A Husqvarna, mais conhecida no segmento Off-Road, decidiu avançar com uma nova linha de motos para estrada e ir buscar inspiração a um passado histórico cheio de referências, tanto em modelos que marcaram determinadas épocas do seu percurso como fabricante de motos, como em resultados alcançados em vendas e em vitórias na competição. Foi o caso da SilverPilen lançada no mercado em 1955 e que vendeu mais de 11.000 unidades.

Depois de mais de 60 anos e tirando partido da “irmandade” com a a KTM, a Husqvarna decide desenvolver uma nova gama de motos, de design marcadamente vanguardista, e que vão recuperar na sua designação o sucesso da “Pilen” ( Flecha ) de outrora.

Assim nascem a Vitpilen ( Flecha Branca) modelos  401 e 701, motos de cariz desportivo, de conceito Racer, quase que uma Café futurista, se assim as podemos identificar, pelo seu aspecto minimalista e pela sua posição de condução,  e a Svartpilen, ( Flecha Negra ), que partilha praticamente a mesma ciclística da Vitpilen 401, embora num conceito Scrambler, mais abrangente no âmbito da sua utilização.

As suas linhas estão dentro do conceito de design que foi idealizado para estas novas Street Bikes da Husqvarna, desenvolvidas num atelier de design sueco, e são um misto de vanguardismo com um toque vintage e clássico, que reflete precisamente a ideia inicial da Husqvarna na criação das suas novas motos de estrada que era a de irem buscar no seu passado a projecção de uma nova realidade para o futuro.

Tal como a sua irmã Vitpilen a Svartpilen monta suspensões WP invertidas de 43mm e monoamortecedor traseiro da WP sem afinação. Os travões são Bybre ( 2ª marca da Brembo ) com disco de 320mm à frente e 230mm na roda traseira, com ABS Bosh de d 2 canais. Faróis e luzes são de tecnologia LED e painel de informação digital minimalista contém toda a informação necessária.

As rodas são de raios, de 17” tanto na frente como atrás, com um acabamento excelente que acentuam o conceito de Scrambler da Svartpilen. O quadro é em trelissa de aço cromo-molibdénio.

A Svartpilen monta o mesmo motor da sua irmã e da Dike 390, um mono-cilíndrico de 375cc que debita 44CV às 9.000rpm e um binário de 37 PNm às 6.500rpm, que apesar de não serem valores fora do comum há que ter em conta o pouco peso da Svart de apenas 145Kg.

A embraiagem é deslizante o que confere maior suavidade à condução do mono-cilíndrico, muito leve de acionar embora mecânica, e a caixa de 6 velocidades é precisa e bem escalonada. A transmissão final é por corrente.

A Svartpilen, como o nome indica, está disponível apenas na cor negra, e o seu PVP é de 7.375 eur, o que a posiciona no mesmo patamar da Scrambler Ducati modelo Sixty2 que tem também 400cc de cilindrada e 40Cv de potência e um PVP de 7.795 eur ou seja 400 eur mais cara. São por isso modelos sofisticados tecnologicamente, embora minimalistas e dentro de um estilo neo-clássico, justificam o posicionamento de preço que a marca definiu.

É impossível ficar indiferente às linhas e ao design da Svartpilen 401 e considerando a experiência que já tivemos no ensaio da Vitpilen 401, facilmente podemos imaginar o prazer que esta Scrambler, pela sua posição de condução mais ”friendly” irá proporcionar. Contamos poder ensaiar a Svartpilen em breve e dar-vos mais notícias.

FICHA TÉCNICA