A 47ª edição das 24 horas de Le Mans prosseguiu emocionante até ao final. Com apenas uma volta de vantagem, a Suzuki venceu a BMW e comemorou o seu 15º sucesso no lendário circuito francês.
As 24h de Le Mans começaram com um início forte para a Yoshimura SERT Motul, com a equipa de Damien Saulnier e Yohei Kato a liderar a corrida durante várias horas. Mas no segundo stint de Gregg Black houve um momento dramático para a equipa da Suzuki GSX-R 1000. O francês caiu após um highside e teve que levar a moto à box para reparações. Etienne Masson, Dan Linfoot e Black começaram a recuperar fora do top 15.
Da noite para o dia, a Yoshimura SERT Motul, que já soma 17 títulos no Campeonato do Mundo de Endurance, subiu à terceira posição. Quando a Yamaha caiu com Karel Hanika e a BMW teve que consertar problemas de escape duas vezes , o vencedor do Bol d’Or do ano passado assumiu a primeira posição. A partir de então, a Suzuki não desistiu da liderança até ao cair da bandeira quadriculada caiu, às 15h, e triunfou no percurso de 4,185 km pela primeira vez desde 2022.
“É incrível estar de volta ao primeiro degrau do pódio aqui, simplesmente incrível. O Dan (Linfoot), o Étienne (Masson), toda a equipa fez um ótimo trabalho durante todo o inverno, mostramos a nossa velocidade e vingamo-nos do ano passado. É simplesmente incrível.” Disse o piloto da Yoshimura SERT Motul, Gregg Black.
Após a saída de Sylvain Guintoli para a BMW após a temporada de 2023, a Yoshimura SERT Motul contou com Dan Linfoot da Grã-Bretanha. O piloto de 35 anos teve uma estreia com sucesso em Le Mans. “Estou realmente sem palavras. Vencer a minha primeira corrida com a equipa e a corrida em casa da equipa é realmente ótimo. Estou muito grato a todos, especialmente à equipa que me ajudou em tudo o que eu precisava.”
“Não tenho palavras para este sucesso, é uma sensação incrivelmente agradável”, disse Etienne Masson. “Depois do difícil início de corrida de sábado, é muito bom poder estar no topo no final. Lutamos muito e nos esforçamos tanto durante esta noite gelada, é simplesmente maravilhoso este resultado.”
A BMW Motorrad World Endurance Team terminou em segundo com a YART a recuperar para terceiro depois de uma corrida diurna e noturna repleta de ação no circuto de La Sarthe. A National Motos Honda conquistou a vitória na classe Superstock, seguida pela Chromeburner-RAC41-Honda e 3ART Best of Bike.
A última hora
Sob um sol glorioso, as 24 Horas de Le Mans terminaram com uma vitória da Yoshimura SERT Motul. Gregg Black, Etienne Masson e Dan Linfoot foram os vencedores após 857 voltas.
Este foi o 15º sucesso no clássico de resistência em Sarthe para o fabricante japonês e a segunda vitória consecutiva numa corrida de 24 horas, depois da equipa ter vencido também a final do Campeonato do Mundo de Resistência no Bol d’Or em setembro.
A BMW Motorrad World Endurance Team cruzou a linha de chegada em segundo lugar. Com uma volta de desvantagem, Markus Reiterberger, Ilya Mikhalchik e o antigo piloto da Suzuki Sylvain Guintoli não foram suficientemente fortes contra a SERT. Os pneus Dunlop, em particular, estavam provavelmente em desvantagem em comparação com os pneus Bridgestone da Suzuki e da Yamaha, com exceção da noite. Depois do 3º lugar do ano passado em Le Mans, a equipa conseguiu agora melhorar e terminar novamente no pódio.
A YART Yamaha conquista mais um lugar no pódio após 24 horas. A equipa campeã mundial austríaca liderou durante muito tempo, mas teve de iniciar uma corrida para recuperar o atraso depois de Karel Hanika se ter despistado no domingo de manhã. Com o terceiro lugar, Marvin Fritz, Niccolo Canepa e Hanika, que já não estava na R1 após a queda, começaram a sua defesa do título com um resultado decente.
Atrás da Suzuki, BMW e Yamaha, o Team Kawasaki Webike Trickstar (Leblanc, Gamarino, Ramos) e a National Motos Honda (V. Suchet, S. Suchet, Raymond) foram mais dois fabricantes a terminar, o que significa que cinco marcas diferentes compuseram os cinco primeiros em Le Mans. A National Motos também conquistou a vitória na classe Superstock com o 5º lugar na geral.
Depois de um ano epidémico em 2023, a época do Campeonato do Mundo de Endurance teve um início muito agradável para o Team Bolliger Switzerland onde corre o nosso bem conhecido Pedro Nuno Romero. A equipa de Kevin Bolliger alcançou um sétimo lugar de primeira classe no Circuito Bugatti. Nico Thöni, Pedro Nuno Romero Barbosa e Alex Toldeo Romero terminaram diretamente atrás da Honda Team Tati (Krummenacher, Clere, Perolari) no domingo.
A equipa Motobox Kremer Racing terminou em décimo lugar na geral (8º lugar no EWC) no seu 25º aniversário em Le Mans. A equipa alemã cruzou a linha de chegada 32 voltas atrás da vencedora Suzuki com o seu trio de pilotos alemães composto por Dominik Vincon, Daniel Rubin e Marco Fetz.
Supersport
Enquanto a equipa Chromeburner Rac41 (Honda) com Jesko Raffin, Wayne Tessels, Martin Renaudin e Chris Leesch terminou em segundo atrás da vencedora da classe Supersport, a National Motos, a equipa 3ART Best of Bike (Kemmer, Vietti-Ramus, Watanuki, Pot) terminou em terceiro com a Yamaha R1, apesar de uma queda na última hora. Na classe Experimental, apenas a Metiss terminou. Assim, Max Schmidt também pôde levar para casa um troféu pela vitória na classe.
O que aconteceu com a Honda de fábrica?
Numa fase final emocionante, a corrida de 24 horas tornou-se mais uma vez num caso imprevisível. A F.C.C. TSR Honda tinha lutado para regressar à 9ª posição depois de sofrer um total de três quedas. Mas a 90 minutos antes do final, Josh Hook partiu a corrente da CBR. O australiano saiu da pista e parecia abatido. A corrente atingiu a perna de Hook a toda a velocidade e ele estava obviamente a sentir muitas dores. De volta às boxes com a carrinha, a equipa de Masakuzi Fujii só podia concluir que a corrida para eles tinha terminado. A corrente partida deve ter causado sérios danos na CBR 1000RR-R Fireblade.
O Campeonato do Mundo de Resistência prossegue com as 8 Horas de SPA-Francorchamps no dia 8 de junho. De referir que pela primeira vez a prova de Liége deixa de ter a duração de 24 horas.
Classificação final, após 24 horas:
1. Yoshimura SERT Motul (Black, Masson, Linfoot), Suzuki GSX-R1000, 857 voltas
2. BMW Motorrad World Endurance (Reiterberger, Mikhalchik, Guintoli), BMW M1000RR, a 1 volta
3. YART – Yamaha (Canepa, Fritz, Hanika), Yamaha YZF-R1, a 5 voltas
4. Kawasaki Webike Trickstar (Leblanc, Ramos, Gamarino), Kawasaki ZX-10R, a 13 voltas
5. National Motos Honda (S. Suchet, V. Suchet, Raymond), Honda CBR1000 RR-R (SST), a 17 voltas
6. Tati Team Beringer (Clere, Krummenacher, Perolari), Honda CBR1000 RR-R, a 18 voltas
7. Team Bolliger Switzerland (Thöni, Romero Barbosa, Toledo Romero), Kawasaki ZX-10R, a 20 voltas
8. BMRT 3D Maxxers (Pilot, Hardt, Cresson), Kawasaki ZX-10R, a 21 voltas
9. Chromeburner RAC-41 (Lesch, Tessels, Raffin, Renaudin), Honda CBR1000 RR-R (SST), a 22 voltas
10. Motobox Kremer Racing (Vincon, Rubin, Fetz), Yamaha YZF-R1, a 32 voltas
11. 3ART Best of Bike (Vietti-Ramus, Kemmer, Watanuki, Pot), Yamaha YZF-R1 (SST), a 45 voltas
Abandonos
F.C.C. TSR Honda (Hook, di Meglio, Techer), Honda CBR1000 RR-R
Tecmas MRP BMW (Foray, Bühn, Arbel, Soomer), BMW M1000RR (SST)
Mana-Au Competition (Trueb, Miralles Gonzalez, Palomares), Honda CBR1000 RR-R
Maco Racing (Meltzer, Choy, Ishizuka), Yamaha YZF-R1
Honda No Limits (Nigon, Gabellini, Steinmayr, Masbou), Honda CBR1000 RR-R (SST)
Honda Viltais Racing (Alt, Odendaal, Mercado), Honda CBR1000 RR-R
