Não deixa de ser absolutamente estranho, vermos uma moto elétrica nomeada como ‘Fluxo de Combustível’, quando a questão em cima da mesa é precisamente o abandono dos combustíveis fósseis. Os pedidos de reserva para a Flow-1 e 1S estão abertos, para um preço a partir dos 11.995 euros.

Fotos: Fuell

Há precisamente quatro anos e meio, Erik Buell juntou-se a François-Xavier Terny num projeto de mobilidade elétrica, primeiro sob a bandeira VanguardSpark , renomeado Fuell um ano depois, quando os dois primeiros veículos foram revelados: uma moto elétrica Fluid e uma naked elétrica Flow .

A Fluid já está no mercado, mas a Flow-1 anunciada para o final de 2020 e que havia sido apresentada ao pormenor, ainda está pendente. Mas não por muito tempo, pois a marca acaba de abrir os pedidos de reservas para a sua moto elétrica, cujo lançamento está cada vez mais próximo.

A partir de agora é possível fazer um pedido para a Flow-1, medidante um depósito de 200 euros, por um preço de venda de 11.995 euros para o modelo básico. Mas a história não acaba aqui. Depois de abertas as  encomendas, o fabricante indica que deve atingir as 3.000 reservas antes de lançar uma campanha de angariação de fundos (Crowdfunding), cujo objetivo é entregar as primeira motos no começo de 2024.

As diferenças entre a Flow-1 e Flow-1S

Tecnicamente, a Flow permanece idêntica ao modelo elétrico anunciado há três anos e estará disponível em duas versões: a Flow-1 de 15 cavalos contínuos e homologado como 125; e a Flow-1S de 47 cavalos que poderá ser conduzida com a licença A2. O binário é de 750 Nm para ambas as variantes.

O modelo mais potente conseguirá atingir os 140 km/h contra os 90 km/h da 125. A bateria de iões de lítio de 10 kWh promete até 240 km de autonomia em ciclo urbano e um carregamento de 30 minutos com porta CCS Tipo 2. Numa tomada doméstica convencional, no entanto, levará 10 horas com o carregador integrado normal.

Compacta, com uma distância entre eixos de 1.370 mm, mas também acessível com um assento de 765 mm de altura ao solo, a Fuell Flow reivindica um peso inferior a 180 kg e também promete muitos recursos com dois modos de condução, controle de tração e ABS, um medidor conectado e alertas de colisão.

No papel a Fuell apresenta aqui uma moto com vocação essencialmente urbana. Resta agora esperar que o projeto se concretize rapidamente para não se ver ultrapassado pela concorrência aquando do seu lançamento.

Um projeto que envolveu Frédéric Vasseur, construtor oficial da Fórmula E

Sendo um fabricante muito jovem, a Vanguard alargou a sua oferta com a criação de uma segunda marca dedicada à mobilidade elétrica e aos utilizadores urbanos: a Vanguard Spark .

Criada em Nova Iorque no final de 2016, a marca americana apresentou pela primeira vez uma primeira moto, a Roadster , desenhada por Edward Jacobs, um ex -funcionário da Confederate , depois uma gama de jet e capacetes modulares para combinar com esta moto exclusiva.

Para a criação da VanguardSpark, o co-fundador da marca François-Xavier Terny uniu forças com Frédéric Vasseur, construtor oficial da Fórmula-E com a Spark Racing Technologies, bem como com Erik Buell e a sua equipa técnica. Esta nova aventura marcava então o regresso de Buell ao motociclismo num segmento ainda desconhecido para ele.

Os dois primeiros modelos a serem produzidos pela VanguardSpark foram uma “Speedbike”, uma bicicleta elétrica oferecida como alternativa aos ciclomotores e uma “Commuter”, uma moto adaptada ao meio urbano e com uma autonomia de 150 km.