Destinos: Grécia, o paraíso dos Balcãs para desfrutar de moto

By Redação on 15 Junho, 2022

Com a chegada da primavera/verão, descobrir novos horizontes faz bem à alma, relaxa, mas se o fizer de moto, tanto melhor. Vamos então começar o nosso roteiro no Velho Continente por um dos países mais procurados por motociclistas, com belas praias, montanhas repletas de mistérios, a capital Atenas e a famosa Acrópole do século V a.C.

Fotos: @Feelgood Travel

Considerada o berço da civilização ocidental, a Grécia tem um grande nome para férias na praia e viagens educacionais. Mas o que atrai os motociclistas para a Grécia? Aqui estão algumas descobertas e boas razões para um roteiro de moto entre a antiguidade e um paraíso natural fantástico.

As montanhas selvagens do Épiro

Os picos das montanhas Pindos, brilham como a neve até ao meio do verão. Se quiser viajar de moto pela a Grécia, pode começar por visitar a região de Épiro, a região montanhosa grega no noroeste, entrando por Itália ou via Albânia. As altas montanhas são de de difícil acesso desde os tempos antigos. O acesso é por estradas estreitas que sobem as encostas escarpadas das montanhas, por curvas e mais curvas – delicioso! No fundo dos vales estreitos, antigas pontes de pedra estendem-se graciosamente sobre riachos e rios nas montanhas.

Estas pontes arqueadas são características do Épiro. Hoje apenas pedestres passam por elas. O tráfego motorizado passa pelo riacho em pontes rodoviárias comuns ao lado – mas com vista para os elegantes arcos abobadados.

Desfiladeiro de Vikos

Um dos pequenos rios das montanhas Pindos conseguiu cavar-se particularmente fundo na rocha: o desfiladeiro de Vikos tem 600 metros de profundidade. O poderoso desfiladeiro do pequeno rio Voidomatis, que tem apenas vinte quilómetros de extensão, fica isolado a oeste do maciço de Tymfi. Vários miradouros sinalizados ao longo das pequenas estradas de montanha ao redor do desfiladeiro oferecem vistas de diferentes perspectivas.

Pontos de observação particularmente espetaculares, só podem ser alcançados a pé. Mas depois de apenas vinte minutos de caminhada pelos prados de flores da montanha e sobre colinas e vales, há a recompensa de uma visão da profundidade e largura do cânion. Mesmo aqueles que mais apreciam as alturas vão ficar à beira de perder o fôlego. Mas a paisagem é deliciosa.

Arcadia a 2000 metros de altitude

Do Desfiladeiro de Vikos podem partir para Arcádia, a terra que dizem que emana leite e mel. Arcádia é desde sempre uma terra de sonhos! Mesmo que os antigos poetas não soubessem nada sobre motociclismo. Os picos da península do Peloponeso têm mais de 2.000 metros de altura. E Arcádia está bem no meio. A viagem segue por uma estrada da montanha, ladeada por paredes rochosas à esquerda, e um vale profundo à direita. Um mosteiro está escavado na rocha como um ninho de pássaro gigante. Diz-se que leite e mel havia aos rodos nesse local na antiguidade.

No topo da passagem na aldeia de Kosmas, os invernos são longos. Os bordos de sicômoro na grande praça não desdobram as suas folhas até ao início de maio, e depois fornecem sombra refrescante até ao outono. Aqui em cima, a uma altitude de 1200 metros, a vida é obviamente boa. Provavelmente especialmente quando fica muito quente nas altitudes mais baixas.

Golfo da Lacónia

Agora descemos as grandes montanhas, rumamos para sul até ao Golfo da Laconia, que nos oferece um contraste gritante com Kosmas. Atravessamos as florestas perfumadas e as paisagens montanhosas idílicas da Arcádia, passamos das montanhas frescas até a ponta ensolarada e mais meridional da Europa continental.

A cidade de Esparta está localizada na região da Laconia. Espartana e Laconia, as duas penínsulas mais ao sul do Peloponeso oferecem as melhores estradas costeiras panorâmicas e uma hospitalidade muito regional, e nada espartana. Em muitas aldeias da península de Mani, os turistas de hoje vivem nas torres fortificadas características do passado. Remodelados ou recém-construídos em estilo regional, tornaram-se chiques apartamentos de férias, hotéis e restaurantes com um ambiente muito especial!

Um alfabeto complicado e nem sempre o GPS resulta

Uma viagem de moto pela Grécia aguça os sentidos e torna-nos obrigatoriamente flexíveis. Se não falar nada de grego e não conseguir ler o alfabeto local, terá dificuldades com as inscrições em placas de nomes de lugares e placas de sinalização. Há que parar em frente ao quadro de informações, usando as informações de localização e procurar a correspondência no mapa ou na navegação por satélite através do GPS ou do smartphone. Isso não apenas aguça a percepção do curso da estrada na paisagem. Felizmente, os gregos estão em desvantagem quando se trata de viajantes estrangeiros e surgem algumas inscrições em letras latinas ou em duas línguas.

A propósito: se seguir o GPS cegamente, ainda pode acabar desorientado. Porque a transcrição do grego não é padronizada.

Ao transcrever nomes e lugares do alfabeto grego para o alfabeto latino, são possíveis desvios e diferentes grafias, o que costuma acontecer com cidades pequenas. Por isso, é melhor ser flexível e deixar-se surpreender por onde vai parar… Nós, motociclistas, gostamos particularmente de descobrir, seguir a nossa intuição. E por isso… está-se bem.