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Reportagem BMW GS Atlantic Experience 2021 – A família GS nas ilhas de bruma

By on 14 Outubro, 2021

Desde 2016 que a BMW Portugal convida um grupo eclético de jornalistas, embaixadores e representantes da marca para demonstrar a capacidade aventureira da família GS. Locais emblemáticos como a Normandia ou a épica estrada romena, o Transfagarasan, já foram palco de um passeio que se quer descontraído e com uma envolvência paisagística impar. Neste interregno causado pelo maldito vírus, o destino escolhido foram os Açores (um regresso), nomeadamente as fabulosas ilhas do Faial e do Pico. As imagens falam por si…

Texto: Pedro Alpiarça

Fotos: One Portuguese Photographer, João Trincheiras e Filipe Elias

 

Quando recebemos o convite da BMW Portugal para participar na GS Atlantic Experience de 2021, a expectativa em relação ao que nos esperava assumiu contornos emotivos ao nível de uma adolescente histérica. Rolar nos Açores? Com máquinas da família GS? Por 2 dias inteiros? Resultado…a mala ficou preparada muito antes da descolagem para a nossa aventura no meio do Atlântico…

Depois de uma épica travessia de ferry entre a Horta e a ilha do Pico, um grupo eclético formado por jornalistas, embaixadores e representantes da marca, brindaram na primeira noite ao começo da experiência no Azores Wine Company, e a conversa surgiu fluida e descontraída patrocinada pelo Arinto cultivado em solos vulcânicos. No começo do dia seguinte, as ilhas de bruma mostravam a sua agreste natureza, onde a única realidade constante é a permanente mudança de cenário pintado pelo clima.

Desembarcamos na ilha do Faial almareados de mais uma travessia, e a R nineT Urban GS, deixava-nos na dúvida em relação ao tipo de desafios que iríamos enfrentar, e se a mesma estaria à altura de terrenos mais propícios a jantes maiores e a suspensões de maior curso. Infalível, transportou as suas toneladas de carácter pelos caminhos de terra batida e asfalto partido a transbordar estilo e atitude. Navegámos no nevoeiro, atravessamos florestas, e estivemos junto do mais recente pedaço de terra nascida, o vulcão dos Capelinhos.

Rapidamente se instalou uma humildade permanente pela imponência do que nos passa em frente aos olhos… Os sentidos ficam assoberbados, e não nos conseguimos habituar ao seu constante estímulo. Avassaladora, magnânima, intemporal, a paisagem falava por si.

O Faial brindava-nos com mais surpresas, desde subidas ziguezagueantes com o publico local a estranhar a aparência daqueles bichos, a descidas intermináveis com o Pico no Horizonte. A pequena G 310 e a enorme GSA foram as montadas escolhidas para a tarde e o que uma tem de simpática e esforçada atitude, a outra é um monstro na sua capacidade de desmistificar o seu tamanho.

Tivemos azar em apanhar o caldeirão do Faial completamente fechado, mas em contrapartida a chegada à Horta ainda passámos pelo famoso Peters para o clássico brinde em honra do dia bem passado. Que não pensem que nos passou ao lado o fantástico atum, o suculento bife, o queijo cheio de personalidade, porque comer também faz parte da experiência, é cultura e nós fizemos o esforço para estar à altura de tais produtos. Vou deixar no ar a palavra esforço…  

O segundo dia era inteiramente dedicado à Ilha do Pico. Há um fascínio particular com a sua imagem altaneira, a sua forma quase infantil provoca-nos uma sensação de deslumbre, sempre que o conseguimos ver, obviamente. Como qualquer personagem sublime, ele é suscetível e serve-se das nuvens para se esconder… Começamos com a R 1250 GS, a best-seller, a coqueluche, e sem dúvida, das máquinas mais equilibradas de entre as disponíveis.

A envolvência cénica desta ilha é mais agreste, o verde confunde-se com o cinzento rugoso da rocha vulcânica e não foi preciso muito para começarmos a desenvolver um latente estado de êxtase. Subimos até à casa da Montanha e ficámos com vontade de largar as máquinas e tentar a subida à montanha mais alta de Portugal… A velocidade com que as nuvens nos cobrem o caminho só é proporcional à quantidade de vacas que observam.

Muita calma que as intenções são boas e nós estamos apenas de passagem…

A descida para a Lage culmina com uma fabulosa estrada com bom piso e conseguimos limpar a lateral dos pneus com sorriso no rosto. Tudo fácil e intuitivo com a rainha das maxi trail. Proponham-lhe um desafio e ela cumpre. Quando passamos para a F850 GS o compromisso para a fazer funcionar era outro, um centro de gravidade mais alto, umas jantes 21” calçadas com pneus de estrada não nos permitiram ter a confiança no eixo dianteiro necessária para voar sobre as centenárias vinhas vulcânicas. E ainda bem, porque o visual pedia introspeção e respeito pelo trabalho que representam, e sobretudo pelo fantástico néctar que produzem.

Sempre junto ao mar, sempre com a montanha a observar-nos terminámos o dia com a sensação de que queríamos mais. Mais tempo para observar, para sorver o espírito destas ilhas com a bonomia que merecem. As máquinas da família GS fundiram-se na sua função, a de fazerem parte da viagem, não levantando questões em darem-nos o prazer de sermos nós os protagonistas, e isto não é dizer pouco. Há um mínimo múltiplo comum, a sua entrega com o mesmo nível de qualidade de construção em todas elas. Um enorme agradecimento à BMW Portugal pelo convite, esperamos poder partilhar mais imagens destas para o ano.

Agradecimentos: 

  • BMW Motorrad Portugal
  • Turismo dos Açores
  • Longitude 009

 

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