Pecco chega à 18ª corrida do Campeonato do Mundo em Phillip Island dois pontos atrás do líder Fabio Quartararo. O piloto da Ducati sabe que pode lutar pelo título de MotoGP, mas tem ainda três grandes desafios à frente para poder erguer o ceptro mundial.
Desde a prova no Sachsenring o piloto de fábrica da Ducati Francesco Bagnaia conquistou quatro vitórias, um segundo e um terceiro lugar. Fabio Quartararo não vence desde a Alemanha em junho, somou dois abandonos e concluiu o GP da Tailândia fora dos pontos, enquanto Bagnaia fez mais um pódio e reduziu para 2 pontos a diferença para o piloto de fábrica da Yamaha. Agora, a três corridas de ser definir o novo campeão mundial, o piloto da Ducati tem tudo a seu favor: uma moto mais competitiva, mais companheiros de marca para o ajudar, restando saber se a marca de Bolonha também saberá ter a estratégia mais acertada por forma a recuperar um título desde há muito perdido no MotoGP.
Em entrevista ao Motogp.com, o vice-campeão do ano passado falou sobre a sua temporada e as hipóteses de ‘sobreviver’ a Quartararo.
“Estou na minha melhor forma, diferente de quando estive na Moto2. Agora estou muito melhor em termos de velocidade e mentalidade”, enfatizou o protegido de Valentino Rossi.
“No início do ano a nossa moto não era tão competitiva, tive muitas dificuldades. Precisávamos de muito tempo para melhorar a nossa situação. Quando voltámos à Europa melhorámos, conseguimos estar sempre à frente e sempre subia ao pódio ou ganhava. Infelizmente, também cometi muitos erros e perdi muitos pontos.” Admitiu Bagnaia, prosseguindo:
“O nosso desempenho é bom, mesmo que tenhamos alguns altos e baixos. Quando caí antes das férias de verão, foi porque estava com a mentalidade errada. Sempre que caía no momento em dizia a mim mesmo: ‘Agora relaxa’. Juntamente com meu treinador e com as pessoas ao meu redor, tentei entender o que estava errado. Fizemos muita análise para ver como poderíamos fazer melhor”, disse o italiano, que já comemorou dez vitórias na categoria rainha depois de vencer o Campeonato do Mundo de Moto2 em 2018.
Pecco tem muito respeito e admiração pelo líder do campeonato Fabio Quartararo, no entanto, vê para ele uma situação melhor no final da temporada.
“Atualmente o Fabio é o único a ser batido. Ele é um dos pilotos mais fortes, campeão mundial do ano passado. Estou numa situação melhor do que ele porque sinto-me melhor na minha moto. Sei que posso realmente pressionar e atacar. Ele tem mais problemas com a moto e a nossa moto está melhor”.
Concluiu o italiano de 25 anos de Turim, acompanhado quase sempre pela sua irmã Carola em todas as provas onde participa. Pecco está mais do que nunca perto do seu primeiro título no MotoGP, mas percebe que não terá uma tarefa fácil até Valência.
