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Contacto Honda NT 1100 – O segredo está na simplicidade

By on 1 Dezembro, 2021

A Honda apresentou a NT 1100 como uma nova realidade do conceito Touring. Nascida com o motor e com o quadro da Africa Twin, vem ocupar o espaço deixado pelas saudosas Deauville e Pan European, mas com um look diferente, baseada na linguagem estética da X-adv. Será que a Honda reinventou a polivalência de uma utilização turística?

Por Rui Domingues

 A NT 1100 é uma moto bastante polivalente. A deslocação no trânsito é bastante simples mesmo com as malas laterais colocadas, uma vez que ocupam praticamente a mesma distância que a largura do guiador. Conseguimos comutar o nosso registo de condução entre cidade, umas curvas de serra como se ainda tivéssemos 20 anos e uma tirada de auto-estrada a dois com o maior dos confortos. Tudo sem ser preciso trocar de moto. E em todos eles, a NT 1100 assenta que nem uma luva.

Falando de protecção aerodinâmica, falamos de um ponto forte desta NT1100. Um pára-brisas ajustável manualmente em cinco posições permite que, na posição mais baixa, possamos olhar diretamente para a estrada sem ser através do vidro, algo, na nossa opinião, muito útil para condução em cidade, e que, na posição mais alta e com ajuda dos defletores para as mãos, pernas e pés, seja  possível circular em auto estrada até aos 120 km/h totalmente protegidos do vento e das intempéries. Começamos a perceber onde a Honda quer chegar com este conceito.

O estilo é subtil e sofisticado, com superfícies simples que destacam as principais linhas de caráter. A elegância dinâmica que percorre a NT1100, da frente para trás, são as linhas características que definem o seu idioma de design. E, é claro, as formas elegantes deste modelo também têm a ver com as funções – aumentar a qualidade da experiência de condução.

    A iluminação Full LED é bastante visível e, apesar de não termos circulado à noite, acreditamos que cumpra plenamente com as necessidades de um modelo deste segmento.

 Autonomia tem quanto baste com um depósito de 20.4 lts de capacidade. E são bem verdadeiros os dados que a Honda apresenta, pois com a nossa condução um pouco mais agressiva e durante os 250 kms que durou este contacto, pudemos comprovar um consumo de 5.2 L/100 kms.

    As suspensões Showa em ambos os eixos agradaram-nos bastante, mesmo naqueles ressaltos marotos, que aparecem não sabemos de onde, e que têm a capacidade de catapultar o passageiro para a mais longínqua das galáxias. Tanto o condutor como o passageiro foram contemplados pela Honda  com um assento muito confortável em qualquer uma das duas opções disponíveis (standard e confort). Somente para o passageiro uns pousa pés mais baixos facilitam assim a entrada e saída da moto, bem como capazes de reduzir a curvatura das pernas em andamento.

O motor bicilíndrico paralelo de 1084 cm3 com 100 cv  herdado da Africa Twin, já bem conhecido no mercado, chega até à NT com pequenas modificações ao nível da caixa de ar de admissão e no redimensionamento do sistema de escape onde lhe foi retirada a respectiva válvula, tornando-o assim mais dócil na entrega de potência. O radiador passou a ser apenas um e colocado numa posição superior, protegendo-o assim do que for projetado pela roda dianteira.

 A travagem foi bastante bem dimensionada para o modelo conseguindo transmitir boa suavidade ao toque assim como excelente em eficácia em todas as situações apresentadas. O sistema de ajuda à travagem de emergência por nós comprovado funciona muito bem, alertando o condutor da retaguarda com a devida antecipação.

  Rodas de 17 polegadas em ambos os eixos em combinação com uma geometria de direção mais precisa dão a agilidade que se pretende para esta simples Tourer poder curvar mais rápido e ser mais assertiva nas correções de trajetória.

O ecrã TFT de 6,5´´ com comando por toque é bem-vindo, nomeadamente no que toca à configuração da eletrónica da moto, mas isto enquanto a moto está imobilizada. Quando tentamos fazer o mesmo com a moto em andamento começa a batalha de interruptores, que só no lado esquerdo são 16 mais 2 na versão DCT.

  No campo da conectividade podemos contar com a possibilidade de emparelharmos com o Apple Carplay ou com o Android Auto através de Bluetooth para algumas aplicações. Para outras, ainda será necessário conectar o telemóvel por cabo à moto. 

Com um preço de lançamento apresentado pela Honda (14100 Euros para a versão manual e mais 1000 Euros para a versão DCT), esta moto fica bastante bem posicionada no mercado.

 

Ficha Técnica:

Motor

Tipo de motor4 tempos, 8 válvulas, bicilíndrico paralelo a 270°, Unicam, refrigeração líquida
Cilindrada1.084 cc
Potência101 cv (75kW) @ 7,500 rpm
Binário104Nm @ 6,250 rpm
TransmissãoCaixa de 6 velocidades, final por corrente. Caixa de dupla embraiagem (DCT), disponível como opcional

Ciclistica

QuadroBerço duplo
Suspensão Dianteira / TraseiraForquilha telescópica invertida SHOWA SFF-BP de 43 mm, com afinação de pré-carga e ajuste de amortecimento, curso de 150 mm
Travagem Dianteira / TraseiraBraço oscilante de alumínio fundido monoblock com Pro-Link® com amortecedor de gás, afinação hidráulica de pré-carga e ajuste de amortecimento, curso de 150 mm
Pneus120/70 R17 ; 180/55 R17

Dimensões e Preço

Altura do assento820 mm
Distância entre eixos1535 mm
Capacidade do depósito20,4 L
Peso238 Kg
PreçoDesde 14.100 € (Versão DCT desde 15.100 €)

 

Cores e Acessórios

  • Pack Urban: Top Case 50 L com bolsa interior, encosto conforto para a top-case e saco de depósito de 4,5 L
  • Pack Touring: Bancos e pousa-pés conforto para condutor e passageiro e faróis de nevoeiro
  • Pack Voyage: Top case de 50 L com bolsa interior, encosto conforto para a top case, saco de depósito com 4,5 L, bancos e poisa-pés conforto para condutor e passageiro e faróis de nevoeiro 

 

Concorrentes:

  • BMW F 900 XR

Desde 11.700 € ; 105 cv @ 8.500 rpm ; 219 Kg
  • Yamaha Tracer 9 GT

Desde 13,850 euros ; 119 cv ; 220 kg
  • Kawasaky Versys 1000 SE

Desde 15995 euros ; 120 cv ; 257 kg

 

Galeria:

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