A corrida de hoje foi uma espécie de regresso à forma para Jonathan Rea, ao conquistar o primeiro pódio seco da temporada, um árduo segundo lugar face ao ‘rolo-compressor’ da Ducati, Alvaro Bautista.
“Estava a perder muito com a frente apesar de ser um pneu duro, sinto-me frustrado porque o Bautista anda sem forçar”, estas foram as primeiras palavras do piloto da Kawasaki no final da primeira corrida holandesa.
Ao contrário da Austrália e da Indonésia, Assen é uma pista que mostra as qualidades do piloto. E desse ponto de vista Jonathan Rea tem muita qualidade. O norte-irlandês fez maravilhas tanto na Superpole como na corrida 1 para manter o contacto com Bautista, até ao pequeno erro que lhe custou tempo e metros preciosos.
“Estou contente com o resultado – começa Rea – e com o ritmo que tinha quando estava na frente. Mas sabia que o Bautista iria chegar, o ritmo dele estava incrível desde sexta-feira e quando ele passou por mim dei tudo para acompanhá-lo . Um pequeno erro significou que a diferença aumentou e perdi a sua aspiração nas retas principal e traseira. No final estava a perder muito na frente apesar do pneu duro . Estou frustrado porque o Bautista parece rodar forte sem forçar, não consigo evitar .”
Diverti-me, mas não no final quando o pneu da frente começou a falhar e também tive de travar cedo para a última chicane. No entanto, o início da corrida foi bom. Apesar de Assen ser uma pista muito física, não estou nada cansado, tentei ser o mais estratégico possível .”
Falando sobre a estratégia de corrida contra Bautista, Rea foi claro:
“Acho que não estamos em posição de nos defender atualmente com o que temos, quando o Bautista decide fugir ele foge. Numa corrida de 10 voltas ainda consigo ficar com ele, mas depois disso não consigo gerir os pneus e a moto como ele. Só posso observar por trás como ele pilota a moto e como ela se comporta, é difícil lutar quando estamos meio segundo por volta mais lentos.”
Questionado se esta corrida foi ou não um ponto de viragem, Rea rapidamente descartou isso…
“Não é um ponto de viragem, mas de volta para onde eu sinto que deveria estar; lutando por um pódio, para ganhar uma corrida. É uma temporada longa e sinto que começamos mal nas corridas, mas agora estamos em condições normais. Estou ansioso para domingo, se pudermos fazer algumas pequenas mudanças amanhã e cuidar da frente. Precisamos ficar de olho no tempo amanhã, pois parece que pode ser mais inconsistente do que hoje. Veremos o que podemos fazer.” Concluiu Jonathan Rea.
Amanhã as Superbike voltam à ação a partir das 8h00 com o warm-up, seguindo-se a corrida da Superpole (10h00) e a corrida 2 (13h00).
