Pesquisa de combustível ‘verde’ avança

A transição energética parece inevitável. Mas alguns ainda querem acreditar no motor de combustão e estão a desenvolver combustíveis neutros em carbono. É o caso de uma nova fábrica única no mundo no Chile.

Apesar dos poderes públicos tentaem fazer-nos crer que a electricidade é a única solução, no entanto estão a desenvolver-se energias alternativas no bom e velho modelo de gasolina para continuar a fazer funcionar os motores térmicos. Mas como se torna urgente reduzir as nossas emissões poluentes, e o modelo 100% elétrico avança mais lento do que o esperado, a indústria caminha para avançar nos biocombustíveis.

Estes acabarão por se tornar obrigatórios no MotoGP e Marc Márquez, por exemplo, já testou um biocombustível da Repsol no depósito da sua RCV. Duas fórmulas competem nesse campo: o combustível produzido a partir de resíduos de biomassa e os biocombustíveis sintéticos produzidos a partir da captura de CO2 e hidrogénio renovável.

E é esta última solução que é notícia com a entrada em funcionamento de uma fábrica dedicada a este combustível sintético neutro em carbono no Chile, a primeira do seu género. Isso foi bem recebido pelo ministro da Economia do Chile, Nicolas Grau. “Esta fábrica vai, a partir do vento, da água, da captura de carbono, produzir um combustível completamente neutro em carbono. Estamos muito orgulhosos da liderança do Chile nessa área”.

De um ponto de vista mais técnico, o hidrogénio verde e o dióxido de carbono utilizados neste “e-fuel” são sintetizados, para gerar metanol que permitirá produzir gasolina. A comercialização está prevista para março de 2023, com planos de construir seis fábricas semelhantes em todo o mundo na próxima década.

Isto deixaria uma sensação de grande alívio a todos nós que adoramos o nosso bom e velho motor térmico.