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Escapes. Som ou barulho? Parte II

By on 29 Janeiro, 2019

Continuando a nossa reflexão sobre o som, ou barulho, dos escapes, falemos da legislação em maior detalhe. Fazer regras só é útil quando elas são aplicadas. No que diz respeito às características de homologação, é simples: quando o som de um motociclo ou de um silenciador pós-venda está acima do limite, o veículo ou o silenciador não recebe homologação e não pode ser vendido. Se o veículo for homologado e está em circulação, é uma questão diferente. Como mencionado acima, quando um veículo recebe a homologação, a emissão sonora quando estacionário com uma certa velocidade do motor também é medida. Esses valores são conhecidos pelas autoridades.

O nível de som e as rotações do motor correspondentes por minuto da moto podem ser vistos na chapa VIN (número de identificação do veículo), que é rebitada à estrutura da moto. Isto não se aplica a quem tem um tipo de moto mais antigo (pré Euro 3). Nalguns países, já se pode encontrar o limite de som e as rotações de cada moto no site da autoridade nacional rodoviária quando se digita a matrícula ou o número do quadro. A polícia pode usar essas informações em operações stop para verificar se a sua moto não produz demasiado ruído.

Em muitos países, as coisas vão ainda mais longe: a polícia nem precisa de medir o som: quando o agente acha que é demasiado elevado, não há nenhuma marca das normas E no silenciador ou o silenciador foi claramente adulterado, podem passar uma multa e até mesmo proibir a continuação da viagem. Porém, segundo a maioria das organizações nacionais, fica claro que na maioria dos países não há muita fiscalização.

Na Europa, a polícia concentra-se nas áreas mais frequentadas por motos, como os Alpes italianos ou as retas nos diques da Holanda. Como os controles à beira da estrada são quase impossíveis, a reação mais comum da polícia a emissões claramente ilegais é convocar o motociclista para uma inspeção suplementar à sua moto num centro de testes. Nalguns casos, as multas são passadas no local.

Em Portugal, com as inspeções ainda por entrar em vigor, tem ficado tudo em águas de bacalhau, mas também é preciso dizer que, com a quase desaparição das motorizadas a dois tempos de som mais estridente e francamente irritante, o problema do barulho foi largamente atenuado e não parece preocupar as autoridades sobremaneira, comparado, por exemplo, com o número de fatalidades em duas rodas.

Além disso, o que uns consideram barulho, outros vêem como apenas som. Na perceção de uma pessoa isso acontece um pouco mais cedo do que na perceção de outra pessoa. Demasiado ruído leva a irritação, reclamações de saúde e, eventualmente, contra-medidas, como fechar estradas ou mesmo cidades aos motociclos. Já vimos isto em certas zonas na Holanda, Áustria e Alemanha. Para a FEMA, as normas de ruído não precisam de ser reduzidas novamente, mas todos acabamos por ser prejudicados por motos excessivamente barulhentas. Pensem nisso antes de remover esse silenciador ou montar um tubo de escape ilegal.

O teste de Abertura Total do Acelerador (WOT)

O veículo vem da esquerda e segue a linha C-C. Em princípio, roda a uma velocidade constante de 50 km/h, mas ele pode dirigir a velocidade mais baixa e acelerar, desde que a velocidade na linha A-A seja exatamente 50 km/h. Quando a frente do veículo passa a linha A-A, o acelerador deve ser deslocado para a posição de aceleração máxima tão rapidamente quanto possível e mantido nesta posição até que a parte traseira do veículo passe pela linha B-B.

Nesse momento, o acelerador deve ser deslocado para a posição de marcha lenta (fechado) o mais rápido possível. Os microfones para a medição do som são ajustados na linha P-P a 7,5 metros da linha C-C. O comprimento total do intervalo de teste é de 40 metros. Num raio de 50 metros medido a partir do centro da área de aceleração, não pode haver estruturas ou outros obstáculos que possam refletir ou afetar o som (mostrado na linha R50). Há muitos outros requisitos definidos em mais detalhe para o ambiente de teste e o próprio teste de som. Estes são descritos em detalhe no Regulamento UNECE 41.

O teste de som estacionário

O microfone é posicionado obliquamente atrás da saída a uma distância de 50 centímetros num ângulo de 45 graus no eixo longitudinal do veículo. No caso de um veículo com escape nos dois lados, são utilizados dois microfones situados em ambos os lados do veículo. A altura na qual os microfones são colocados é igual ao ponto mais alto da saída do silenciador, mas não a mais de 20 centímetros do solo.

A medição é feita em ponto morto e a uma velocidade do motor que é a metade do regime máximo. Se a rotação máxima do motor for menor ou igual a 5.000 rotações por minuto, ela será medida a uma velocidade que seja 75% da maior velocidade possível do motor. O espaço livre ao redor do veículo testado é de pelo menos três metros em todos os lados.

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