Proposta para limitar velocidades rejeitada no Parlamento Europeu
A Comissão de Transportes e Turismo do Parlamento Europeu rejeitou uma proposta que propunha limites de velocidade diferentes apenas para motociclos.
Os políticos continuam a ver as motos como um problema e não como uma das soluções para a mobilidade, especialmente nas cidades. Felizmente, houve um pouco de lucidez no Parlamento Europeu e as propostas de estabelecimento de limites de velocidade diferenciados para automóveis e motociclos e limites de velocidade diferenciados para os titulares de licenças de motociclos A1, A2 e A acabaram rejeitadas em votação na Comissão de Transportes e Turismo do Parlamento Europeu.
Sobre a revisão das regras da carta de condução da UE houve 22 votos a favor, 21 contra e duas abstenções. Os eurodeputados afirmam que “querem garantir que as novas regras contribuem para a segurança rodoviária, para além das transições verde e digital da UE”.
Algumas das medidas propostas:
- Verificações sanitárias obrigatórias na emissão e renovação da carta de condução
- Período probatório mínimo de dois anos para novos motociclistas
- Atualização das competências dos condutores para estarem melhor preparados para situações reais de condução
- Cartas de condução para carregar em smartphones
Já a proposta da deputada europeia Karima Delli que acabou rejeitada, incluia alterações à proposta da Comissão Europeia, procurando estabelecer limites de velocidade diferenciados para automóveis e motociclos, e diferenciados para titulares de licenças de motociclos A1, A2 e A (independentemente dos limites gerais de velocidade). Incluiu-a as seguintes medidas:
- Motociclistas com carta A1 teriam um limite máximo de velocidade de 90 km/h
- Motociclistas com licença A2 teriam limite de velocidade máxima de 100 km/h
- Motociclistas com licença A teriam um limite máximo de velocidade de 110 km/h
A FEMA pode agora confirmar que estas alterações caíram durante a votação na Comissão de Transportes e Turismo.
Wim Taal, secretário-geral da Federação das Associações Europeias de Motociclistas ( FEMA ), comentou: “Esta é uma grande vitória para o lobby dos motociclistas europeus. Velocidades diferentes para titulares de licenças diferentes é a proposta mais ridícula e perigosa que já ouvi há muito tempo. Isto não só desencorajaria muitos utentes da estrada a mudarem para veículos motorizados de duas rodas, como também colocaria os motociclistas numa situação de insegurança inaceitável. Uma vitória como esta prova mais uma vez como é importante ter organizações de motociclistas fortes em toda a Europa.” Concluiu.
Uma das propostas que a Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu aprovou é que as cartas de condução possam ser transportadas nos telemóveis em formato digital. Mas, por outro lado, quando teremos cartas de condução em formato digital, ou mesmo a documentação da moto no nosso smartphone? Não estaremos um pouco atrasados num Séc. 21 dominado pelas novas tecnologias?
Fonte: FEMA
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