Quantos de nós não gostariamos de ter uma moto novinha junto à arvore de Natal, e porque não, um equipamento completo para andarmos na mesma? Pois bem, e se fosse uma moto especial, exclusiva, como poucas outras no mundo. Vamos então sonhar alto…

Boss Hoss

Para começar, que tal uma Boss Hoss, a moto de produção com o maior motor do mundo. Um V8 Chevrolet de oito cilindros claramente derivado do automóvel, com possibilidade de escolha entre várias cilindradas: de 6.200cc nas séries pequenas a 6.300, 7.439 e até 8.128cc dependendo do modelo.

Potências de 445 a 600 cv, quase o dobro de uma moto de MotoGP, com caixa semi-automática de duas marchas e marcha-atrás, feras temíveis.

Quanto aos preços desafiantes que chegam até aos 68.500 dólares (64.241€) deixe esse assunto com o Pai Natal.

Arch Motorcycles

Existem inúmeros fabricantes de motos extremamente especiais produzidas em séries muito limitadas, mas a Arch Motorcycles assume uma posição de relevo porque o ator Keanu Reeves, um motociclista entusiasta, está envolvido na empresa. E não atua apenas como frontman, mas tem colaborado na definição da parte estética e nos testes de desenvolvimento, além de ter participado ativamente dos eventos de apresentação.

As propostas são diferentes mas todas Sport Cruisers ao estilo americano, naked sem carenagem – no máximo uma carenagem pequena – movidas por grandes motores V-twin produzidos pela S&S, com cilindradas máximas que variam dos 2.032cc da KRGT-1 e 1S a 2.343cc da Method 143, o modelo mais recente e também o mais agressivo.

Belo no seu gênero, o braço oscilante unilateral, as vistosas entradas de ar no depósito e na cauda aerodinâmica as espirais espetaculares dos dois escapes.

A produção é limitada a apenas 23 unidades mas… talvez a Arch abra uma execepção para o Pai Natal.

Vyrus Alyen

A Vyrus sempre se destacou pela especificidade dos seus projetos mas a mais recente criação de Ascanio Rodorigo ultrapassa todas as fronteiras e merece mesmo o seu nome – Alyen – porque é mesmo fora do comum. Demorou nove anos para desenvolver o design, nascido de um esboço de Adrian Morton e elaborado pelo designer japonês Yutaka Igarashi junto com a Vyrus Design Team. A suspensão dianteira com braço oscilante de dois braços tem direção no cubo como já exisitia noutra Vyrus, o controle é hidráulico mas confiado a dois cabos de aço.

O perfil Omega do quadro abrange um motor Ducati Superquadro de 1285cc com 205 cv a 10.500 rpm; o quadro é composto por duas partes assimétricas em magnésio nas quais estão integradas conchas encaixotadas em fibra de carbono que formam o depósito de gasolina.

Em suma, a coisa mais normal é a suspensão traseira de triângulo único; tanto na frente quanto atrás os amortecedores são Öhlins, dispostos transversalmente em relação aos braços oscilantes e solicitados por meio de articulações. As rodas são Rotoboxes de 17″ e os discos de travão Brembo derivadas de Superbike estão disponíveis com GP4RR ou pinças de cerâmica de carbono. A produção prevista é de 20 unidades, o preço não está declarado mas é adequado para uma moto de sonho. Esta seria a moto que pediamos ao Pai Natal.

Horex

Uma marca histórica que ressuscitou e agora produz uma gama de motos naked construídas em torno de um motor muito interessante: a emoção de um seis cilindros Horex com as dimensões de um quatro cilindros e uma largura frontal de apenas 43 mm, porque a arquitetura é de um V muito estreito a 15° de inclinação. Três eixos de comando de válvulas num único bloco de cilindros, três válvulas por cilindro, a tecnologia VR6 desenvolvida pela Horex é o máximo em racionalização. 1218cc e 163 cv, há muito para desfrutar seja qual for o modelo que escolher: VR&I Raw, VR6 Classic e VR6 Café Racer.

Todas com quadro superior de alumínio de dupla trave, a Café Racer tem cabeçote de fibra de carbono para redução de peso, são utilizados materiais superleves e componentes de qualidade.

Suspensão Öhlins, garfo invertido com tratamento TIN de 43 mm Ø e amortecedor TTX36GP, os travões são Brembo e na frente há dois discos de 320 mm com pinças M50 com quatro pistões opostos, atrás um disco de 264 mm com dois pistões.

Can-Am Spyder

O guiador é de moto, tem vários outros componentes próprios de moto, mas conduzi-la é bem diferente, porque não inclina. A Can-Am oferece toda uma gama destes veículos de três rodas únicos, muito especiais e muito divertidos.

Duas rodas dianteiras e uma traseira, com várias opções de motorização (entre o Rotax 600 e 900 com caixa automática na Ryker, ao Rotax ACE 1330 de seis marchas dos dois modelos maiores Spyder F3 – o equivalente a uma moto Naked – e o Spyder RT, a versão touring. Estradas de terra, estradas com curvas e viagens longas estão ao seu alcance. Os preços começam nos 8.999 dólares (8.442€) para a Ryker e podem superar os 30.000 dólares (28.146€) para as mais exclusivas da Spyder RT. Mas para o Pai Natal, isso não é problema.