Valentino Rossi deu hoje a sua última conferência de imprensa como piloto no ativo (a não ser que consiga um pódio no domingo, em Valência). Antes do último Grande Prémio da sua carreira, o ‘Doutor’ viu dentro da sala todas as motos com que subiu ao topo do mundo e reconheceu a nostalgia.
“Tenho as Yamahas e as Aprilias em casa: um M1 está no meu quarto, mas vê-las todas juntas é comovente. Faz-me pensar de tudo o que percorri. Esta moto é aquela que eu devia ter tido da Honda. Já tinha um espaço em casa onde a podia colocar, prometo tratá-la bem”, disse.
Rossi admite que o momento em que anunciou o abandono foi bastante difícil, revela que quer terminar bem a temporada e sabe que a sua vida a partir de segunda-feira vai ser totalmente diferente.
“O pior momento já passou, coincidiu com o momento em que decidi parar. Em junho, teria continuado se estivesse rápido, mas pelas circunstâncias, tinha de parar. Agora estou a tentar ficar o mais focado possível na corrida, porque é crucial e quero ter um último fim de semana positivo. Espero que o tempo nos ajude, especialmente no domingo. O que é que vai acontecer depois da corrida? Não sei, espero não chorar”.
“Tem sido uma época particular, especialmente depois de anunciar o meu abandono. Gostava de ter vivido da forma mais normal possível, mas não consegui. Depois do anúncio, tive muitas mensagens de muitos pilotos, do passado e do presente, o que foi bom. Pensei muito sobre esta conferência em Valência: normalmente, na última corrida, toda a gente está feliz, porque as férias estão no horizonte, mas para mim, a vida a partir de segunda-feira vai ser diferente. Quero apreciar o momento e depois vou pensar no futuro. Sonhos? O meu era ser campeão de MotoGP, por isso não tenho nenhuns agora”.
