História da Arai
Poucos teriam dúvidas em responder à pergunta “qual é o melhor capacete do mundo?” com a palavra Arai. A Arai Helmet, Limited (Kabushiki-gaisha Arai Herumetto) é uma empresa japonesa que desenha e fabrica capacetes para motociclistas e outros capacetes para desporto, nomeadamente o automobilismo. Foi formada em 1926 por Hirotake Arai. Atualmente, Michio “Mitch” Arai dirige a empresa e o seu neto, Akihito, também está envolvido na gestão da empresa.
Fundada por um homem que era, ele próprio, piloto, o foco na segurança acima de tudo é típico da Arai e sempre esteve no topo das prioridades ao longo dos muitos anos de existência da marca. O fundador da empresa, Hirotake Arai, era fabricante de chapéus, mas também um piloto apaixonado pela competição.
Nos anos cinquenta não havia fabricantes de capacetes no Japão e como o país era um mercado fechado, mesmo com numerosas marcas de moto japonesas a surgir e uma cena de competição florescente, era muito difícil obter um capacete de qualidade adequada para motos. Sem normas legais, nem fabricantes, era difícil definir a qualidade num capacete, mas depois de algumas quedas, Hirotake Arai sabia que queria um bom capacete, para sua própria segurança e mais tarde também para alguns amigos.
Foi o início da Arai como um negócio de fabrico de capacetes, como uma extensão ao negócio de Arai de chapeleiro. O tema seguinte que o ocupou foi desenvolver os seus próprios testes e o próprio equipamento de teste, já que não existiam normas legais. Como fabricante de chapéus, Arai já sabia que as pessoas têm cabeças de formatos e tamanhos diferentes, criando a necessidade de um ajuste perfeito do capacete para maior segurança.
É importante notar que a intenção original de Hirotake Arai nem era começar outro ramo de negócio paralelo aos seus chapéus, mas criar capacetes que pudessem proteger os seus companheiros pilotos. É essa unidade de propósito que ainda está patente na empresa Arai até hoje. Para começar, todos os capacetes Arai são construídos à mão. A laminação das fibras é ao mesmo tempo fina, assegurando leveza, e muito resistente. Os forros em alcantara oferecem um conforto excecional, e o sistema de destaque da viseira, que apenas se “arranca” e volta a encaixar, torna-o favorito entre os pilotos da Ilha de Man, onde na paragem da boxe dá jeito trocar por uma viseira limpa em segundos.
A atual certificação para capacetes de moto nos EUA é a norma M2010, que foi lançada no início de 2010. Na Europa, a norma é a 22.05 que determina a que testes os capacetes têm de ser submetidos para ganharem aprovação. Voltando à Arai, os seus capacetes ficaram classificados em primeiro lugar em termos de satisfação do cliente em todos os dez estudos anuais de satisfação do capacete da J. D. Power e Associates. xO capacete também foi primeiro (ou empatado em primeiro lugar) em três das quatro outras categorias: Satisfação geral, ventilação e estilo.
Vários pilotos proeminentes de MotoGP usam Arai incluindo atualmente Maverick Viñales, Takaaki Nakagami, Jorge Martin, etc. e no passado, as lendas Dani Pedrosa, Kevin Schwantz, Mick Doohan, Freddie Spencer, Randy Mamola, Christian Sarron e muitos outros. Além de numerosos modelos e cores na gama, a maioria dos pilotos Arai tem a sua réplica à venda para que o motociclista comum possa ostentar o capacete do seu piloto favorito.
Embora muito popular na MotoGP, muitos dos pilotos de Fórmula 1 também usam Arai Helmets, já que o Arai GP-6 RC é um dos poucos capacetes que atende aos requisitos da FIA para o desporto. Esses pilotos incluem: Jenson Button, Mark Webber, Sebastian Vettel, Max Verstappen e Valtteri Bottas.
Na Europa, o sucesso da marca deve-se ao Holandês Ferry Brouwer, que depois de ser mecânico para lendas como Phil Read e Jarno Saarinen, em 1980 viajou para o Japão para convencer a Arai, cujos produtos tinha visto em revistas japonesas, a dar-lhe a representação para a Europa, já que a marca vendia tanto do mercado doméstico que nunca se tinha preocupado a exportar. A Arai começou por o mandar embora, mas pouco depois voltou a chamá-lo e lá lhe concedeu o mercado… o resto, como se costuma dizer, é história!
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