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História | Yamaha XT500 | Primeira da linhagem

Paulo Araújo por Paulo Araújo
22 Dezembro, 2025
em Clássicas, Destaque Homepage, Notícias
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História | Yamaha XT500 | Primeira da linhagem
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A poucos dias do começo de mais um Dakar, revemos a moto que venceu a primeira edição em 1979

POR Paulo Araújo Fotos Paula Brandão

Com as suas linhas fluidas e cores apelativas, a XT500 quase poderia passar por uma moto moderna, apesar dos seus 35 anos, não fossem as soluções algo datadas de travagem e suspensão. Após cerca de 34 anos, é natural que me tivesse esquecido da sequência exata de arranque para a XT500, a primeira grande monocilíndrica japonesa, que em 1976 deu origem a todas as réplicas Paris-Dakar que se lhe seguiram.

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O dono do exemplar ensaiado, porém, fez questão de nos recordar: Ligada a chave, giramos o motor devagar com o pedal, ajudados pelo descompressor no polegar esquerdo, até que o ponto branco na came alinhe na escotilha de vidro na cabeça das válvulas.
Desta posição, um só “kick” determinado de alto a baixo pega o motor, geralmente sem mais complicações e dispensando completamente o motor de arranque, que só apareceria umas gerações mais tarde nas XT600.

O ruído proveniente do motor é um misto de suavidade japonesa com algum bater de grande monocilíndrico e roçar de transmissão na cabeça refrigerada a ar. Por tudo isto, porém, quando arrancamos, a XT é um modelo de suavidade, quer da embraiagem muito leve, quer do seletor que mostra que, já na altura, a Yamaha sabia uma ou duas coisas de caixas de velocidades que outras japonesas ainda haviam de aprender.
A sensação de suavidade geral é ainda amplificada pela suspensão macia com grande amplitude de movimento, a léguas das “scramblers” inglesas anteriores, que na verdade pouco mais eram que uma variante do respetivo modelo de estrada com escapes elevados e pneus de tacos.


Até os japoneses, com a Honda 305, seguiram esta via inicialmente, mas a Yamaha tinha visto o potencial no maior mercado de motos do mundo de então, os Estados Unidos, onde toda a maneira de doidos pela competição se viravam para os desertos da California, e não só, todos os fins-de-semana, numa variedade de veículos adaptados para o todo-terreno.
Depois, coube à visão genial de Jean Claude Olivier, “Monsieur” Yamaha em França, que mais tarde traria também a V-Max para a Europa, convencer as potências da marca de Ywata que a moto venderia bem igualmente no velho continente. Foi justamente em França e na Alemanha, países em que as categorias de seguro penalizavam particularmente as motos acima de 500 cc, que a XT vingou.

Até então, um macho francês que se prezasse, ou era visto numa quatro cilindros de alta cilindrada estilo Z1 ou CB750 Four, ou ridicularizado. A XT trouxe uma combinação de média cilindrada, e da economia a ela associada, com credibilidade de moto grande, um grande “tump-tump-tump” de um único cilindro e acabamentos de motor a negro que faziam as delícias à porta do café e, mesmo em mãos só mediamente competentes, não se acanhava na hora de enfrentar algum estradão.

36 anos depois do seu lançamento, ainda é fácil ver porquê. O motor sobe de rotação com um binário amplo e muito agradável, que quase dispensa trabalho de caixa acima das 4.500 rpm, embora umas teóricas 7 mil rotações sejam possíveis. A ciclística, embora exibindo o movimento preguiçoso das longas suspensões de garfo convencional e duplo amortecedor traseiro, deixa-se levar a inclinações no mínimo improváveis a curvar no alcatrão para o tipo de pneu e roda dianteira de 21”, e o banco bem acolchoado, manetes macias e posição de condução natural fazem o resto.

Claro que fora de estrada a roda dianteira de 21”, se por um lado permite enfrentar buracos com alguma confiança, por outro torna a frente algo menos manobrável do que uma TT atual. Mesmo assim, a XT500 não revelou vícios ao percorrer um estradão em ritmo modesto, e mostrou-se uma montada voluntariosa e flexível, mesmo a dois.
Terá sido por isso que muitas foram dotadas de malas e fizeram de turística-aventureira com sucesso e, ainda por cima, economia. Na sua altura, o peso de 140 Kg também não era excessivo, pelo contrário, e com uma altura de banco de 840mm, não tardou que o elemento feminino mais corajoso a adotasse também, com alguns truques para a tornar mais amigável, como rebaixar a suspensão ou cortar alguma espuma do assento.
A travagem, a cargo de dois tambores que só ocupavam parte do cubo da roda, é suficiente no alcatrão sem se tornar um susto em terra, pois permanece linear e previsível.


Piscas montados em hastes de borracha e depósito estreito, quase sensual, mostram até que ponto os designers da Ywata acertaram com os detalhes deste modelo, extensamente copiado a partir daí por japoneses, italianos e alemães. Depois, o carburador único Mikuni de 32mm dava surpreendente economia, cerca de 5 litros aos 100, ou seja, menos que uma 125 a dois tempos da época, mas nenhuma 125 atingia os 160 Km/h ou permitia atravessar terreno solto com pendura em relativo conforto, Km após Km, como a XT. A solução do óleo no quadro para o motor de cárter seco, adotada de algumas inglesas com grande sucesso, permitia compactar ainda mais o conjunto, que é estreito e pouco maior que uma 125 atual.


Uma versão só ligeiramente modificada deu a Cyril Neveu a vitória no primeiro Paris-Dakar e o modelo foi o molde para as XT e Ténéré que ainda hoje fazem sucesso. Ao longo dos 14 anos em que foi produzida, subtis mudanças nos gráficos do depósito e tampas laterais e tons de componentes periféricos como os piscas ou coco do farol foram distinguindo os modelos e renovando o seu aspeto à medida que a concorrência acordava.
Ensaiá-la de novo, ainda que brevemente, foi como recordar uma velha amiga, que tivesse perdido muito pouco com a passar dos anos e ganhou até, em coisas como charme e exclusividade, pois não é uma visão nada vulgar hoje em dia nas nossas estradas ou encontros de clássicas.

Tags: clássicaEnsaioXT500Yamaha
Paulo Araújo

Paulo Araújo

Com uma experiência de várias décadas no âmbito do motociclismo, viajou pelo mundo cobrindo eventos nas duas rodas. Já foi piloto de velocidade, team manager, instrutor, jornalista e comentador de rádio e televisão, especializando nas modalidades de velocidade, em particular MotoGP, SBK e Endurance.

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