Ducati celebra o centenário do nascimento do ‘mestre’ Fabio Taglioni

By on 11 Setembro, 2020

NO DIA DO 100º ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DE FABIO TAGLIONI, A DUCATI CELEBRA E HONRA A MEMÓRIA DO ENGENHEIRO ITALIANO, CRIADOR DE NUMEROSOS PROJETOS REVOLUCIONÁRIOS.

Entre estes, destaca-se a aplicação do sistema de distribuição desmodrómico, uma tecnologia com a qual Taglioni ligou de forma inextricável o seu nome à história de sucesso do fabricante de Bolonha.

Nascido em San Lorenzo di Lugo a 10 de setembro de 2020, Taglioni formou-se em engenharia mecânica em 1943 e juntou-se à Ducati, no papel de Diretor Técnico, a 1 de maio de 1954, uma data que marca o começo de um florescer de projetos, ideias e patentes que conquistaram para o lendário binómio Ducati-Taglioni um lugar no mundo das duas rodas. Somente 40 dias após ter chegado à Ducati, Taglioni criou a sua primeira maravilha – a Gran Sport 100, também conhecida como ‘Marianna’, que imediatamente se impôs nas provas italianas de longa distância em estrada, as ‘Gran Fondo’.

Embalado pelo sucesso conquistado pelas Gran Sport 100 e 125, o engenheiro de Lugo decidiu devotar-se ele próprio totalmente à competição, embarcando no ambicioso projeto do sistema de distribuição desmodrómico. Até então, o ‘desmo’ representava uma jogada técnica e de engenharia em face da qual muitos grandes projetistas mundiais haviam desistido, mas Taglioni demonstrou que tinha a tenacidade e o talento para o estudar, aperfeiçoar a tornar numa ideia vencedora. A primeira moto a ser equipada com o sistema desmodrómico foi a 125 GP Desmo, que venceu o seu primeiro Grande Prémio um mês após a estreia e se estabeleceu na altura como a 125 mais rápida do Mundo.

Nos anos seguintes Taglioni participou ativamente com o seu trabalho no renascimento industrial da Ducati, criando projetos tais como a 175 Gran Turismo e o nascimento da Ducati Scrambler, demonstrando assim um nível de excelência em engenharia que não se limitava à velocidade, incluindo também a fiabilidade e resistência.

Tendo contribuído para tornar a Ducati numa marca internacional, Taglioni voltou a devotar-se a novos projetos e a preparar o regresso da Ducati à competição, que teve lugar em 1971 com a 500 GP, e em 1972 com a estreia da 750 GT, a primeira moto de produção bicilíndrica na história do fabricante de Bolonha, movida por um motor de dois cilindros longitudinal a 90°. A 750 Imola (a derivada de produção da GT) fez a sua estreia em tempo recorde nas 200 Milhas de Imola e, frente a 85.000 espectadores, conquistou um dos maiores feitos na história do motociclismo, com Paul Smart e Bruno Spaggiari a cruzarem a meta à frente de todos. Até ao final da sua carreira, continuou com experimentação e inovação no campo desportivo, deixando a sua assinatura em projetos como o da Pantah 500 e da 750 F1.

A história e a carreira do engenheiro Fabio Taglioni foram celebradas com uma noite inteiramente dedicada à sua memória na quarta-feira 9 de setembro, no pavilhão de Lugo di Romagna, a sua cidade natal. O evento, patrocinado pela municipalidade de Romagna, contou com a participação da Ducati na figura do Curador do Museu Ducati, Livio Lodi, que recordou as etapas fundamentais na história da colaboração entre Fabio Taglioni e a Ducati. A noite contou também com a presença do Presidente da Câmara daquela cidade, Davide Ranalli, o Conselheiro Regional para o Turismo, Andrea Corsini, o escritor Luigi Rivola e muitas outras personalidades, tais como o famoso comediante italiano Giuseppe Giacobazzi, que contou, no seu estilo particular, o histórico feito das Ducati e de Taglioni nas 200 Milhas de Imola de 1972.

A mini série ‘Fabio Taglioni – A Life of Passion’ está atualmente a ser exibida no site global da Ducati e no canal de YouTube oficial. Os episódios contam a história do engenheiro da Romagna, acompanhados por imagens e vídeos exclusivos.

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