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Indian FTR Black Swan 2: Com alma de streetfighter

By on 1 Março, 2022

A segunda de duas Indian FTR especiais construídas por Brice Hennebert, o criador da famosa Appaloosa, é uma genuína streetfighter de rua, com muito ADN de pista e um perfil por demais radical.

Fotos Indian / Antoine Hotermans

A Indian Motorcycle e o preparador belga Workhorse Speed Shop, revelaram a segunda de duas customizações muito especiais da Indian FTR, a Black Swan 2.

A primeira Black Swan foi uma ‘concept-bike’ que o fundador da Workhorse, Brice Hennebert, concebeu há vários anos, quando no concurso da Wheels & Waves de Biarritz, França, enfrentou a bela Indian Scout criada pelo ‘Miraculoso Mike’ da Young Guns. Tal como com na concepção anterior da FTR AMA, a inspiração de estilo da Workhorse provém de múltiplas direcções e épocas, das soberbas motos dos anos 90, das modernas motos de Grandes Prémios aos Porsche que modifica para os fãs do tuning.

FTR Black Swan by Workhorse Speed Shop

“O dono desta moto deu-me total liberdade em torno do projecto. Por isso, dei o máximo em todos os níveis. Esta moto é bastante única, e a construção, a mais complicada que já fiz até à data”, sublinha o proprietário da Workhorse, Brice Hennebert. Após os esboços preliminares, Brice fez uma viagem à Akrapovič HQ na Eslovénia, para ajudar a fabricar o belo sistema de escape ‘2 em 1’, com o silencioso silencioso de baixo perfil a manter o perfil elegante que imaginava. De volta à sua oficina, tendo-se atrasado na Eslovénia pelas fronteiras que se encontravam fechadas, Brice construiu uma rede de arame à volta da FTR, como base sobre a qual iria modelar a carroçaria em barro.

“Este passo foi de facto mais fácil do que esperava, porque não precisei de criar uma carroçaria totalmente simétrica em barro, apenas metade da moto. Uma vez isto feito, utilizei um scanner 3D para passar a forma à Formae Design, que trabalhou comigo para refinar o modelo virtual, criar a simetria de corpo inteiro, e integrar todos os acessórios. Christophe, da Formae, ajudou-me muito na definição final do design da moto.”

Enquanto a Formae aperfeiçoava o desenho, Brice foi realizando outras modificações, tais como a fabricação do depósito de combustível em torno do sistema de admissão de ar original.  A Vinco Racing Engineering também deu uma ajuda com muitos componentes maquinados a CNC dos designs de Brice, tais como o braço oscilante, no triângulo de direção do quadro, nos componentes de fornecimento de combustível, e muito mais.

Com o modelo CAD finalizado e impresso em 3D, tudo foi então passado a Robert Colyns da 13.8 Composites, um mestre no fabrico de fibra de carbono que trabalhou na impressão 3D para criar uma superfície perfeita num molde para o corpo de uma só peça.

“Como tinha decidido deixar à vista a fibra de carbono e não pintá-la, dei a Robert a liberdade de escolher a tecelagem de carbono que pareceria melhor e ficaria mais funcional com o desenho que lhe tinha dado.” Assim, em poucas semanas estava criada toda a cobertura monobloco da FTR Black Swan, com apenas 1,8 kg!

Com a cobertura da moto finalizada, incluindo a desportiva bacquet monoposto e a ‘barriga de alumínio’ inferior para melhor resistência ao calor de escape, Brice teve ainda de implementar uma das suas ideias primárias, o frontal quadrado e clássico que envolve a ótica redonda, resultando num ar sinistro e intimidante.

Com o corpo de carbono, o ‘Cisne Negro’ faz jus ao seu nome, sobrepondo à sua longa distância entre eixos um inegável estilo de pista com o perfil de uma naked urbana. Outros pontos-chave que distinguem esta streetfighter da Workhorse, são o novo braço oscilante de alumínio 7020, assim como a forquilha Öhlins Racing pintada a preto e com bainhas especiais.

O sistema de travagem foi fornecido pela Beringer. “Eles permitiram a utilização de um sistema protótipo, um dos sistemas de travagem mais leves que têm, cerca de 1 kg mais leve na roda dianteira”, diz Brice Hennebert, realçando ainda a impotância da ligação da suspensão às rodas de carbono Rotobox com pneus GP Racer fornecidos pela Dunlop para uma ligação perfeita ao solo.

Os acabamentos foram fornecidos por uma casa especializada que tratou da cobertura do assento e do tablier com Alcantara, inspirado nos painéis de instrumentos dos Supercarros. “Não teve um sentido prático essa decisão, até porque o aspeto final é que conta”, conclui Brice, subinhando a importância e agradecendo às muitas empresas envolvidas no projeto. “Deu-me muito prazer trabalhar a Black Swan 2, e espero que o futuro dono sinta o mesmo que eu”, conclui Brice. Afinal… personalizar é uma forma de arte, um trabalho que se faz por prazer e onde as horas não contam…

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