A saudação motociclista… quem a pratica?
Depois de um longo período com a moto na garagem, no regresso à estrada quantas vezes ficamos surpreendidos ao receber uma saudação motociclista que já quase nos esquecemos. É isso que nos diferencia a nós, motociclistas, dos outros.
Existem várias formas de nos comprimentarmos na estrada, através de sinais de luzes, emitindo um sinal sonoro, acenando com o pé, embora o sinal mais frequente seja aquele V de vitória feito com os dedos da mão esquerda, uma vez que a mão direita é essencial para controlar o punho do acelerador e a manete de travão. Se você é novo no mundo das motos, este artigo pode ajudá-lo.
Saiba que esta forma de saudação foi popularizada pelo lendário Barry Sheene na década de 70. Após cada vitória do piloto britânico, na volta de honra acenava com o V para o público, sinal esse que ficou para a posteridade. Obviamente nem todos os fazem assim. Por exemplo, na Alemanha alguns estendem a mão apenas com o dedo indicador apontado, em França algumas pessoas têm o hábito de mostrar a mão verticalmente (ou obliquamente), com os dedos totalmente juntos ou quase.
Resumindo, hoje a saudação motociclista é vulgarmente praticada em muitos pontos do planeta. É um gesto, quase banal, que se assemelha a uma forma de educação, de respeito, mas também um sinal distintivo entre os utentes da estrada. Isso faz-nos sentir integrados numa comunidade única. Porém, alguns utilizadores de 2 a 3 rodas motorizadas não o praticam, por quais motivos?
Porque alguns não acenam
A saudação ao motociclista é comumente praticada. É hoje um gesto quase banal, que se assemelha a uma forma de educação, de respeito, mas também um sinal distintivo entre os utentes da estrada. Isso faz-nos sentir integrados numa comunidade única. Então, porque razão alguns utilizadores de 2 a 3 rodas motorizadas não o praticam, por quais motivos?
Por medo de largar o guiador – questão de segurança – ou porque abandonaram esta prática, porque o “espírito motociclista” já não existe… Sejamos claros…. Alguns motociclistas não cumprimentam os utilizadores de scooters, principalmente as scooters de 125 cc que são, na sua maioria, utilizadas por condutores com carta B (automóvel). Na verdade, há quem não os considere motociclistas nas suas pequenas máquinas. Nada mais injusto. São tão motociclistas quanto aqueles que montam uma caríssima Ducati, BMW ou Harley-Davidson, apesar de serem iniciantes nas duas rodas.
3 rodas e side-cars
Mencionemos também os utilizadores de scooters de três rodas, em termos concretos realmente pouco apreciados por uma boa parte da comunidade motociclística. Eles também não têm direito a um pequeno gesto amigável?…
Os condutores destas máquinas nem sempre têm direito a um pequeno aceno de mão dos motociclistas clássicos que não compreendem a utilização de um veículo deste tipo: “que ocupa tanto espaço como um carro, não pode deixar de escorregar e que não se inclina”, em suma, o completo oposto da razão de ser de uma moto que se preze, ditada pelo grande princípio do motociclista “Se me inclino, logo existo”.
Porém, é possível ter uma máquina com três rodas (e que não inclina) e que muitas vezes atrai a comunidade motociclística. É o caso do side car. Com esta moto equipada com engate, é quase certo que vai receber um aceno amigável, ou mesmo que muitos curioso venham ter consigo para conversar num dos muitos encontros de fim-de-semana, seja no Cabo da Roca, no Cabo Espichel ou outros. Uma coisa é certa: o aceno motociclista popularizado por Barry Sheene, ficou para sempre no mundo das motos.
0 comments