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Construtores, marcas e fabricantes da ‘Grande Muralha’

By on 14 Fevereiro, 2021

São gigantes, ainda desconhecidas para muitos, tão imponentes e abrangentes como a longa ‘Grande Muralha’ da China, com acordos estabelecidos com grandes construtores de toda a parte… e hoje, essas fábricas chinesas, são uma roldana essencial na indústria de motos.

Cresceram, impuseram as suas regras, e tornaram-se numa peça fundamental na economia à escala global e, com trabalho e os seus ‘juncos’ carregados de matéria prima tornaram-se vitais para o impulso da indústria de veículos a uma escala global… abrindo inclusive portas na transição para a mobilidade elétrica.   

A NOVA FÁBRICA DA GIGANTE CFMOTO

Na grande China existem cerca de 200 diferentes fabricantes de veículos motorizados de duas rodas, e cerca de 240 marcas produzem mais de 20 milhões de unidades/ano de ciclomotores e motos de médio/grande porte. Estamos a falar de números avassaladores, impressionantes para um país como o nosso – possivelmente, até superiores à ‘grande revolução’ japonesa onde de um cenário semelhante com centenas de fabricantes acabaram por se fundir em 4 grandes polos industriais: Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki. Mas essa é uma outra história!

ZONGSHEN CYCLONE RX6

O desenvolvimento tecnológico é real, a qualidade crescer, reforçaram a aposta em motores multi-cilindros e as exportações para a Europa e América subiram vertiginosamente nos últimos dez anos. Os principais fabricantes de motos da China incluem as marcas Grand River,  Haojue, Lifan, Loncin, Zongshen, Jialing, Jianshe, Qianjiang, Haojin, Shineray, Bashan, Jonway, Wuxi Futong e Cyclone. As E-scooters, e outros veículos de duas rodas puramente elétricos, estão a tornar-se cada vez mais importantes.

Muitos fabricantes de motos estrangeiras cooperam com empresas chinesas de motos: a BMW com a Loncin, a Fantic e Piaggio com a Zongshen, a Suzuki com Haojue, Peugeot com Qingqi, Yamaha com Jianshe, Honda com Jialing e MV Agusta com Qianjiang, o proprietário da Benelli. Várias joint-ventures vão desde a fabricação pura de motos, até empresas coordenadas de pesquisa e desenvolvimento e produção conjunta e até cooperações em vendas e marketing. Por decreto, o sócio chinês detém pelo menos 51% das ações em empresas bilaterais.

O ACORDO RECENTE DA MV AGUSTA

Pegando no exemplo de Zuo Zongshen, este fundou uma oficina de motos em 1982 em Chongqing, numas pequenas instalações de bairro. Em 1992 surgiu a primeira fábrica da Zongshen, em 1996 a primeira moto própria. Hoje, o Grupo Zongshen tem cerca de 18.000 funcionários em cerca de 30 subsidiárias e joint ventures, e constrói cerca de quatro milhões de veículos motorizados de duas rodas por ano. Isto é mais do que a Kawasaki!

As áreas de negócios mais importantes da Zongshen são motores, motociclos e imóveis. As duas subsidiárias listadas ‘Zongshen Power’ e ‘Zongshen PEM’ fundaram a sua própria cadeia de oficinas de motos Master Zuo,e  a ATU só para o mercado chinês em 2010.

APRILIA TERRA 150 PRODUZIDA NA ZONGSHEN APÓS ACORDO COM A PIAGGIO

Desde 2004, a Zongshen vem produzindo uma série de modelos Aprilia e Piaggio e é também responsável pela distribuição de todas as marcas Piaggio na China, bem como Harley-Davidson. A Zongshen constrói todas as motos e motores Malaguti para a Fantic, tendo ainda a empresa uma fábrica de motos em ascensão no Vietnam.

As marcas do império Zongshen estão registadas em mais de 160 países. Entre elas, a Lexmoto (Reino Unido), Motorhispania (Espanha), Minsk (Rússia e Bielorrússia), Zanella (Argentina), AKT (Colômbia), Ryuka (Tailândia), além de Kasinski (Brasil) e Zündapp. Em termos de desporto, a equipa de fábrica da Zongsheng tornou-se a primeira equipa chinesa a competir num campeonato do mundo de motociclismo em 2002!

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