O novo recruta da Petronas SRT, Andrea Dovizioso, falou pela primeira vez hoje sobre o seu novo desafio na Yamaha.
Para Andrea Dovizioso, depois de oito anos com a Ducati e nove dias de testes na Aprilia, uma nova aventura começa em Misano. Amanhã no TL1, ele vai pilotar uma YZR-M1-Yamaha pela primeira vez desde 2012, porque substituirá Frank Morbidelli e será companheiro de equipa do seu amigo Valentino Rossi pela primeira vez.
“Dovi” disse no final da temporada de MotoGP de 2020 em Valência, que não ia deixar o cargo e que ainda não se sentia um piloto na reforma. Mas admite que durante a temporada por vezes teve dúvidas se conseguiria outro contrato regular de piloto bem pago e com uma moto competitiva aos 35 anos. Mas, entretanto, foi o que se viu com o ‘despedimento’ de Viñales e a Yamaha ficou subitamente com um lugar vago… caso para dizer, que por vezes o destino prega partidas e que há males que vêm por bem!
“Vou começar do zero com a Yamaha dentro de algumas horas”, começou por dizer hoje o 15 vezes vencedor do MotoGP.
“Em novembro passado, estava relutante em anunciar a minha saída como piloto de MotoGP, porque sabia exatamente o que queria.”
“Achei que se alguma porta se abrisse, iria me preocupar com isso. Mas não estava aborrecido por isso há dez meses atrás, até porque tinha quatro anos de sucesso atrás de mim. Agora poderia ficar em casa e livrar-me do stress das corridas depois de 20 anos. A minha namorada em particular, garantiu-me várias vezes que este ano eu estava muito mais relaxado do que o costume. E pude saciar as minhas paixões fora do MotoGP, por exemplo, fazendo muito motocross. “
“Claro que esta não é a melhor forma de querer entrar num fim-de-semana de MotoGP“, concluiu o três vezes vice-campeão mundial de 125 cc, antes da estreia com a Petronas Yamaha.
Andrea Dovizioso conduz motos V4 há nove anos e este fim de semana em Misano regressa à Yamaha com o quatro cilindros em linha.
“De certa forma tenho sorte, porque posso fazer cinco Grandes Prémios e dois testes antes do início da próxima temporada. Um teste aqui em Misano e outro em Jerez em novembro ”
“Isso é muito mais do que um piloto de MotoGP normalmente consegue antes de uma mudança de equipa. Mas também devo enfatizar que as minhas expectativas para 2021 não são altas. Os resultados atualmente não são uma prioridade.”
“Tenho que conhecer primeiro a moto e a equipa, o Ramon Forcada que também será meu chefe de equipa em 2022. Ele tem muita experiência com a Yamaha e isso o ajudará.”
“Vimos este ano que todos os outros pilotos, exceto Fabio, têm problemas com a Yamaha. ”
O ex-piloto da Ducati, considerou seriamente a hipótese de fazer a temporada de 2022 com a Aprilia de fábrica, e sobre isso referiu esta tarde:
“Foi bom fazer o teste. Devido a isso, consegui rodar regularmente com uma moto de MotoGP e ajudar um pouco a Aprilia. O ambiente e a relação com a equipa eram muito bons.”
Andrea Dovizioso ficou mesmo muito perto de assinar como piloto regular da Aprilia em 2021, mas o orçamento baixo declinar o convite, e por isso o barato Lorenzo Savadori foi contratado. Como resultado, o clima entrea Aprilia e Dovi esfriou um pouco no inverno. Mas o director da equipa Massimo Rivola não desistiu e continuou a dizer a Dovi que deveria continuar a testar a moto.
Deu-se então a rescisão entre Yamaha e Viñales, e as portas desejadas abriram-se para Dovizioso. “Teria adorado juntar-me à equipa de trabalho da Yamaha em vez de Viñales” admite. “Mas isso não aconteceu. Agora estou feliz com a oportunidade que tive na Petronas.”
