A marca austríaca chegou à pausa de verão no segundo lugar entre os fabricantes, logo atrás da Ducati e à frente da principal revelação do ano passado, a Aprilia. Na base dessa melhoria esteve o reforço dos seus recursos técnicos e humanos, suficiente para tornar uma moto cheia de fraquezas e mistérios a uma máquina ganhadora.
A casa de Mattighofen no início da temporada era a única que parecia poder competir pelas primeiras posições com a Ducati. Os austríacos estão a colher os frutos da “boa colheita” de inverno, porque não só arrebataram Jack Miller à Ducati como os ténicos Alberto Giribuola e Cristhian Pupulin para conseguirem os resultados desejados. Recordamos que em 2022, Francesco Guidotti foi incumbido da função de chefe da equipa, também ele proveniente da família Ducati, concretamente da afilhada da marca italiana, a Pramac Racing.
Com 2 vitórias e um segundo lugar no Sprint para Brad Binder, bem como um segundo lugar em Jerez na corrida ” longa “, ao que se somam 3 terceiros lugares para Jack Miller, a KTM é cada vez mais a segunda força no campeonato. O fabricante austríaco encontrou em Binder e Miller uma dupla capaz de se complementar bem e de aproveitar ao máximo as oportunidades que a Ducati deixa aos seus rivais.
Brad Binder é o quarto colocado no campeonato, 80 pontos atrás de Pecco Bagnaia. O sul-africano tem-se mostrado um especialista em recuperações e um dos melhores pilotos a fazer a gestão do pneu traseiro e nas corridas longas. Ainda assim conseguiu vencer dois Sprints, em Termas de Río Hondo e Jerez, no primeiro caso partindo da décima oitava posição!

À formação austríaca falta apenas uma vitória no domingo para chegar à excelência!
Com características completamente diferentes, Jack Miller sempre fez da surpresa e da explosividade as suas melhores armas. No primeiro fim de semana em Portimão o australiano bateu-se com Pecco Bagnaia e Marc Marquez tanto na qualificação quanto no Sprint. Jackass ocupa a sétima posição no campeonato, com uma diferença de 115 pontos para o seu ex-companheiro Pecco Bagnaia.
No entanto, a KTM é o único fabricante (além da Ducati) a ter dois pilotos no top 10 da classificação do campeonato. Isso deve-se não só a uma moto que não é das mais belas mas sim das mais eficazes, assim como aos resultados da sua consistente dupla de pilotos.

Pela rua da amargura tem andado a equipa-satélite da KTM, a Tech3 de Hervé Poncharal, que este ano corre como “ Fábrica ” GasGas e teve até agora de prescindir do seu principal piloto, Pol Espargaró que está lesionado desde o GP de Portugal. No entanto, Augusto Fernandez já terminou três vezes entre os 10 primeiros com uma moto que na prática é uma KTM, mas do ano passado.