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História da Yamaha Ténéré – 1ª Parte – 1983 a 1996

By on 6 Dezembro, 2018

A Yamaha acaba de lançar a mais recente versão da sua famosa Ténéré, desta em versão 700cc. Aproveitamos para recordar a história das várias gerações de um modelo que mudou a relação do planeta com o Todo-Terreno. De facto, a criação da Ténéré deve-se à visão dum Francês, Jean-Claude Olivier, ele próprio um piloto com algum sucesso e eventualmente presidente da Yamaha France. Olivier sonhava em tornar a moto um veículo de Aventura, e para pôr em ação os seus planos, começou por competir no Rallye da Costa do Marfim em 1977 com uma XT500, antecessora não menos mítica da Ténéré. É interessante notar que um dos seus adversários nessa aventura foi o futuro organizador do Paris-Dakar, Thierry Sabine.

Em 1979 já a Sonauto (o importador Francês da Yamaha) entrou no primeiro Paris-Dakar com uma equipa oficial de três pilotos. O modelo, nas suas várias versões, viria a vencer numerosas edições do Dakar, uma vez que Olivier convenceu a casa-mãe a introduzir a Ténéré como um modelo de estrada, provando mais uma vez que aliava génio comercial a dotes de pilotagem. A palavra em si, Ténéré, vem do árabe e significa nas línguas Tuaregues “deserto” ou “solidão”, designando ainda um deserto a norte do Niger que era atravessado pelo Dakar. Nada mais apropriado, portanto, para designar uma moto que punha o homem a só contra os elementos. Aqui fica uma cronologia dos modelos Ténéré entre 1983 e os nossos dias.

1983 – Yamaha XT600Z Ténéré (34L)
Inspirada pelas motos preparadas para competir no Paris-Dakar que foram vitoriosas no Rally em 1979 e 1980 com Cyril Neveu e a Yamaha Motor France. Basicamente, o modelo era uma XT550 com o diâmetro do motor aumentado para dar 600cc e atingir 44 cavalos de potência, a adição dum depósito de 30 litros para maior autonomia e cores de competição a remeter para o seu pedigree. O sucesso em França, logo seguido pelo resto da Europa, foi total.

1986 – Yamaha XT600Z Ténéré (1VJ)
A segunda geração, sempre em versão monocilíndrica, supostamente ainda mais parecida com as motos oficiais do Dakar. O depósito passou a conter apenas 21 litros, mas a potência subiu para 46 cavalos graças a um novo carburador e caixa de filtro de ar. Aparece também com arranque elétrico pela primeira vez.

1988 – Yamaha XT600Z Ténéré (3AJ)
Desta, a moto é sujeita a uma revisão total, com uma nova carenagem montada no quadro, que incorpora uma dupla ótica. A capacidade do depósito volta a aumentar, para 23 litros, o motor é extensamente revisto e o tambor traseiro é abandonado em favor dum disco de travão.

1989 – Yamaha XTZ750 Super Ténéré
Neste ano aparece uma nova versão com motor bicilíndrico e 750cc, que se distingue imediatamente pela presença de dois discos de travão à frente, e um enorme depósito envolvente de 26 litros. 70 cavalos e 219 Kg tornam-na numa ferramenta imprópria para principiantes… A versão de fábrica venceu o Dakar nada menos que seis vezes em total (duas em versão 750cc e as restantes em 850cc) antes do modelo ser descontinuado em 1996.

1991 – Yamaha XTZ660 Ténéré
Ainda no motor monocilíndrico, que atinge agora os 48 cavalos, este é modificado para acomodar uma cabeça de 5 válvulas e refrigeração líquida. A moto é mais estreita e menos radical, mais virada para a circulação em estrada, com tanque de 20 litros de novo e menor curso de suspensão. Isto também reflete o facto de que, a partir de agora, as motos do Dakar são criações especiais da fábrica extensamente modificadas e os modelos comerciais raramente eram usadas no deserto, ou sequer fora de estrada, pelos seus donos.

 

1994 – Yamaha XTZ660 Ténéré
Esta é a versão final da última geração monocilíndrica, com formas mais estilizadas e a adotar ótica dupla inspirada na Super-Ténéré. O modelo ainda se vende até 1998.

1995 – Yamaha XTZ 750 ST

A versão da Super-Ténéré de 1995 apenas atualiza as cores e gráficos da 750 original de 1989 para versões mais rasgativas, tendo adotado as duplas óticas em 1993 e acabando sucedida pelo muito menos popular TDM850.

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