Se estava a pensar viajar de moto para os Altos Pirinéus, em Espanha, esqueça! A circulação de motos foi proibida durante todo o ano no Parque Natural dos Altos Pirinéus, uma medida justificada para limitar a poluição sonora. O mesmo não sucede para os carros.

A notícia vem de Espanha, onde a entidade gestora do Parque Natural dos Altos Pirinéus criou uma Zona Especial de Qualidade Acústica (ZEPQA), proibindo o acesso a motos, quadriciclos e buggies durante todo o ano. Uma decisão estimulada em parte pela intolerância das comunidades locais, e agora declinada num regulamento ad hoc  que, se por um lado aplica um squeeze sem distinção a categorias inteiras, por outro não atinge de forma alguma os automóveis, de qualquer tipo , tipo, anos e emissões (acústica ou outras).

Uma medida que já está a gerar manifestações da parte de algumas associações de promoção e defesa do mototurismo . Uma delas é a ‘Moto de Campo Sostenible’ que, também apoiada pela RFME (Real Federación Motociclistica Española) , falou em “discriminação injustificada” por esta disposição, aplicada a uma área de cerca de 800 quilómetros quadrados.

Com efeito, a organização alega que a falta de limites acústicos de que gozam os automóveis colide com a proibição arbitrária imposta a todos os motociclos e, por isso, constitui um prejuízo. Assim, a Moto de Campo Sostenible convidou a gestão de frotas a estabelecer limiares fixos de ruído, aplicáveis ​​a todas as viaturas.

Por seu lado, a entidade gestora do Parque Natural defende a iniciativa e fala de uma necessária “avaliação da qualidade acústica para a conservação dos ecossistemas e da biodiversidade”, anunciando a instalação de novos postos de carregamento de veículos elétricos.