Matteo Ballerin é CEO da empresa de energia WITHU e o novo patrocinador principal da equipa RNF-Yamaha, de Razlan Razali. O orçamento para a próxima temporada é de 12 milhões de euros Ballerin acredita que Andrea Dovizioso terá uma moto á altura para lutar pelos pódios.
Quando foi divulgado antes do primeiro GP de Spielberg, no início de agosto de 2021, que a petrolífera malaia Petronas não iria prorrogar o contrato de três anos com a equipa, o co-patrocinador anterior WITHU e o seu CEO, Matteo Ballerin, foi o primeiro ponto de contato. O empresário italiano aceitou após o primeiro telefonema sem pensar muito. “Não posso ter um orçamento como a Petronas, isso está claro”, explicou Ballerin numa entrevista ao Speedweek. “Disse-lhes o meu orçamento e perguntei se eles queria que a WITHU constasse como o nome do patrocinador da equipa de MotoGP por esse montante. Foi assim que a história começou e fizemos o m acordo em dois dias, até porque o meu relacionamento com o Razali era muito, muito bom.”
Uma vez que o novo proprietário da equipa WITHU-Yamaha-RNF, Razlan Razali, assinou um contrato com a Yamaha por apenas um ano com a opção de extensão, o acordo entre a RNF e a WITHU foi por igual período. Ballerin não queria dar uma soma exata, mas acabou por esclarecer: “O montante é inferior a 5 milhões de euros”.
Resumindo, a nova equipa WITHU Yamaha RNF tem planeado um orçamento anual de 12 a 13 milhões de euros. O desembolso financeiro para a classe de MotoGP não foi reduzido em comparação com os três anos da Petronas, havendo ainda a somar o ordenado de Andrea Dovizioso, possivelmente pago em grande parte pela Yamaha.
“Como gostamos de competir com jovens pilotos, o orçamento do piloto geralmente não é grande. Estamos a falar de menos de 1 milhão de euros para dois pilotos”, esclareceu Razali. Apesar disto e nos três anos da Petronas nos Grandes Prémios, a equipa do Circuito de Sepang gastou 18 milhões de euros por ano, porque também disputou os Campeonatos do Mundo de Moto3 e Moto2.
Antes da oportunidade na equipa do MotoGP Yamaha, Matteo Ballerin estava interessado na possibilidade de ingressar na equipa Petronas Sprinta como principal patrocinador das classes Moto3 e Moto2. “Isso teria sido mais barato que o MotoGP. O nome da equipe seria ‘WITHU Petronas Team’. Mas quando a Petronas anunciou a retirada, as duas pequenas equipas tiveram que ser travadas. Era impossível ter dinheiro suficiente para todas as três classes do GP em pouco tempo. “
Diante disto, o pensamento de Ballerin virou-se de imediato para um piloto italiano de MotoGP, razão pela qual Andrea Dovizioso foi contratado e no primeiro GP de Misano em setembro, em vez de Franco Morbidelli. No próximo ano, a equipa WITHU-Yamaha-RNF vai competir com Andrea Dovizioso e o estreante Darryn Binder, que acaba de sair da classe de Moto3 – apenas com uma vitória em Moto3.
“Estou muito confiante. Acho que podemos alcançar alguns lugares no pódio com o Dovi ”, disse o novo patrocinador principal. “Porque o Dovi é um piloto inteligente e que continurá a melhorar, passo a passo. Ele foi 13º na qualificação de Valência e sempre marcou pontos nas últimas quatro corridas, nada mal. “
Durante o teste de Jerez da semana passada Andrea Dovizioso ficou a conhecer um protótipo da Yamaha de fábrica de 2022. O piloto de 35 anos inicia a próxima temporada com uma Yamaha YZR-M1 com o mesmo nível técnico da equipa oficial de Quartararo e Morbidelli, sendo que apenas as atualizações de tecnologia mais recentes estarão disponíveis para a equipa Monster Energy durante a temporada.
“Franco Morbidelli disse-nos que a diferença entre a moto actual de Dovizioso e a mais recente Yamaha de fábrica é muito grande”, disse Matteo Ballerin. “Isso é para mim tranquilizador, porque significa que a moto de Dovi deste ano não era muito competitiva. Isso vai mudar em 2022, porque ele vai ter uma máquina de fábrica no ano que vem e isso abre grandes oportunidades para nós.”
