O seu nome é Torsten Robbens e é um designer de motas de Oudenaarde. Em agosto, Torsten apareceu no início do Campeonato do Mundo de Velocidade em Lausitzring, na Alemanha, com uma moto que construiu e a que chamou, com algum orgulho patriótico, “La Belgitude”.
O Campeonato do Mundo de Velocidade é uma corrida de velocidade em terra e foi organizado pela segunda vez em cooperação com a FIM (Fédération Internationale de Motocyclisme). Em suma, trata-se de uma prova séria e não de uma pequena corrida clandestina na ZAI. Nesta prestigiada ocasião, Torsten Robbens e a sua Belgitude bateram dois recordes mundiais de velocidade na categoria das motos eléctricas com menos de 150 kg. Na categoria “não aerodinâmica”, alcançou uns espantosos 214,15 km/h e na categoria “semi-aerodinâmica”, uns notáveis 229,50 km/h.
Na Bélgica, já é um ídolo. Está bem, não ao nível de Remco Evenepoel, mas é um ídolo na mesma. Basta dizer que a última vez que um belga conquistou um recorde mundial de velocidade FIM foi em 1932 e o seu nome era René Milhoux, na Bélgica ainda se lembram dele.
E não deveriam, com razão, recordar com orgulho nacional o nome de um homem que constrói sozinho uma mota de corrida eléctrica e traz para casa dois recordes mundiais? A Belgitude é 100% feita à mão. Ele construiu-a e depois conduziu-a. É rápida. Só podemos ter uma grande admiração por Torstern Robbens.
Para além deste admirável projeto, Robbens é um técnico de alto nível com um currículo que inclui a Fórmula 1 e as corridas de resistência. Em 2004, fez história como o mais jovem chefe de equipa a vencer as 24 Horas de Le Mans, e também ganhou experiência com motos de corrida eléctricas que competiram no Troféu Turista. O seu sucesso em Lausitzring não foi um acaso.
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