O fabricante estabeleceu a meta de vender 30 milhões de veículos de duas rodas no mundo todo até 2030. Motor V3 superalimentado como plataforma futura para mercados europeus.
A Honda lidrera a nível europeu e em quase todo o mundo. A gigante japonesa, no entanto, não tem intenção de parar por aí. Durante uma conferência sobre sua divisão de motos, a marca japonesa apresentou as suas previsões de resultados e os seus objetivos para os próximos anos.
Resultados excepcionais
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Produzindo veículos motorizados de duas rodas desde 1949, a Honda desenvolveu um império industrial que compreende nada menos que 37 fábricas e locais de montagem espalhados por 23 países, com uma capacidade de produção que pode exceder 20 milhões de unidades por ano. Para vender esses veículos, o fabricante conta com mais de 30.000 revendedores.
Até o final do ano fiscal, ou seja, em 31 de março, as vendas globais de veículos de duas rodas da Honda devem atingir 20,2 milhões de unidades. Segundo a marca, isso representa cerca de 40% da participação no mercado global. A Honda realiza a maior parte das suas vendas na Ásia (85%), principalmente na Índia, Indonésia, Tailândia e Vietnam. Os mercados japonês, europeu e americano representam apenas 6% das vendas da Honda. Este ano, a marca registou recordes de vendas em 37 países.
Grandes ambições
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O fabricante pretende manter essa tendência, aproveitando principalmente a crescente procura nos mercados dos países do sul. Hoje, o mercado global gira em torno de 50 milhões de unidades e deve chegar a 60 milhões de veículos até 2030. Até lá, a Honda pretende deter nada menos que 50% da participação de mercado, inclusive em veículos elétricos.
Para atingir esse volume, o fabricante japonês concentrará a sua produção em motos utilitárias e scooters nos mercados do Sudeste e Sudoeste da Ásia, mas também na América do Sul.
No entanto, não há como deixar de lado a Europa, que continua a ser um território importante apesar dos baixos volumes. Para atender à procura tão variada, a marca pretende apostar cada vez mais na lógica de plataforma e a próxima já foi encontrada. De facto, depois de explorar os motores bicilíndricos em linha de 500, 750 e 1100 cc, a Honda pretende apostar na sua futura unidade V3 sobrealimentada, que foi apresentado como conceito no último Salão de Milão.
A neutralidade carbónica como pano de fundo
Ao mesmo tempo, a Honda também anunciou que está a perseguir a sua meta de atingir a neutralidade de carbono para todos os seus produtos de motos durante a década de 2040, acelerando a eletrificação das suas gamas, reduzindo o custo de propriedade de veículos elétricos de duas rodas, expandindo e melhorando a infraestrutura de carregamento ( em particular com baterias trocáveis), mas também reutilizando baterias usadas. Outras iniciativas serão tomadas para reduzir o impacto das atividades de produção.