Apenas algumas semanas após revelar a X 350, a Harley-Davidson voltou a fazer manchetes na China com o lançamento da sua nova roadster X 500. Este novo modelo, é mais uma vez fruto da parceria entre a Harley-Davidson e a marca chinesa QJ Motor.

Proposta em duas cores habituais do fabricante americano, preto e laranja, assim como cinzento, destacando-se visualmente com o seu estilo neotérico, inspirado na Harley-Davidson XR1200X, a nova HD 500 X é na verdade baseada na Benelli Leoncino 500. E basta um olhar ao quadro e à configuração do braço oscilante para rapidamente o percebermos. Portanto, está longe de ser uma Harley genuína, tal e qual como as conhecemos na Europa e nos Estados Unidos, podendo por isso deixar chocados os ‘harlistas’ puros e duros.

Compartilhando muitos componentes com a Leoncino, a X500 possui um motor de dois cilindros paralelos com refrigeração líquida de 500 cc, produzindo 47 cv e 46 Nm, além de uma estrutura tubular de aço, forquilha ‘upside down’ de 50 mm, monoamortecedor offset e rodas de liga leve de 17 polegadas.

Os recursos da moto são mínimos, incluindo uma consola de instrumentos semi-digital monopé com inserção digital e ABS de canal duplo como a única ajuda eletrónica. Diferença notável da estética clássica da Harley-Davidson é a integração dos piscas traseiros com as luzes traseiras.

A Harley-Davidson declara um peso seco para a X 500 de 199 kg, enquanto o depósito tem capacidade para 13 litros. A custom americana “made in China” está equipada com pneus 120/70-17 e 160/60-17. O assento está a 820 mm do solo (um pouco alto para um modelo de “iniciação”). Na China, a X 500 custa 44.388 yuans (cerca de 5.900 euros ). A irmã mais nova (X 350) é vendida no país asiático pelo equivalente a 4.500 euros.

A Motor Company projetou estes dois modelos com o objetivo de conquistar o gigantesco mercado asiático (lembre-se que para a India Hero fabricará um bicilíndrico que será vendido por cerca de 2.800 euros em troca). Estes três modelos deverão servir para que a marca de Milwaukee se estabeleça naqueles mercados tão gigantescos como a Índia e a China, mas que à primeira vista não nos parece que os conseguiremos ver na Europa…