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Teste Peugeot Metropolis SW 400 – Luxo em 3 rodas

By on 30 Julho, 2022

Desta vez esquecemos as duas rodas e fomos testar a nova Metropolis da Peugeot, moto que disputa mercado no segmento das scooters de 3 rodas com as italianas MP3 da Piaggio, marca que dispõe actualmente de uma ampla gama de modelos e que foi pioneira no conceito 3 wheels.

A Peugeot, que como sabemos está mais vocacionada para o sector automóvel, está consciente de questões relacionadas com a mobilidade e na sua proposta de scooters de 3 rodas parece querer apostar numa aproximação dos níveis de comodidade que um automóvel proporciona e dotar as suas Metropolis de um nível de equipamento e conforto que leve os automobilistas a questionar se esta não seria uma alternativa de facto para as suas necessidades de mobilidade diárias, sem terem que sacrificar demasiado alguns privilégios proporcionados pelas 4 rodas e ter em contrapartida uma forma mais eficaz e prática de se deslocarem.

Na concepção das novas Metropolis está patente uma aproximação à estética que a marca aplica nos seu automóveis, realidade que está bem visível no desenho da frente das Metropolis onde os faróis e a grelha têm uma inspiração clara nos automóveis da marca francesa. O painel de informação diríamos que podia ter sido montado num qualquer modelo de 4 rodas e muitas funcionalidades incluídas nas novas Metropolis, sobretudo na versão SW testada ( SW parece significar Station Wagon ) onde o espaço para colocação de bagagem quase pode rivalizar com um pequeno utilitário citadino.

Aquilo que de imediato se destaca na Metropolis é a sua dimensão, sobretudo na frente da moto e também na traseira desta versão SW onde se destaca a incorporação da TopCase totalmente integrado no corpo da moto que confere uma capacidade de carga fora do comum. Aliás a partir da TopCase, que está dividida em dois por um elemento rígido e amovível, permite a colocação de dois capacetes integrais separados precisamente por esse mesmo elemento.

A partir da secção inferior do compartimento traseiro temos acesso à secção que se encontra debaixo o assento, criando um espaço de um comprimento fora do comum que permite a colocação de objectos de grande dimensão ( um presunto pata negra ? ). A abertura e acesso ao interior do assento e da TopCase realiza-se a partir de dois botões situados na frente da moto.

Equipamento de topo

Tal como referimos anteriormente a Peugeot quis dotar as suas Metropolis de um nível de equipamento superior de forma a seduzir os seus habituais clientes condutores de automóveis para esta alternativa de mobilidade que poderia ser uma considerada rival séria à utilização de um pequeno carro citadino, sendo mais fácil de enfrentar o transito de cidade, mais fácil de estacionar, menos consumos e mais rápida a chegar a qualquer lugar.

Os mais de 75 litros de capacidade da versão SW testada garantem um espaço de dimensão for a de comum para transporte de objectos. Para além disso a Metropolis é a única 3 rodas do mercado com plataforma plana para os pés o que permite que nesse espaço possa ser colocado um volume ou uma mochila por exemplo, graças ao pequeno gancho retrátil que se encontra nessa zona. Para além dos espaços mencionados a SW conta ainda com um prático porta luvas na dianteira para colocação de pequenos objectos e ainda um outro compartimento, de dimensão mais pequena, onde se encontra uma tomada USB para permitir o carregamento de dispositivos electrónicos.

O acionamento é feito por aproximação através de uma chave do tipo SmartKey que podemos manter no bolso do nosso blusão permitindo assim ligar a Metropolis num botão situado no “tablier” e a partir de aí podermos arrancar a moto ou abrir a TopCase ou o assento para colocação de objectos. No centro do tablier ( a sensação é quase de estarmos num pequeno citadino descapotável ) podemos travar e destravar a Metropolis pressionando um botão para o efeito, realidade que novamente nos faz lembrar o tipo de funcionalidades que encontramos num automóvel.

Já o painel de informação, como já referimos, parece ter transitado de um pequeno automóvel para a Metropolis, com o conta quilómetros e o conta rotações redondos e do tipo convencional analógicos, separados por um painel digital TFT a cores com grafismos da marca e onde podemos obter a restante informação disponibilizada. O mesmo pode ser emparelhado com um smartphone para podermos obter todo o tipo de funcionalidades como atender chamadas, ler mensagens, escutar música e navegar a partir do painel TFT da moto utilizando o navegador via GPS do smartphone.

Campeã nos semáforos

A Metropolis SW surpreendeu-nos pela resposta e elasticidade do seu motor monocilíndrico que apesar de apenas debitar 35 CV de potência máxima consegue “puxar” pelos 280 Kg da SW de forma surpreendente. Os arranque nos semáforos deixam normalmente as restantes motos para trás e o motor demonstra uma elasticidade surpreendente subindo de regime de forma progressiva e rápida, convertendo a Metropolis numa alternativa entusiasmante em termos de mobilidade urbana .

Graças ao seu conforto, equipamento, espaço para transporte de objectos e velocidade de ponta a chegar aos 140 km/h a Metropolis garante a realização de trajectos de média distância com bastante à vontade, rodando em auto-estrada com enorme sensação de segurança graças a uma resposta de motor sempre presente para garantir ultrapassagens rápidas e seguras.

O sistema de bloqueio da direção funciona na perfeição permitindo pararmos sem ter que colocar os pés no chão. Chamamos no entanto a atenção para o facto de que este processo requer alguma habituação sobretudo se ao pararmos a moto estiver com alguma inclinação já que ao arrancar o sistema desbloqueia-se automaticamente e a inclinação da moto poderá provocar algum desequilíbrio momentâneo. Este sistema juntamente com o travão de mão elétrico é muito prático para estacionarmos a Metropolis pois não requer que a coloquemos no descanso central ( novamente faz-nos pensar num carro ).

Segura e estável… porém

Em termos de segurança a Metropolis é uma scooter estável como todas as 3 rodas, algo pesada de início nas manobras a baixa velocidade mas ágil e rápida a mudar de direção logo a seguir.  Contamos ainda com Controle de Tração para garantir um nível de segurança extra em dias de chuva.  As 3 rodas passam-nos de facto uma sensação extra de estabilidade e aderência em curva acima do normal. Os travões contam com ABS e travagem combinada e apesar de contar com pedal de travão por questões de homologação como “Triciclo” na verdade esquecemos que ele existe, até por que o sistema combinado de travagem funciona na perfeição acionando o mesmo nas duas manetes.

O “porém” existe pois apesar da Peugeot ter investido no melhoramento da suspensão traseira com a adopção de novos amortecedores, agora com a possibilidade de ajuste de pré-carga, que melhoraram no geral o comportamento da Metropolis, garantindo firmeza em curva e estabilidade, o certo é que em estradas de mau piso e com asfalto degradado a frente da moto pregou-nos alguns sustos. O facto de serem duas rodas na dianteira limita a facilidade que temos de num momento determinado fugirmos a um buraco ou a uma tampa desnivelada no asfalto pois ao tentarmos fugir com uma das rodas é quase certo que acertamos com a segunda.

Se a essa contingência juntarmos o facto de que vamos a curvar algo inclinados, ( e é fácil inclinarmos bastante na Metropolis pois a sensação de aderência numa 3 rodas é sempre excelente ) se apanharmos um inesperado buraco a frente da moto pode assustar-nos com um momentâneo desequilíbrio e sensação de descontrole, voltando logo de seguida a estabilizar. A suspensão traseira foi revista mas talvez seja necessário darem alguma atenção também à dianteira sobretudo considerando o estado das estradas no nosso país.

A Peugeot Metropolis que ensaiámos é a versão SW de topo e existe também a versão GT, que na sua configuração não inclui a Topcase integrada na carroceria da moto e apresenta uma estética algo mais desportiva. A versão SW está disponível em duas cores um Smoky Quatz Satin ( versão ensaiada ) e em Preto Mate, tem um PVP a partir de 10.599 euros. A versão GT está disponível apenas na cor cinza e tem um PVP de 10.499 euros.

Conclusões finais, o que gostámos e o que poderá melhorar

MOTO+

  • Conforto geral
  • Nível do equipamento
  • Desempenho do motor
  • Travões eficientes
  • Espaço de bagagem

MOTO –

  • Peso nas manobras
  • Reação da dianteira em mau piso

Concorrência

Peugeot Metropolis GT 399cc / 35,6 CV / 281 Kg / 10.499 eur
Piaggio MP3 400   399cc / 35,3CV / 260 Kg / 10.750 eur
Yamaha Tricity 300   292cc / 28 CV / 239 Kg / 8.695 eur

Ficha Técnica  Peugeot Metropolis SW/GT

Motor tipo
Diâmetro x curso84,0 x 72,0 mm
Cilindrada399 c.c.
Potência máxima26,2 kW (35,6 CV) @ 7.250 rpm
Binário máximo38,1 Nm @ 5.750 rpm
Taxa de compressãoN.d.
AlimentaçãoInjeção electrónica
ArranqueMotor eléctrico
IgniçãoElectrónica CDI
CaixaVariador automático CVT
EmbraiagemAutomático centrífugo en seco
Transmissão secundáriaPor correia trapezoidal
Tipo chassiEstrutura em tubo de aço
Geometría de direçãoN.d.
Braço oscilanteGrupo motopropulsor oscilante
Suspensãoo dianteiraAmortecedor hidráulico de 150 mm de recorrido, en cada eje
Suspensão traseira2 amortecedores hidráulicos, ajustavéis en precarga (23 posic.)
Travão dianteiro2 discos de 230 mm e pinça de 1 piston, ABS
Travão traseiroDisco de 240 mm e pinça de 1 piston, ABS
Neumáticos110/70 x 13” (x2) y 140/70 x 14”
Comprimento total2.210 mm na versão SW e 2.152mm na GT
Altura máxima1.450 mm
Largura máxima750 mm
Distância entre eixos1.500 mm
Altura assento780 mm
Peso a seco280 kg
Depósito gasolina13 litros
Preços10.599 euros a SW e 10.499 euros a GT
Garantia oficial5 anos
ImportadorMoteo Portugal
Contacto234 300 760
Websitewww.peugeot-motocycles.pt

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