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Trackdays – Como atingir o APEX em cada curva

By on 6 Julho, 2023

Rodar em circuito e conseguir progressivamente baixar os nossos tempos por volta implica dedicação tempo e também alguma técnica e saber. Já vimos aqui alguma técnicas para curvar e travar e todas essas técnicas devem ser combinadas com a trajectória ideal em curva para podermos tirar preciosos segundos ao nosso tempo por volta.

Para o conseguirmos temos que encontrar o APEX de cada curva e tentar em cada volta atingir o mesmo de forma consistente, volta após volta. Os pilotos mais experientes conseguem fazê-lo com regularidade embora muitas circunstância, sobretudo quando rolamos com outros pilotos em pista, possam ter influência no traçado ótimo de cada curva.

Cada estilo de pilotagem poderá inclusivamente definir APEX distintos nas mesmas curvas e o estado da pista quando rodamos pode obrigar a definir também APEX distintos ( pista seca ou com chuva ). Mais ainda, existirão curvas que têm mais do que um APEX.

Mas antes de avançarmos sobre a técnica a adoptar é preciso que todos fiquemos desde já a perceber a definição exacta do que é o APEX de uma curva

O que é o APEX de uma curva

O APEX de uma curva é o ponto da curva onde numa trajectória ótima desenhada nos encontramos mais próximo do interior da curva. Ou seja, o ponto onde num arco o mais alargado possível de uma trajectória iremos tocar o interior da curva. É normalmente o ponto a partir do qual começamos a acelerar progressivamente para sairmos da curva, diminuindo a nossa inclinação, ganhando aderência e tração.

Encontrar o APEX de cada curva e gerir todo a trajectória desde a travagem, entrada em curva, aceleração e saída de curva é todo um processo que deve ser aperfeiçoado para conseguirmos rodar mais rápido e melhorarmos substancialmente os nossos tempos por volta.

A colocação da nossa visão

O ponto de colocação da nossa visão é determinante para realizarmos trajectórias ideais e sabermos em antecipação onde se encontra o APEX de cada curva é fundamental para o atingirmos.

Para tal é absolutamente necessário fixarmos pontos de referência em cada curva e memorizá-los. Assim como fixamos pontos na pista onde começamos a travar e a inclinar para abordar cada curva, é também fundamental sabermos qual é o ponto mais próximo do interior da mesma onde iremos passar na nossa trajectória ( o APEX ) antes de começarmos novamente a acelerar e sairmos da curva.

Este processo obriga a uma leitura precisa da pista e à colocação da nossa visão em pontos precisos da mesma ( já sabemos que a curvar devemos colocar o nosso olhar sempre na direção de onde pretendemos ir ). 

Os pilotos mais experientes, sobretudo aqueles habituados a rodar num determinado circuito, sabem exactamente como abordar cada curva, onde colocar o seu olhar e como atingir o APEX de cada uma. Mas essa precisão obtém-se com a experiência e com o tempo a rodar em pista até se conseguir obter a regularidade e consistência de obter sempre o APEX de cada curva em cada volta que realizamos. 

Em circuito mais técnicos, como pode ser por exemplo o Autódromo Internacional do Algarve, quando rodamos pela primeira vez no mesmo sentimos a dificuldade que é de obter voltas iguai, repetindo as mesmas trajectórias e atingindo com consistência o APEX de cada curva ( falo por experiência própria ).

Poderemos pensar que a importância de atingirmos o APEX em cada curva é relativa e que tanto faz rodarmos mais perto ou mais longe do mesmo que o resultado por volta pouco ou nada se irá alterar. No entanto sempre que falhamos o APEX de uma curva acontecem duas coisas, a primeira é de que a trajectória ao não ser perfeita vai fazer com a aceleração à saída da curva se atrase, a segunda vai fazer com que a velocidade em curva seja mais baixa e por isso mais tempo para realizar a mesma ( esta realidade repetida curva após curva pode representar alguns segundos a mais por volta ).

O que devemos fazer então para garantir que atingimos o APEX em cada curva ?

O mais importante em todo o processo, e já comentámos repetidamente essa realidade, é a colocação do nosso olhar e os pontos de referência que identificamos na pista para realizarmos a melhor abordagem em cada curva.

Por isso a nossa visão é crucial para identificarmos o ponto onde começar a travar, onde começarmos a inclinar para abordar a curva e pouco a pouco identificarmos o ponto do mais interior da curva ( o APEX ) que pretendemos tocar , mantendo-nos focados no mesmo, para logo depois começarmos a acelerar e a sair da curva. Durante toda a trajectória o nosso olhar deve estar colocado o mais longe possível na linha da curva, indicando para onde pretendemos ir.

A cada volta repete-se o processo e pouco a pouco vamos ganhando confiança e conseguindo rodar mais rápido, atingindo com consistência o APEX de cada curva, e reduzindo a necessidade de correções ao longo de toda a trajectória. 

À medida que a abordagem de cada curva se torna mais fluida e instintiva o atingir o APEX vai-se tornando mais consistente e os tempos por volta irão refletir essa mesma realidade.

Boas curvas… sempre no APEX !!!

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