Fim da gasolina com chumbo
A gasolina com chumbo é coisa do passado. Certamente, muitos dos mais recentes condutores já nem sabem o que isso era. Mas agora, as Nações Unidas congratulam-se com o fim do uso da gasolina com chumbo, isto depois da Argélia encerrar em julho um dos últimos postos com este tipo de combustível. Um mundo a diferentes velocidades!
Foi no início da década de 1920 que o chumbo-tetraetila foi adicionado à gasolina para melhorar o rendimento dos motores de combustão. Embora extremamente poluente, e com graves riscos para a saúde e o meio ambiente, quase toda a produção de gasolina continha chumbo na década de 1970.
Foi só a partir da década de 1980 que os países com mais alta quota de uso proibiram o seu uso em benefício da gasolina sem chumbo. Mas o que se passou, foi que muitos países de baixa quota e média no consumos de carburantes continuaram a usá-lo, inclusive entre os membros da OCDE.
Diante disso, o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) lançou uma campanha em 2002 para incentivar o abandono definitivo da gasolina com chumbo. Uma campanha que rapidamente deu frutos, com o abandono do chumbo em uma década em quase todos os países. Em 2012, apenas 6 países ainda usavam esse combustível prejudicial.
A Argélia, que foi um dos últimos países a utilizar este recurso energético, finalmente cortou o fornecimento de gasolina com chumbo em julho de 2021, encerrando quase um século de operação.
Além de contaminar o ar, o solo, a água potável e as plantações de alimentos, a gasolina com chumbo é criticada por promover doenças cardíacas, derrame cerebral e câncro. De acordo com o PNUMA, a proibição global da gasolina com chumbo evitará 1,2 milhão de mortes prematuras a cada ano, aumentará o QI das crianças e economizará 2,450 bilhões de dólares para a economia global.
A partir de agora, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente está a concentrar-se noutro tema, desejando promover o desenvolvimento da mobilidade elétrica.
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