Ventos de mudança na MV Agusta e um previsível regresso às SBK
O CEO DA MV AGUSTA, TIMUR SARDAROV, REVELA PORMENORES SOBRE OS AMBICIOSOS PLANOS DA MARCA ITALIANA PARA O FUTURO, INCLUINDO UMA F3 ATUALIZADA, A PRODUÇÃO DE MODELOS ECONÓMICOS E O REGRESSO DA ICÓNICA F4.
Foram 12 meses intrigantes para a marca MV Agusta sob o comando do novo CEO Timur Sardarov, que assumiu totalmente o controle do negócio, afastando-o da dinastia Castiglioni.
Desde que Sardarov assumiu o comando da empresa, muito ‘ruído’ soou sobre a forma como o novo CEO quer conduzir os destinos da MV Agusta para afastá-la de uma marca especializada, de baixo volume de vendas, para uma marca de mercado virada para a produção em massa mas sem perder a sua identidade histórica.
Atualmente está a ser desenvolvida uma gama de modelos de médio alcance de 300-400cc em colaboração com a fabricante chinesa Loncin, bem como uma série de novos modelos de 500cc-600cc para colmatar uma lacuna na gama do fabricante e ganhar uma base nos mercados dominados pelas marcas japonesas.
No entanto, a MV Agusta não vai depender apenas dessas motos para chegar a meta de 20.000 vendas nos próximos anos. Terá atualizações nos seus modelos de topo, tanto na F3 como na icónica F4.
Especificando isto, o que sabemos é que a desportiva F3 está a ser desenvolvida com um novo pacote eletrónico e deve ser lançada já em 2021. Além disso, Timur Sardarov confirmou que uma nova F4 faz parte dos planos futuros da marca, embora ainda a alguns anos de distância. A moto será a base para um regresso ao Campeonato do Mundo de SBK e não será “apenas mais uma superbike”, embora confirme que não seguirá o caminho da Ducati que desenvolveu um novo motor V4.
Até hoje a MV Agusta continuou a produzir superdesportivas F3 800 e F3 675, embora os seus fãs não esqueçam a icónica F4 de quatro cilindros com mais de 200 CV, modelo descontinuado em 2018 devido aos mais recentes regulamentos de emissões euro4.
“Temos um plano preciso para o renascimento da marca e isso inclui a F4. A plataforma foi simplesmente descontinuada, mas um retorno dentro de um máximo de cinco anos está nos nossos planos. E também agendamos um regresso ao Campeonato do Mundo de Superbike”.
Enquanto isso, a Turismo Veloce terá um motor 950 e existe a possibilidade de uma nova cruiser com o mesmo motor para expandir ainda mais a gama. Além disso, o novo CEO da MV Agusta confirma que a marca Cagiva estará de volta num futuro próximo, mas será transformada numa marca de mobilidade urbana, com ênfase no transporte elétrico sustentável.
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