A notícia da decisão do espanhol juntar-se à equipa Gresini em 2024 foi uma espécie de tsunami que agitou as águas no MotoGP, mas também os seus principais players – os pilotos.
De Mir a Morbidelli, passando por Quartararo e Vinales, eis diversas opiniões sobre o anúncio de Marc Márquez, nem sempre coincidentes.
“Ele vai dificultar-nos a vida” foi o comentário por exemplo de Fabio Quartararo, convencido de que “Marc é a referência no MotoGP e com uma moto competitiva voltará a lutar pela vitória, por isso não será fácil para qualquer um vencê-lo”. “Todo o piloto que vai para a Ducati torna-se rápido”, acrescentou Maverick Vinales, “então será um problema para todos”.
Mais analítico, Pol Espargarò lembrou dois exemplos pessoais: “No passado partilhava a garagem com o Zarco, andava mais rápido que ele, mas quando foi para a Ducati começou a voar, e o mesmo aconteceu com Alex Márquez, então o nível da moto é certamente alto. Não estou a dizer que é fácil andar rápido com uma Ducati, mas muitas vezes todas as oito Ducatis estão no Q2, já que a moto ajuda mesmo em dias difíceis.”
Por seu turno, Luca Marini acha que a chegada de Marc Márquez à Ducati é “algo fantástico, será uma oportunidade para todos nós. Poderemos ver os seus dados, que serão úteis para todos nós, e teremos a oportunidade de melhorar ainda mais.” Luca terá como novo parceiro de marca não só Marc mas também Franco Morbidelli, que quer encarar a chegada simultânea de Márquez à Ducati como “um estímulo, e a moto oficial não é um factor que muda drasticamente o sabor do desafio, até porque as anteriores Ducati muitas vezes lutam com as novas. Será um desafio pessoal e não técnico.”
Joan Mir que em 2024 poderá ter a braçadeira de capitão da Honda, comentou: “Não estou surpreso com a decisão do Marc. O que posso dizer é que a Honda não o estava apenas a seguir, como muitas vezes oiço , visto que meus pedidos muitas vezes foram atendidos. Decidi ficar na Honda porque sair teria sido um fracasso pessoal”.
Quem conta uma história interessante é Alex Rins: “Fiquei surpreso com a separação entre a Honda e o Marc, mas se ele fez essa escolha, deve respeitá-la. Se ele decidiu desta forma, acho que entendeu que não poderia mais encontrar certas sensações de vencedor na Honda. Eu poderia ter substituído Marc na equipa oficial, mas quando decidi, as minhas únicas opções eram permanecer na LCR ou mudar para a Yamaha”.
