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Ensaio Kawasaki Z900 de 2020 – O refinar de um líder

By on 6 Fevereiro, 2020

A convite da Multimoto, importador da Kawasaki em Portugal, fomos ao Algarve conhecer a nova Kawasaki Z900 de 2020, uma das motos líderes do seu segmento, que para este ano evoluiu em alguns pormenores da sua ciclística e controle de emissões para se actualizar cara à concorrência, ser compatível comas novas exigências em termos de emissões do Euro 5 e a acompanhar as tendências de mercado em matéria de ajudas electrónicas.

Na apresentação que precedeu a sua toma de contacto, ficámos a conhecer a extraordinária evolução das vendas da marca nos últimos 3 anos no segmento acima dos 125cc com cerca de 6.700 unidades vendidas em 2016 para 12.600 vendidas em 2019, com um crescimento de 20,9% em relação a 2018.

A Kawasaki  Z900 é sem sombra de dúvida uma das estrelas da marca e disputa a liderança no segmento Naked acima dos 100 cv juntamente com a Yamaha MT-09.  O modelo de 2020 é o resultado de uma evolução contínua desde o lançamento da Z750 em 2004 , tendo a Multimoto em 2013 tomado as rédeas da distribuição em Portugal já com a Z800.

A versão 2020 da Kawasaki Z900 não difere demasiado do modelo de 2019 , pelo que não é uma nova moto, mas digamos que evoluiu para acompanhar as tendências de mercado e esteticamente em alguns elementos que a reafirmam na sua imagem desportiva e agressiva, ao melhor estilo Sugomi da Kawasaki, onde destacamos o seguinte:

  • Compatibilidade com o Euro 5 sem penalizar a o desempenho e resposta do motor.
  • Faróis e piscas totalmente LED, com um novo elemento frontal que inclui luz diurna dividido em 4 elementos.
  • Embraiagem mais suave e fácil de acionar
  • Quadro reforçado junto ao ponto de fixação do braço oscilante para garantir maior rigidez  e estabilidade.
  • Maior conforto do assento e melhor afinação das suspensões
  • Som do escape grave e envolvente
  • Novo ciclo de revisões de 12.000 em 12.000 Kms
  • Ajudas electrónicas à condução que incluem 3 níveis de controle de tração definidos nos diferente modos de condução selecionáveis: Sport, Road, Rain e Rider ( este personalizável ) O modos Rain diminui a potência a 50% e no modo Rider é-nos permitido desligar totalmente o controle de tração.
  • Finalmente a inclusão esta ano de um painel TFT a cores de 4,3” de leitura muito fácil e permite optar por dois fundos distintos, preto ou branco.

Motor

O motor de 948cc e 4 cilindros em linha, com 4 valvulas por cilindro e DOHC, debita os mesmos 125 cv que a versão anterior, às 9.500 rpm e tem um binário máximo de 98.6 Nm às 7.700 rm.  A entrega de potência é suave mas enérgica, com binário presente desde os baixos regimes a permite rodar de forma contínua nas mudanças mais altas 4ª e 5ª e a sair nas curvas apenas de punho sem necessidade de passar caixa. A partir das 5.000 rpm é onde se sente uma subida mais enérgica de rotação até chegar ao redline às 10.000. O toque de acelerador é preciso e suave permitindo uma boa gestão do mesmo sem provocarmos saltos na aceleração. O som do escape é grave e presente e convida a rodar punho pelo que na nossa opinião dispensa perfeitamente a colocação de ponteiras mais racing. Cada vez gostamos mais das motos que apenas demonstram a sua alma quando lhes é solicitada e nos permitem circular em quase silêncio dentro das localidades. O motor da Z900 é quase “eléctrico” de uma enorme suavidade e sem vibrações e com um binário desde baixas que permite recuperações e subidas de regime apenas com o rodar do punho. Apesar de não incluir Quickshift o passar de caixa faz-se com enorme precisão e suavidade, quase sem necessitar de embraiagem, cujo acionamento suave e progressivo contribui para um maior conforto global na condução da Z900.

Quadro, Suspensões e Travões

As suspensões dianteiras invertidas da Showa com 41mm são ajustáveis em pré-carga de mola e em extensão de hidráulico e o amortcedor traseiro tem também as mesmas afinações. O compromisso de fábrica de afinação das suspensões pareceu-nos mais conseguido do que na versão anterior, privilegiando o conforto e uma boa leitura da estrada. O reforço do quadro ao nível do ponto de fixação do braço oscilante veio incrementar a estabilidade da moto e estabelecer um maior equilíbrio e uma maior rigidez no comportamento da moto em curva, trajectórias precisas e enorme facilidade de encadeamento de curvas, demonstrando leveza na condução e muita precisão. Pensamos no entanto que os pneus de origem, Dunlop Sportmax RoadSport 2, não estejam ao nível dos desemepnho dinâmico da Z900 e a deixarem-nos algo inseguros em algumas situações de pilotagem mais ao limite.

Os travões dianteiros contam com dois discos em pétala de 300mm e pinças Nissin de 4 pistons. Na traseira um disco também em forma de pétala de 250mm e pinça de apenas 1 piston.  Bom tacto na travagem e uma mordida facilmente doseada e efectiva sem esforço na manete. Uma travagem em linha com o excelente desempenho geral da Z900.  O ABS de 2 canais não é demasiado intrusivo e a possibilidade de o colocarmos “Off” no modo Rider representa uma mais valia para quem por experiência possa dispensar o mesmo.

Ajudas Electrónicas e Equipamento

Sem dúvida que um dos upgrades bem vindos este ano é o painel TFT a cores  de 4.3” .  Sinceramente o painel de informação da versão do ano anterior ( 2019 ) deixava muito a desejar e a sua leitura era mesmo complicada. No novo painel TFT a cores ttoda a informação está bem explícita e exposta de forma óbvia permitindo uma leitura fácil e imediata. A Z900 de 2020 conta agora com vários modos de condução, para acompanhar as tendências de mercado, e sinceramete entre o modo Sport e o modo Road não notámos grande diferença. O modo Rain implica uma descida de potência para cerca de 55% da potência total e uma intervenção maior no controle de tração.

Os Modos de condução podem ser alterados em andamento, num comutador situado no punho esquerdo e eserem facilmente identificados no painel TFT. Apenas a colocação em Off do Controle de Tração em Modo Rider obriga a ter a moto parada. Outro pormenor é o facto de quando desligamos a moto num determinado Modo préviamente selecionado ela mantém o mesmo quando a voltamos a ligar evitando ter que passar novamente pelo processo de seleção.

Em modo Rider podemos selecionar 3 níveis de Controlo de Tração que correspondem aos modos de condução disponíveis, Road, Sport e Rain.

Ainda em termos de informação o novo painel TFT permite emparelhar com Smartphone via a App Rideology da Kawasaki permitindo uma série de funcionalidades e acesso a informação sobre a moto, além de gravação de percursos, médias de consumo, kms totais e parciais, selecção para modo Rider de modos de condução pré-gravados… e sinalização no painel de chamadas ou mensagens a entrar.

A Kawasaki Z900  de 2020 está disponível em 4 cores, Cinza, Branco, Verde e Preto, sendo a versão cinza com o quadro de trelissa a verde, aquela que pudemos testar na apresentação, a mais apelativa, na nossa opinião. Existe também uma versão para carta A2 limitada a 35 Kw de potência.

A Z900 tem um PVP de 10.395 eur ( + documentação ) e para quem queira investir num setup mais desportivo da mesma, existe um Pack Performance que inclui ponteira Akrapovic, tampa de baquet monolugar, autocololante de proteção de depósito e vidro dianteiro mais alto, por apenas mais 800 eur com a compra da moto. Último pormenor, as revisões passam a ser realizadas apenas de 12.000 em 12.000 Kms.

Especicações Técnicas

Motorização

Combustível = Gasolina
Tipo de motor
= Tetracilíndrico, refrigeração líquida
Cilindrada
= 948 cm3
Potência
= 125 cv
Rotação da potencia maxima
= 8000 rpm
Binário
= 91.2 nm
Rotação do binario maximo
= 6500 rpm
Nº de cilindros = 4
Disposição
= Em linha
Distribuição
= DOHC
Ciclo
= 4
Valvulas por cilindro
= 4
Alimentação
= injecção de combustível: Ø 36 mm x 4
Refrigeração
= Líquida
Diametro X Curso
= 73.4 x 56
Sistema de arranque
= Eléctrico
Taxa Compressão
= 10.5:1

Transmissão

Transmissão = Corrente
Embraiagem
= Húmida, multidisco
Numero Velocidades
= 6
Caixa de velocidades
= Seis velocidades

Quadro

Tipo de quadro = Treliça, aço de alta resistência

Suspensões

Suspensão dianteira = Forquilha invertida de 41mm com extensão e pré-carga ajustáveis
Curso dianteiro
= 120 mm
Regulações dianteiras
= Pré-carga e extensão no hidráulico
Suspensão traseira
= Back-link horizontal com afinação de pré-carga
Curso traseiro
= 140 mm
Regulações traseiras
= Pré-carga e extensão no hidráulico

Travões

ABS = Sim 2 canais
Travões dianteiros
= Duplo disco semi-flutuante
Diametro discos dianteiros
= 300 mm
Pinças dianteiras
= 4 êmbolos
Travões traseiros
= Disco
Diametro discos traseiros
= 250 mm
Pinças traseiras
= 1 êmbolo

Rodas/Pneus

Diametro da jante dianteira = 17 “
Medida pneu dianteiro
= 120/70 ZR17
Diametro da jante traseira
= 17 “
Medida pneu traseiro
= 180/55 ZR17

Dimensões

Comprimento = 2065 mm
Largura
= 825 mm
Altura
= 1065 mm
Distância entre eixos
= 1450 mm
Altura do assento
= 795 mm
Distancia ao solo
= 130 mm
Capacidade do deposito
= 17 L
Trail
= 103 mm
Peso em marcha
= 210 kg

Concorrência

KTM 790 Duke    799 cc / 105 cv / 169 Kg / 11.450 eur

Triumph Street Triple RS   765 cc / 123 cv / 166 kg / 12.550 eur

Yamaha MT-09  SP   847 cc / 115 cv / 193 Kg /  10.495 eur

Galeria de Imagens

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