Após dois anos no Campeonato do Mundo Júnior de Moto3, Joel Kelso será promovido ao Campeonato do Mundo de Moto3 como piloto regular em 2022. O jovem australiano de 18 anos preenche o lugar vago deixado por Maximilian Kofler na Cip Green Power que transita para o mundial de Supersport 600.
Com três vitórias e o quarto lugar geral, Kelso chamou a atenção no Mundial de Juniores deste ano, que lhe rendeu quatro participações como wildcard no Mundial. Em Sachsenring e em Assen falhou os pontos na 17ª e 22ª posições, valendo-lhe o 14º lugar em Portimão os seus primeiros pontos no Mundial. No final da temporada em Valência, Kelso deu nas vistas. “O terceiro lugar nas sessões combinadas de treinos livres deu-me um grande impulso de confiança. pude mostrar que tenho velocidade e que estou pronto para o próximo ano ”, diz orgulhoso.
Ao lado de Jack Miller e Remy Gardner, Kelso será um dos três australianos no paddock do GP em 2022.
“Não há muitos de nós no paddock. Não passei muito tempo com o Jack, mas nos finais de semana do GP é habitual conversarmos os dois. O Jack e o Remy são boas pessoas, cumprimentam-me sempre e perguntam como estou. Tenho certeza de que se tivéssemos mais tempo nos encontraríamos mais, mas infelizmente o tempo é sempre muito limitado. “
Pelo sonho do campeonato do mundo, o piloto da KTM teve que fazer sacrifícios e desde há dois anos mora sozinho na Europa, longe da família.
“Foi um momento difícil, mas estou feliz com a decisão. Aprendi a viver sozinho e a permanecer mentalmente forte. É sempre bom quando se está bem e nosso estado psicológico é perfeito. Mas nos momentos em que não nos sentimos bem e estamos sozinhos, não é fácil. O campeonato do mundo não é o lugar para nos divertirmos. É mais um trabalho. Claro que gostamos de pilotar na pista, mas não é a mesma coisa que entrar no boxe e poder conversar e divertir-nos com os amigos. E realmente sinto falta disso. “
Tal como o campeão mundial de Moto3 Pedro Acosta, Kelso foge das redes sociais.
“Provavelmente é um erro, devia ser mais activo nas redes sociais e partilhar o que conquistei. Mas eu prefiro deixar os meus resultados falarem por si mesmos, em vez de me elogiar. “
Quanto ao futuro, o estreante da Moto3 mostra-se autoconfiante.
“Só tenho um contrato de um ano com a equipa, era o que queria. Porque há muitos peixes grandes e equipas fortes por aí com quem quero correr. Vou ver os resultados que posso obter em 2022 e, em seguida, decidir qual é a equipa certa para mim. “
