SUZUKI KATANA 2.0 – by ACP Customs

By Pedro Rocha on 26 Julho, 2017

Quando a Suzuki Katana foi apresentada ao mercado em 1980 foi classificada como a moto mais rápida existente graças sobretudo ao seu motor de 1100cc herdado da naked GSX1100.

Curioso é ficarmos a saber que a Suzuki Katana foi pensada e desenvolvida na Alemanha pela Suzuki Deutchland que pretendia uma moto que fosse de encontro às sensibilidades dos seus clientes alemães. Foi então que foi contratado o Atelier Target Design, sendo que o projecto foi liderado por um antigo chefe do departamento de design da BMW Motorrad, Hans Muth.

A Hans Muth juntaram-se ainda Jan Fellstrom e Hans Georg Kasten e, com base na existente GSX 1100, começaram a desenhar o novo projecto da Katana. O seu desenho foi algo revolucionário para a altura , com linhas angulosas e a forma como a carenagem, o depósito e banco definiam uma única linha, algo nunca antes visto até então, e que veio a influenciar profundamente o universo de designers a partir de então. De tal forma que se não conhecessemos a Katana e a víssemos por primeira vez hoje iríamos jurar que era uma moto moderna.

A Suzuki Katana aqui retratada é uma versão profundamente transformada e que inclui elementos tecnológicos actuais e que certamente os mentores da versão original teriam gostado de utilizar na altura se os mesmos estivessem disponíveis.

A ACP Customs, com sede em Ontario, fundada por Mick Ackermann em 2011 preparou esta fantástica Katana 2.0 e introduziu na sua ciclística tudo o que de mais sofisticado existe no momento.

A preparação começou por uma desmontagem completa da Katana original para se tomar a decisão de que partes se iriam manter e que outras deveriam ser substituídas. Uma das partes que foi identificada como ponto fraco foi precisamente o seu quadro, pelo que se procedeu ao seu reforço em vários pontos, com estruturas triangulares e uma vez reforçado nos locais chave foram retirados elementos da sua estrutura considerados desnecessários contribuindo assim para a diminuição do peso do conjunto.

O passo seguinte foi a suspensão. As mesas foram maquinadas a a partir de peças de alumínio e toda a dianteira substituída pelos componentes de uma GSXR1000 de 2006, tendo-se montado suspensões Ohlins e travões Brembo. Na traseira manteve-se a solução adoptada na frente e montaram-se travões Brembo e dois amortecedores Ohlins.

A nível da motorização decidiu-se subir de 1100cc para 1200cc e montar um set de carburadores KeihinFCR39. O escape é um Nitro 4-2-1 fabricado em titânio e muito leve. O sistema eléctrico foi totalmente substituído, incluindo agora uma ignição electrónica da Dyna 2000, uma bateria Anti-Gravity, uma ignição M Lock RFID e um painel difgital de informação Motoscope Pro.