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Viajar de moto – 1ª etapa, a preparação!

By on 16 Janeiro, 2023

Texto e fotos de Rogério Carrilho

Preparar uma viagem? Sim, esta deverá ser a primeira etapa para todos os que gostam de viajar de moto. Para aqueles que têm como preferência viajar sozinhos, então é fundamental uma preparação mais cuidada.

Assim que surge a ideia ou oportunidade de fazer uma viagem, independentemente de ainda não haver uma decisão final para onde ir, há pormenores que devem fazer parte de uma “checklist” inicial e que deverão de imediato ser considerados.

Há os que decidem na noite anterior, arrancar no dia seguinte de manhã. Mas também há os que gostam, com semanas de antecedência, preparar as viagens, reservando alojamento, locais onde comer, paragens de descanso e reabastecimento, fazer a revisão da moto e até a substituição de pneus, caso necessário.

Quem gosta de realizar reportagem das suas viagens pensa logo em carregar as baterias das câmeras, formatar os cartões de memória, procurar o tripé, suportes para o capacete e para a moto, as powerbanks, cabos USB…etc. Todos os gadgets que normalmente carregamos para documentar a nossa aventura, seja ela qual for e onde for.

Depois desta fase, uns decidem realizar uma viagem mais aventureira, mais longa ou mais curta, assim como outros tomam a decisão de efetuar um simples passeio com o objetivo de um almoço fora ou visita a um local histórico e voltar.

Há quem já tenha decidido numa 6ª feira às 11h da noite, sair no sábado as 7h da manhã, fazer 1000 km e voltar no domingo de manhã sem programar nada! Apenas com uma ideia de trajeto!

Mas, para muitos, a preferência continua a ser de preparar tudo com antecedência, atenção e pormenor. A moto, a meteorologia, o percurso, as distâncias, etc.

Vamos então à preparação!

Nos extremos encontramos dois tipos de viajantes de moto, por um lado aqueles que carregam a moto com tudo (tudo faz falta ou pode fazer), com malas e sacos em cima das malas e jerricans de combustível em cima dos sacos! E depois, temos os minimalistas, aqueles que um simples saco e uma mochila, levam o que acham suficiente para o seu tipo de viagem.

O peso a mais não ajuda em nada. No comportamento da mota, no desgaste, nos consumos, na segurança!

1. Preparação da moto:

Para quem conduz a sua moto com grande regularidade, é aconselhável ter alguns pormenores sempre revistos como a pressão dos pneus, o desgaste das pastilhas de travão e corrente lubrificada. Assim estará a meio caminho andado para sair em viagem.

Aqueles que têm as suas motos bastante tempo paradas na garagem, aconselhamos a que façam uma visita aos concessionários para uma vistoria geral, mais detalhada, de forma a ficarem mais seguros que tudo estará em condições para arrancar.

2. A meteorologia

O tempo pode surpreender-nos e as previsões meteorológicas nem sempre acertam, principalmente no outono/inverno/primavera, é bom levar sempre equipamento próprio para a chuva e para o frio, caso o seu equipamento usual não contemplar essa possibilidade ( ex: alguns blusões incluem interiores destacáveis para a chuva e/ou para o frio )

3. O Equipamento

Depois da verificação do tempo, há que dar atenção à nossa segurança e assegurar que o equipamento essencial, como o capacete, as luvas, o blusão, as calças e as botas, estejam em perfeitas condições e adaptados à condições da época e à viagem que vamos realizar. Para aqueles, mais descontraídos, que acham que uns sapatos de desporto ou botas de trekking, calças de ganga e blusão são suficientes para viajar, é melhor pensarem duas vezes.

4. Hora de definir o percurso!

Agora sim, o trajeto a percorrer. Existem algumas aplicações de navegação para um uso com telemóvel ou os diversos modelos de GPS dedicados.

Para os que utilizam telemével aconselhamos a que usem um telemóvel secundário, com proteção reforçada e impermeável, para usar como meio de navegação e preparem o seu trajeto pelo “google maps”, muitas das vezes suficiente para quem viaje por autoestrada ou estradas nacionais.

Se procuram realizar um percurso mais aventureiro, que inclua estradas nacionais e mais secundárias, e uma ou outra pista fora de estrada, então um dispositivo “GPS” dedicado é recomendável para garantir que viajam pelo caminho certo e inicialmente previsto.

Quantos km dá no total? No caso de uma viagem mais longa, aconselhamos a planear e efetuar várias paragens, dividindo o seu percurso em “etapas”. Sempre que faz uma paragem para tomar café ou apenas um rápido descanso., aproveite para confirmar a sua autonomia e onde abastecer .

Nunca levar o combustível ao limite antes de parar, ter o cuidado de deixar sempre uma margem de segurança de no mínimo 50 Kms de autonomia. Por exemplo se nos perdermos e tivermos que realizar x Kms para voltar ao nosso percurso inicial e não existir um posto de abastecimento podemos ficar numa situação chata  sem necessidade.

5. Alojamento: Para os mais aventureiros chega uma tenda. Sendo um extra de carga, o contacto com a natureza num campismo selvagem ou podendo ficar nos muitos parques de campismo que existem ao longo do caminho, confere um outro espírito a quem procura sair da rotina.

Os mais preocupados com a sua comodidade, normalmente quando se viaja acompanhado, já programaram o alojamento e reservaram os hostels, residenciais ou hotéis. Normalmente, também levam carga extra (roupa a mais) e gostam de ter a moto mais resguardada, durante a noite, na garagem do hotel ou local de alojamento.

Prontos para arrancar?

Estejam atentos pois nos próximos artigos a publicar, iremos abordar com mais pormenor todos os temas relevantes para quem gosta de viajar de moto e dar-vos a conhecer os melhores os equipamentos, os tipos de malas para transportar bagagem, o que transportar, que  ferramentas são imprescindíveis, como carregar a moto e outras dicas sobre custos, poupanças e sobretudo conselhos para viajarem com mais segurança.

Rogério Carrilho – MOTO+

Rogério Carrilho tem 57 anos e a sua paixão por motos nasce muito cedo com a sua primeira 50cc aos 10 anos. Na sua juventude e no seu grupo de amigos, todos eram apaixonados por motos. Alguns, mais tarde, tornaram-se campeões de Enduro, Motocross, Superbikes e participantes no Dakar! Hoje tornou-se uma espécie de “Lone Rider” e está sempre a imaginar a sua próxima aventura em duas rodas, diz que sozinho encontra melhor o seu caminho.

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