Seguros: A nova mobilidade urbana faz crescer o mercado de apólices

By on 4 Julho, 2022

Por toda a Europa, há cada vez mais jovens em busca de economia com gasolina e estacionamento, com uma nova mobilidade urbana a nascer.

Entre os que optam por duas rodas para se locomover, principalmente nas zonas urbanas, há cada vez mais pessoas que usam bicicletas tradicionais e bicicletas elétricas assistidas, trotinetes, e o ‘scooter sharing’. Isto é uma realidade cada vez mais visível em Itália. A confirmação vem dos números de mercado (com as e-bikes a subirem 5% em 2021 após o boom do ano anterior, e mais de 1,6 milhão de bicicletas tradicionais vendidas), da crescente difusão de oportunidades de compartilhamento (scooter sharing) e do impressionante crescimento das trotinetes nas cidades: 2,5 milhões circulam em Itália. No entanto, há o reverso da medalha, com os acidentes com as trotinetes elétricas a multiplicarem-se em muito países da Europa, incluíndo Portugal. E isto obriga, naturalmente, a haver seguros para todos estes novos produtos de mobilidade urbana.

Por ocasião do 10º aniversário do lançamento de seu primeiro produto para motociclistas, a 24hassistance (empresa milanesa associada à Confindustria ANCMA – Associação Nacional de Acessórios para Motociclos) e que desde há muito faz seguros para este novos veículos de duas rodas, traça o perfil dos mesmos.

Desde 2012 a empresa já segurou mais de 1 milhão de veículos. A 24hassistance Datalab observou que cerca  de 40% dos seus clientes começaram a usar, já em 2020, novos meios de mobilidade urbana para deslocações como alternativa aos carros e transportes públicos: destes 61% os utilizam mais de duas vezes por semana. Percentagens que agora cresceram até 60% e 72%, respectivamente. São em igual medida  homens e mulheres jovens, entre os 18 e os 34 anos, que preferem deslocar-se pela cidade através da micromobilidade e da mobilidade ligeiras (45% partilha descooter elétrica , 30% bicicletas e 25% scooters) .

Os principais motivos dessa escolha mudaram desde a pandemia, quando o único motivo era o distanciamento social em 60% dos casos. No primeiro semestre de 2022, quem utilizou meios de mobilidade alternativos fê-lo, em 39% dos casos, para  maior flexibilidade horária, para se deslocar mais rapidamente no trânsito e para poupar na gasolina e estacionamento. Números e dados que também ampliaram o mercado para as polícias e outros serviços públicos.

Centenas de acidentes com trotinetes e 13 feridos graves em cinco anos

Em Portugal e de acordo com o MAI (Ministério da Administração Interna) as trotinetes elétricas “não necessitam de matrícula ou de seguro que cubra os eventuais riscos resultantes da sua utilização na via pública, nem a sua condução exige habilitação legal”, mas os seus condutores estão sujeitos às regras de trânsito, o que implica saber o Código da Estrada.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou 555 acidentes com trotinetes nos últimos cinco anos, que provocaram 13 feridos graves e 441 feridos ligeiros. A PSP destaca que desde 2018 se tem verificado “uma subida do número de acidentes, bem como o aumento da gravidade, atendendo à evolução de feridos leves e graves”, registando-se uma exceção em 2020, em que o número de desastres com trotinetes foi inferior devido às restrições de mobilidade e aos confinamentos em consequência da pandemia de covid-19.

Ainda segundo os dados daquela polícia, em 2018 ocorreram 29 acidentes com trotinetes, número que subiu para 169 no ano seguinte, registando uma descida em 2020 (97), voltando a subir para 290 em 2021 e este ano já se verificaram 88 acidentes. Por último e em relação aos feridos graves, ocorreram três em 2019, dois em 2020, sete em 2021 e um nos primeiros cinco meses deste ano.

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