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Ensaio: SYM HD300, scooter da alta roda

By on 25 Abril, 2019

No geral, os portugueses têm gostos particulares que nos distinguem do resto da Europa pela diferença. No mundo das duas rodas, isto aplica-se de forma clara às scooters de roda grande. Elas encabeçam as vendas em países como Espanha, França ou Itália, mas, até agora, pelo menos, só conseguem vendas vestigiais em Portugal.

O que, por contraditório que possa parecer, deixa a nova SYM HD300 numa excelente posição… É que as suas únicas concorrentes diretas acabam por ser a Honda SH300i e a Beverly da Piaggio, que com esta atualização da SYM ficam um pouco para trás, quer em preço (a Honda custa mais 500 Euros e a Piaggio uns assustadores 2.290€ mais que a SYM, embora tenha mais 50cc e mais potência) quer no equipamento de origem.

Logo à primeira vista, a HD300 impressiona pela positiva. Uma palete de cores bem cuidada dá o mote para um pacote agradável e sedoso, cheio dos pequenos detalhes de acabamento que ainda há bem pouco dificilmente seriam encontrados numa produção de Taiwan, mas que agora abundam e não raro fazem a diferença.

Na SYM é o motor com cilindro revestido a cerâmica, que dá à marca a confiança de oferecer uma garantia única no nosso mercado de 5 anos. Graças à cobertura de silicone, as paredes do cilindro trabalham cerca de 15º abaixo da temperatura de operação dum cilindro convencional, resultando em menor desgaste e, logo, maior duração e fiabilidade.

Adicionalmente, há iluminação em LED frente e trás, mais Daytime Running Lights para segurança adicional, e uma nova leveza, fruto em parte do novo quadro e em parte da utilização de materiais mais leves no seu conjunto.

Depois, o assento duplo é generosamente dimensionado e acolchoado e até bonito, com um pesponto contrastante ao redor da zona superior e logótipo embutido na traseira. A cor escolhida (caramelo na versão cinza claro e negro com pesponto vermelho na versão cinza escuro) complementa o conjunto e contribui para definir o look do modelo, tanto como o tradicional formato de plataforma que leva as pernas protegidas e juntas, muito natural e confortável.

O painel de instrumentos, combinação de analógico (velocímetro, regime, combustível) e digital (Km totais e parciais, horas, temperatura do liquido refrigerante) é ao mesmo tempo simples, estiloso e de fácil leitura, complementado ainda por luzes indicadoras de várias funções como os comutadores, indicador do óleo, máximos ou funcionamento do ABS.

Em andamento, tudo funciona sem dramas: O motor de 27 cavalos da HD oferece uma boa resposta ao acelerador e sobe vivazmente a caminho do teto de cerca de 130 Km/h, graças em parte à já referida leveza do conjunto. A negociar estradas menos boas, a roda de 16” é uma vantagem, outra razão por que é difícil perceber a relutância inicial dos portugueses em adotar este tipo de scooter.

Se era por causa do espaço de bagagem, tradicionalmente mais limitado que as mais bojudas maxi-scooters, esqueçam: Esta HD tem 38 litros de capacidade sob o banco, suficiente para dois jets ou um capacete integral mais alguns objetos pessoais, e ainda uma tomada USB na frente, com tampão de gasolina pop-up e gancho de carga que pivota para recolher quando não está a ser preciso.

A travagem faz-se eficientemente com discos perfurados frente e trás, o dianteiro um grande rotor de 287mm, e com a confiança adicional dada pela presença do ABS.

O comportamento dinâmico apresenta estabilidade em reta e boa inserção em curva, linear e progressiva, mas mantendo uma sensação de leveza de direção que nem sempre está presente nas maxi-scooters de pneus mais grossos e mais pequenos.

Do lado da proteção aerodinâmica, sem vidro frontal, não se podem esperar milagres, mas a HD300 sempre leva as pernas resguardadas… Já agora, a pequena plataforma de carga na traseira está preparada com pré-instalação de uma Top Case, facilitando a adição desse útil acessório. Fácil de colocar no descanso, quer lateral, quer central, e oferecendo consumos de cerca de 3 litros aos 100, a HD tem todos os argumentos para vencer, finalmente, a relutância do nosso mercado às scooters de roda grande.

As cores disponíveis são ambas ao mesmo tempo discretas e apelativas

Mais:

Estilo, Conforto, Desempenho

Menos:
Proteção aerodinâmica melhorável

SYM HD 300 FICHA TÉCNICA
Motor Monocilíndrico de 278 cc , refrigerado a líquido
Potência 27 cv às 8.000 rpm
Alimentação Injeção eletrónica
Transmissão Variador
Ciclística Quadro tubular em aço
Dimensões C x L x A 2.220 x 770 x 1230 mm
Altura assento 800 mm
Travões, Frente Disco pétala de 287mm, ABS
Travões, Trás Disco sulcado de 260 mm
Rodas Jantes de 16” em liga
Pneus, Fr. – Tr. 110/70/16 – 140/70/16
Suspensão Forqueta hidráulica, Fr., 2 amortecedores atrás
Peso: 179 Kg
Preço: 4.499 €
Importador Moteo, S.A.

 

Concorrência:

Honda SH300i: 25 cv, 5.490 €, 169 Kg

Piaggio Beverly 350: 33 cv, 6.790 €, 191 Kg

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