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Dakar 2022, Antevisão: Tudo em aberto nas motos

Ricardo Ferreira por Ricardo Ferreira
29 Dezembro, 2021
em Sem categoria
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Nas últimas cinco edições do Dakar, houve cinco vencedores diferentes nas motos e os cinco estão de volta para disputar o rali a partir do dia 1 de janeiro de 2022, juntamente com pilotos jovens que vieram refrescar o plantel como Daniel Sanders, ou o norte-americano Skyker Howes, que cumpre finalmente o sonho de se tornar piloto de fábrica com a Husqvarna.

Todas as condições estão reunidas para mais um rali eletrizante ao longo de 14 dias e 12 etapas. Num  total 8177 quilómetros, 4258 deles cronometrados, menos 500 do que na edição anterior, a navegação volta ser um factor-chave nesta 44ª edição, anunciada com mais dunas e especiais mais curtas, portanto mais duro e, teoricamente, ainda mais competitiva. Como os riscos aumentam todos os anos à medida que a reserva de talentos aumenta, os organizadores a procurar conter as velocidades máximas, mantendo os roadbooks apertados e resistentes, o que significa que a navegação é crucial. Com estes a serem entregues digitalmente, não há hipótese de estudar e preparar – é uma corrida de reflexo rápido e em tempo real.

Na lista de favoritos, estão naturalmente os cinco vencedores das últimas cinco edições. O argentino Kevin Benavides que deu o segundo triunfo à Honda em 2021 e alinha agora com a KTM, marca que conta ainda com outros dois ex-vencedores, o australiano Toby Price – o único dos cinco que subiu por duas vezes ao topo do pódio no Dakar (2019 e 2016) e o austríaco Matthias Walkner que soma ao triunfo de 2018 o título de campeão mundial de Cross-Country Rallies em 2021.

O norte-americano da Honda Ricky Brabec, que quebrou a sequência vitoriosa da rival KTM com o seu triunfo em 2020 e o britânico Sam Sunderland (vencedor em 2017) que se estreia em 2022 com a GasGas, completam o quinteto vencedor dos últimos cinco anos. No entanto, há outros favoritos na Honda, como Joan Barreda que vem perseguindo o sonho de vitória no rali Dakar desde 2011. O espanhol de 38 anos com 27 vitórias em etapas, é o piloto no ativo com maior sucesso nesse ranking, apenas superado pelos franceses Stéphane Peterhansel e Cyril Despres,  com 33 triunfos em etapa cada um. José Ignacio Cornejo, é outro piloto da Honda é justo incluir na lista de favoritos. O chileno de 27 anos venceu uma das etapas e liderou durante três dias o Rali Dakar em 2021. Pablo Quintanilla que entre 2016 e 202 foi a figura de proa da Husqvarna no rali, toma na 44ª edição o lugar deixado vago na Honda por Kevin Benavides e com a moto vencedora das duas últimas edições o rápido chileno acha que tem as condições reunidas para lutar pelo triunfo no mais difícil rali do mundo.

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Contra os quatro pilotos da Honda, apenas um factor: a vontade íntrinseca da KTM em voltar aos triunfos, com uma nova moto, com o vencedor do ano passado a integrar a equipa e até com um convite de Norbert Schaudler para conselheiro da formação a Marc Coma, prontamente aceite pelo espanhol  que venceu por cinco vezes o rali com a marca austríaca.

Há ainda outros candidatos e marcas à procura de brilhar no Dakar. Nos últimos anos, a Yamaha tornou-se uma séria candidata à vitória no Dakar, mas houve contratempos repetidas vezes. Em 2020, os principais pilotos abandonaram após acidentes e, no início deste ano, defeitos na moto causaram a desistência de todos os cinco pilotos. É mau demais, e por isso o esforço da Yamaha no Dakar 2022 irá concentrar-se em somente três pilotos, Adrien Van Beveren, Andrew Short e Ross Branch.

Tanto a GasGas, como a Sherco e Hero com os portugueses Rui Gonçalves e Joaquim Rodrigues, procuram também a sua oportunidade de brilhar nesta 44ª edição., nem que seja para atingir o top ten final.https://f61138a87ce5a6bde0c7a90e8fb9634c.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

E por fim um estreante famoso, Danilo Petrucci, o ex-piloto de MotoGP que trocou as pistas de asfalto pelas areias da Arábia Saudita. “Para mim o Dakar é como uma peregrinação para a moto, mal posso esperar para subir a moto e conduzir nas dunas e no deserto.”

Honda procura o hat-trick, KTM quer recuperar o troféu

Foi com a passagem da América do Sul para a Arábia Saudita, que a KTM perdeu a hegemonia de 18 vitórias consecutivas para a Honda. Primeiro, o norte-americano Ricky Brabec (2020) e um ano depois o argentino Kevin Benavides, conseguiram arrebatar o troféu que desde 2001 – o ano do triunfo de Fabrizio Meoni no Paris-Dakar-Cairo – pretenceu de pleno direito à casa austríaca. Elevou-se assim para sete as vitórias da Honda no rali, sendo assim a terceira marca mais triunfadora, e aproximando-se assim dos nove triunfos da Yamaha, seis dos quais garantidos por Stephane Peterhansel. Desde o primeiro Dakar de 1978, que durou três semanas, os participantes de maior sucesso na categoria de motos vêm principalmente de França. Stephane Peterhansel lidera as estatísticas das vitórias, seguido por Cyril Despres e Cyril Neveu, cada um com cinco trunfos; o espanhol Marc Coma também soma cinco vitórias no rali.

A chegada do rali à Arábia Saudita foi ainda marcada por acidentes fatais. Em 2020 faleceu o português Paulo Gonçalves, de 40 anos, após uma queda na oitava etapa, gerando a consternação geral; Edwin Straver também não resitiu a uma queda na 11ª etapa. O piloto holandês foi de pronto assistido por Mário Patrão que o tentou reanimar, chamou a assistência médica da prova, mas o piloto ficou em morte cerebral vindo a falecer poucos dias depois. Em 2021 o piloto privado Pierre Cherpin, de 52 anos também pagou com a vida a sua paixão pelo rali. Toby Price, que foi o primeiro não europeu a vencer o rali mais difícil do mundo com uma KTM (2016, 2019) também não ganhou para o susto numa queda na nona etapa do último Dakar, que obrigou o australiano a abandonar e a passar por três cirurgias durante o ano.

146 motos, 50 estreantes e 4 mulheres

A 44ª edição do Rally Dakar revela na lista de participantes em motos,  um crescimento na ordem dos 35 por cento em comparação com 2021. Enquanto a composição das equipas no Dakar 2022 era certa há muito tempo, a lista provisória  de participantes, anunciada pela ASO, a entidade organizadora , revela muito mais motociclistas inscritos. Por causa das medidas oficiais de combate à pandemia de Covid-19, apenas 108 motos competiram no Dakar de 2021. Dos 146 pilotos incritos para a próxima edição, um número surpreendente de 50 participantes vai ter a expriência de viver a aventura do Dakar pela primeira vez. De facto, 33 pilotos participam no evento ‘Original by Motul’. Nesse ranking, os pilotos estão por conta própria e precisam consertar e fazer a manutenção das suas motos todos os dias. São eles os mais sacrificados e não os pilotos de fábrica, que contudo são os que mais arriscam pelos resultados.

Depois de Laia Sanz mudar para um MINI, quatro mulheres lutam pelo título de melhor concorrente feminina nesta  44ª edição do rali. Na participação lusa há também uma baixa de peso: Sebastian Bühler, fraturou a coxa enquanto se preparava em Abu-Dhab e vai estar ausente do evento.

Pontos-chave do percurso

O prólogo no 1 de janeiro junto à cidade portuária de Jeddah terá 19 quilómetros, mas as coisas só vão ficar sérias em Ha’il. Após a 6ª etapa, a comitiva do Dakar terá um dia de descanso no dia 8 de janeiro em Riade, a capital da Arábia Saudita. A essa altura, os pilotos já terão percorrido mais de 4.200 km sobre as suas motos, dos quais quase 2.300 em especiais.

A 11ª etapa será a chave da prova, com a especial mais dura e com mais areia e dunas, sendo aí que pode ficar decidida a classificação, antes do rali regressar às margens do Mar Vermelho.

A décima segunda e última etapa está programada para 14 de janeiro, após 8177 km (4258 km a conta-relógio. A cerimónia do pódio acontece em Jeddah no mesmo dia, sendo então proclamado o 43º vencedor do Dakar e não o 44º como seria normal, uma vez que o rali de 2008 (Lisboa-Dakar) foi cancelado devido ao risco de terrorismo, mudando-se então para a América do Sul, antes da vinda para a Arábia Saudita em 2020.

Nesta edição, as etapas maratona surgem logo na primeiro semana de prova, nas segunda e terceira etapas. Ao contrário do que aconteceu nas duas edições anteriores, o Crescente Vazio, um deserto na Arábia Saudita, não consta do percurso.

Todos os vencedores do Rally Dakar

1979 Cyril Neveu F. Yamaha Paris – Argel – Dakar
1980 Cyril Neveu F. Yamaha Paris – Argel – Dakar
1981 Hubert Auriol F. BMW Paris – Argel – Dakar
1982 Cyril Neveu F. Honda Paris – Argel – Dakar
1983 Hubert Auriol F. BMW Paris – Argel – Dakar
1984 Gaston Rahier B. BMW Paris – Argel – Dakar
1985 Gaston Rahier B. BMW Paris – Argel – Dakar
1986 Cyril Neveu F. Honda Paris – Argel – Dakar
1987 Cyril Neveu F. Honda Paris – Argel – Dakar
1988 Edi Orioli EU. Honda Paris – Argel – Dakar
1989 Gilles Lalay F. Honda Paris – Tunis – Dakar
1990 Edi Orioli EU. Cagiva Paris – Tripoli – Dakar
1991 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Tripoli – Dakar
1992 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Sirt – Cidade do Cabo
1993 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Tânger – Dakar
1994 Edi Orioli EU. Cagiva Paris – Dakar – Paris
1995 Stephane Peterhansel F. Yamaha Granada – Dakar
1996 Edi Orioli EU. Yamaha Granada – Dakar
1997 Stephane Peterhansel F. Yamaha Dakar – Agadez – Dakar
1998 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Granada – Dakar
1999 Richard Sainct F. BMW Granada – Dakar
2000 Richard Sainct F. BMW Paris – Dakar – Cairo
2001 Fabrizio Meoni EU. KTM Paris – Dakar – Cairo
2002 Fabrizio Meoni EU. KTM Arras – Madrid – Dakar
2003 Richard Sainct F. KTM Marselha – Sharm El Sheikh
2004 Nani Roma E. KTM Clermont-Ferrand-Dakar
2005 Cyril Despres F. KTM Barcelona – Dakar
2006 Marc Coma E. KTM Lisboa – Dakar
2007 Cyril Despres F. KTM Lisboa – Dakar
2008 cancelado Lisboa – Dakar
2009 Marc Coma E. KTM Buenos Aires – Valparaíso – Buenos Aires
2010 Cyril Despres F. KTM Buenos Aires-Antofagasta-Buenos Aires
2011 Marc Coma E. KTM Buenos Aires – Arica – Buenos Aires
2012 Cyril Despres F. KTM Mar del Plata-Lima
2013 Cyril Despres F. KTM Lima – Santiago do Chile
2014 Marc Coma E. KTM Rosario – Valparaíso
2015 Marc Coma E. KTM Buenos Aires – Iquique – Buenos Aires
2016 Toby Price FORA KTM Buenos Aires – Rosario
2017 Sam Sunderland GB KTM Assunção – Rio Cuarto – Buenos Aires
2018 Matthias Walkner UMA. KTM Lima-La Paz-Córdoba
2019 Toby Price FORA KTM Lima – Arequipa – Lima
2020 Ricky Brabec EUA Honda Jeddah Riyadh Qiddiya
2021 Kevin Benavides ARG Honda Jeddah-Ha’il-Jeddah

Nas últimas cinco edições do Dakar, houve cinco vencedores diferentes nas motos e os cinco estão de volta para disputar o rali a partir do dia 1 de janeiro de 2022, juntamente com pilotos jovens que vieram refrescar o plantel como Daniel Sanders, ou o norte-americano Skyker Howes, que cumpre finalmente o sonho de se tornar piloto de fábrica com a Husqvarna.

Todas as condições estão reunidas para mais um rali eletrizante ao longo de 14 dias e 12 etapas. Num  total 8177 quilómetros, 4258 deles cronometrados, menos 500 do que na edição anterior, a navegação volta ser um factor-chave nesta 44ª edição, anunciada com mais dunas e especiais mais curtas, portanto mais duro e, teoricamente, ainda mais competitiva. Como os riscos aumentam todos os anos à medida que a reserva de talentos aumenta, os organizadores a procurar conter as velocidades máximas, mantendo os roadbooks apertados e resistentes, o que significa que a navegação é crucial. Com estes a serem entregues digitalmente, não há hipótese de estudar e preparar – é uma corrida de reflexo rápido e em tempo real.

Na lista de favoritos, estão naturalmente os cinco vencedores das últimas cinco edições. O argentino Kevin Benavides que deu o segundo triunfo à Honda em 2021 e alinha agora com a KTM, marca que conta ainda com outros dois ex-vencedores, o australiano Toby Price – o único dos cinco que subiu por duas vezes ao topo do pódio no Dakar (2019 e 2016) e o austríaco Matthias Walkner que soma ao triunfo de 2018 o título de campeão mundial de Cross-Country Rallies em 2021.

O norte-americano da Honda Ricky Brabec, que quebrou a sequência vitoriosa da rival KTM com o seu triunfo em 2020 e o britânico Sam Sunderland (vencedor em 2017) que se estreia em 2022 com a GasGas, completam o quinteto vencedor dos últimos cinco anos. No entanto, há outros favoritos na Honda, como Joan Barreda que vem perseguindo o sonho de vitória no rali Dakar desde 2011. O espanhol de 38 anos com 27 vitórias em etapas, é o piloto no ativo com maior sucesso nesse ranking, apenas superado pelos franceses Stéphane Peterhansel e Cyril Despres,  com 33 triunfos em etapa cada um. José Ignacio Cornejo, é outro piloto da Honda é justo incluir na lista de favoritos. O chileno de 27 anos venceu uma das etapas e liderou durante três dias o Rali Dakar em 2021. Pablo Quintanilla que entre 2016 e 202 foi a figura de proa da Husqvarna no rali, toma na 44ª edição o lugar deixado vago na Honda por Kevin Benavides e com a moto vencedora das duas últimas edições o rápido chileno acha que tem as condições reunidas para lutar pelo triunfo no mais difícil rali do mundo.

Contra os quatro pilotos da Honda, apenas um factor: a vontade íntrinseca da KTM em voltar aos triunfos, com uma nova moto, com o vencedor do ano passado a integrar a equipa e até com um convite de Norbert Schaudler para conselheiro da formação a Marc Coma, prontamente aceite pelo espanhol  que venceu por cinco vezes o rali com a marca austríaca.

Há ainda outros candidatos e marcas à procura de brilhar no Dakar. Nos últimos anos, a Yamaha tornou-se uma séria candidata à vitória no Dakar, mas houve contratempos repetidas vezes. Em 2020, os principais pilotos abandonaram após acidentes e, no início deste ano, defeitos na moto causaram a desistência de todos os cinco pilotos. É mau demais, e por isso o esforço da Yamaha no Dakar 2022 irá concentrar-se em somente três pilotos, Adrien Van Beveren, Andrew Short e Ross Branch.

Tanto a GasGas, como a Sherco e Hero com os portugueses Rui Gonçalves e Joaquim Rodrigues, procuram também a sua oportunidade de brilhar nesta 44ª edição., nem que seja para atingir o top ten final.https://f61138a87ce5a6bde0c7a90e8fb9634c.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

E por fim um estreante famoso, Danilo Petrucci, o ex-piloto de MotoGP que trocou as pistas de asfalto pelas areias da Arábia Saudita. “Para mim o Dakar é como uma peregrinação para a moto, mal posso esperar para subir a moto e conduzir nas dunas e no deserto.”

Honda procura o hat-trick, KTM quer recuperar o troféu

Foi com a passagem da América do Sul para a Arábia Saudita, que a KTM perdeu a hegemonia de 18 vitórias consecutivas para a Honda. Primeiro, o norte-americano Ricky Brabec (2020) e um ano depois o argentino Kevin Benavides, conseguiram arrebatar o troféu que desde 2001 – o ano do triunfo de Fabrizio Meoni no Paris-Dakar-Cairo – pretenceu de pleno direito à casa austríaca. Elevou-se assim para sete as vitórias da Honda no rali, sendo assim a terceira marca mais triunfadora, e aproximando-se assim dos nove triunfos da Yamaha, seis dos quais garantidos por Stephane Peterhansel. Desde o primeiro Dakar de 1978, que durou três semanas, os participantes de maior sucesso na categoria de motos vêm principalmente de França. Stephane Peterhansel lidera as estatísticas das vitórias, seguido por Cyril Despres e Cyril Neveu, cada um com cinco trunfos; o espanhol Marc Coma também soma cinco vitórias no rali.

A chegada do rali à Arábia Saudita foi ainda marcada por acidentes fatais. Em 2020 faleceu o português Paulo Gonçalves, de 40 anos, após uma queda na oitava etapa, gerando a consternação geral; Edwin Straver também não resitiu a uma queda na 11ª etapa. O piloto holandês foi de pronto assistido por Mário Patrão que o tentou reanimar, chamou a assistência médica da prova, mas o piloto ficou em morte cerebral vindo a falecer poucos dias depois. Em 2021 o piloto privado Pierre Cherpin, de 52 anos também pagou com a vida a sua paixão pelo rali. Toby Price, que foi o primeiro não europeu a vencer o rali mais difícil do mundo com uma KTM (2016, 2019) também não ganhou para o susto numa queda na nona etapa do último Dakar, que obrigou o australiano a abandonar e a passar por três cirurgias durante o ano.

146 motos, 50 estreantes e 4 mulheres

A 44ª edição do Rally Dakar revela na lista de participantes em motos,  um crescimento na ordem dos 35 por cento em comparação com 2021. Enquanto a composição das equipas no Dakar 2022 era certa há muito tempo, a lista provisória  de participantes, anunciada pela ASO, a entidade organizadora , revela muito mais motociclistas inscritos. Por causa das medidas oficiais de combate à pandemia de Covid-19, apenas 108 motos competiram no Dakar de 2021. Dos 146 pilotos incritos para a próxima edição, um número surpreendente de 50 participantes vai ter a expriência de viver a aventura do Dakar pela primeira vez. De facto, 33 pilotos participam no evento ‘Original by Motul’. Nesse ranking, os pilotos estão por conta própria e precisam consertar e fazer a manutenção das suas motos todos os dias. São eles os mais sacrificados e não os pilotos de fábrica, que contudo são os que mais arriscam pelos resultados.

Depois de Laia Sanz mudar para um MINI, quatro mulheres lutam pelo título de melhor concorrente feminina nesta  44ª edição do rali. Na participação lusa há também uma baixa de peso: Sebastian Bühler, fraturou a coxa enquanto se preparava em Abu-Dhab e vai estar ausente do evento.

Pontos-chave do percurso

O prólogo no 1 de janeiro junto à cidade portuária de Jeddah terá 19 quilómetros, mas as coisas só vão ficar sérias em Ha’il. Após a 6ª etapa, a comitiva do Dakar terá um dia de descanso no dia 8 de janeiro em Riade, a capital da Arábia Saudita. A essa altura, os pilotos já terão percorrido mais de 4.200 km sobre as suas motos, dos quais quase 2.300 em especiais.

A 11ª etapa será a chave da prova, com a especial mais dura e com mais areia e dunas, sendo aí que pode ficar decidida a classificação, antes do rali regressar às margens do Mar Vermelho.

A décima segunda e última etapa está programada para 14 de janeiro, após 8177 km (4258 km a conta-relógio. A cerimónia do pódio acontece em Jeddah no mesmo dia, sendo então proclamado o 43º vencedor do Dakar e não o 44º como seria normal, uma vez que o rali de 2008 (Lisboa-Dakar) foi cancelado devido ao risco de terrorismo, mudando-se então para a América do Sul, antes da vinda para a Arábia Saudita em 2020.

Nesta edição, as etapas maratona surgem logo na primeiro semana de prova, nas segunda e terceira etapas. Ao contrário do que aconteceu nas duas edições anteriores, o Crescente Vazio, um deserto na Arábia Saudita, não consta do percurso.

Todos os vencedores do Rally Dakar

1979 Cyril Neveu F. Yamaha Paris – Argel – Dakar
1980 Cyril Neveu F. Yamaha Paris – Argel – Dakar
1981 Hubert Auriol F. BMW Paris – Argel – Dakar
1982 Cyril Neveu F. Honda Paris – Argel – Dakar
1983 Hubert Auriol F. BMW Paris – Argel – Dakar
1984 Gaston Rahier B. BMW Paris – Argel – Dakar
1985 Gaston Rahier B. BMW Paris – Argel – Dakar
1986 Cyril Neveu F. Honda Paris – Argel – Dakar
1987 Cyril Neveu F. Honda Paris – Argel – Dakar
1988 Edi Orioli EU. Honda Paris – Argel – Dakar
1989 Gilles Lalay F. Honda Paris – Tunis – Dakar
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1991 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Tripoli – Dakar
1992 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Sirt – Cidade do Cabo
1993 Stephane Peterhansel F. Yamaha Paris – Tânger – Dakar
1994 Edi Orioli EU. Cagiva Paris – Dakar – Paris
1995 Stephane Peterhansel F. Yamaha Granada – Dakar
1996 Edi Orioli EU. Yamaha Granada – Dakar
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2003 Richard Sainct F. KTM Marselha – Sharm El Sheikh
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2006 Marc Coma E. KTM Lisboa – Dakar
2007 Cyril Despres F. KTM Lisboa – Dakar
2008 cancelado Lisboa – Dakar
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2011 Marc Coma E. KTM Buenos Aires – Arica – Buenos Aires
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