compra ou escolha para evitar ao máximo aqueles dissabores que surgem mais tarde quando percebemos que estamos apaixonados pela moto que comprámos mas, afinal, não lhe conseguimos comprar uns “sapatos novos” ou “levar a jantar fora” com a frequência que ela precisa, ou que afinal nunca vamos dar uso aquele super depósito de 35L de capacidade e teríamos ficado melhor com a versão do depósito normal.

Os segmentos do mercado Adventure
Optámos por dividir o mercado das Adventure em três segmentos: baixa cilindrada (até 600cm3), média cilindrada (de 600cm3 a 1000cm3) e alta cilindrada (acima de 1000cm3) e damos se seguida alguns exemplos de motos de cada segmento.
Nas Adventure de baixa cilindrada temos por exemplo a BMW G310 GS ou a Benelli TRK 251. A “meio da tabela” podemos dar como exemplo a Yamaha Ténéré 700 ou a Suzuki V-Strom 800 DE e, para finalizar, no segmento de alta cilindrada temos motos como a Honda CRF1100L Africa Twin ou a KTM 1290 Super Adventure. As motos de cada um destes segmentos partilham uma série de características – dimensões, autonomia, acessórios – que acabam por as direccionar para tipos de utilização semelhantes.

As Adventure de baixa cilindrada

BMW G 310 GS 2023


São no geral as motos com o menor peso e altura do assento mais baixa, muito práticas para uma utilização na cidade e arredores. Grande parte delas trazem de origem apoios para malas de viagem, ou estes são propostos pelas marcas de acessórios, pelo que as viagens não ficam limitadas por falta de capacidade para levar alguma bagagem. O maior constrangimento para a aventura poderá ser a menor potência do motor, e nalguns casos que apresentam depósitos de menor capacidade, alguma falta de autonomia. Os modelos do limite superior deste segmento, as 500 e 600, são motos extremamente versáteis, com autonomias que podem ser surpreendentes dada a economia desses motores.
Este é o segmento indicado para os iniciados dada a facilidade de utilização de motos mais leves, mais baixas e com o motor mais comedido, e também porque são virtualmente todas compatíveis com a categoria A2 da carta de condução.

As Adventure de média cilindrada

Yamaha Ténéré 700 2023


Este é o segmento para todos os gostos e utilizações! Desde as motos mais simples e tranquilas como uma Honda Transalp até um monstro de performance como a KTM 890 Adventure com os seus mais de 100cv. As Adventure de média cilindrada actuais são motos muito modernas, com excelentes componentes, elevados níveis de electrónica e com capacidades fora-de-estrada surpreendentes. Serão, possivelmente, a melhor escolha para quem quer fazer uma aventura até Marrocos com trajectos mesmo pelo deserto. “Comem” os 650Km de estrada de Lisboa até Algeciras ou Tarifa de uma tirada, metem-se no ferry para Tânger e já em Marrocos continuam a “comer” 500Km ou 600Km por dia entre estradões de terra batida e deserto propriamente dito sem pensarem duas vezes. É de relembrar que várias marcas têm participado com sucesso em provas do Campeonato Mundial de Rally-Raid com motos desenvolvidas a partir das versões base das suas Adventure de média cilindrada.
E apesar de “tanta aventura” continuam a ser motos muito versáteis para uma utilização diária num ambiente urbano, especialmente para quem já tenha alguma experiência e se sinta mais à vontade,

As Adventure de alta cilindrada

Honda CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports


Estas motas são definitivamente as rainhas das longas distâncias. Têm a potência, autonomia e conforto para rivalizarem com qualquer moto do mercado e ainda lhes ganham pela capacidade de alargarem os horizontes para as estradas de terra. Ou talvez neste caso seja mais prudente dizer “estradões de terra”. É importante ter em consideração que apesar de todas as ajudas electrónicas ao motor e suspensões estamosa a lidar com motos de dimensões e potências já bastante elevadas em comparação com o desejável para circular no todo-terreno e, além disso, relembrar que algumas habilidades que vemos feitas com estas motos por esse YouTube fora estão reservadas apenas a alguns sobredotados!
Estas motos são indicadas para pilotos mais experientes, e talvez com uma bolsa mais generosa (são os factos, não há como os negar), mas cobrem um nicho muito agradável e interessante das viagens de aventura: a viagem de aventura a dois. São motos que dadas as suas características nos permitem cobrir longas distâncias confortavelmente e em segurança, por estradas de asfalto ou terra, com pendura. Ora este fator pode ter peso decisivo na altura de escolher a nossa “aventureira”.

Raios ou jantes?

Raios ou jantes?


Pois é… Grande parte dos modelos Adventure têm uma versão equipada com jantes e outra equipada com rodas raiadas. Afinal qual é a diferença? Quais são as vantagens e desvantagens? As rodas raiadas por serem um conjunto de vários elementos oferecem uma maior flexibilidade e capacidade de absorção das pancadas que as tornam mais adequadas ao todo-terreno. Em caso de dano regra geral cedem primeiro os raios e de seguida o aro exterior. Como habitualmente são usados pneus com câmara de ar (embora existam rodas raiadas adaptadas a tubeless) mesmo num caso mais extremo de uma fenda ou racha no aro poderemos continuar a circular e, no momento da reparação teremos apenas que substituir os elementos danificados.
As jantes, por serem uma peça única, são mais rígidas e por isso mais precisas na condução em asfalto. Transmitem mais as irregularidades (e por isso desconforto) no fora-de-estrada. Regra geral montam pneus tubeless o que no caso de uma fissura ou rachadela na jante nos impedirá de fazer uma reparação de “beira de estrada” em 99% das ocasiões. Além disso quando existem danos deste tipo teremos que substituir a jante, por ser uma peça única, que regra geral é mais oneroso que a substituição necessária no roda de raios. Sobre jantes, raiadas ou em liga, iremos abordar este tema com maior detalhe num próximo artigo

Esperamos que tenham aqui um bom ponto de partida para a escolha da vossa próxima ou primeira “aventureira”!

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