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Motos elétricas com lança-rockets, o novo ‘brinquedo’ furtivo do Exército Britânico

By on 14 Setembro, 2023

A Guerra da Ucrânia, que deflagrou após a invasão Russa, é um tema mediático que está diariamente em todos os telejornais. Talvez inspirado por isso, o Exército Britânico vai começar a usar motos elétricas. Estarão equipadas com mísseis antitanque, ferramenta já utilizada pelo exército ucraniano.

A furtividade é essencial no campo de batalha e os veículos elétricos têm uma vantagem importante aí. Esta é a principal razão pela qual as Forças Armadas do Reino Unido estão a considerar a utilização de motos eléctricas, convenientemente modificadas para equipar lançadores de foguetes ou armas antitanque.

O anúncio foi feito pelo Secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, e pelo Chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Sir Tony Radakin, durante uma sessão de Avaliação das táticas militares e prioridades de gastos do Reino Unido no conflito na Ucrânia.

Inspirado pelas táticas de defesa de drones dos militares ucranianos, o Reino Unido também planeia usar mais drones e veículos não tripulados, bem como veículos elétricos mais furtivos, como motos elétricas.

A Ucrânia já demonstrou o sucesso de diversas operações utilizando motos elétricas com mísseis antitanque que conseguiram atacar tanques russos. Os soldados ucranianos usam motos Delfast, capazes de atingir a velocidade máxima de 80 km/h. Têm cerca de 320 quilómetros de autonomia e estão preparadas para percorrer terrenos difíceis, transportando cargas pesadas. Não é de surpreender que tenham sido modificados para transportar foguetes NLAW de 12,5 kg e outras armas antitanque leves, projetadas para serem usadas por um único operador.

O Exército Britânico quer adotar estes veículos e já está a fazer os primeiros testes com o Stealth H-52. A ideia é poder aproximar-se dos veículos blindados inimigos de forma mais furtiva e poder atacar com lançadores de foguetes a partir de um veículo tão pequeno (e acessível) como esta moto militar. Aos cofres britânicos 6.500 libras esterlinas (cerca de 7.600 euros) é o que cada unidade vai custar, um valor modesto para os orçamentos da Defesa, mas que tem apenas 70 quilómetros de autonomia, portanto muito abaixo das motos Delfast ucranianas.

Curiosamente, o uso desse tipo de veículo não é totalmente novo. Bicicletas e motos elétricas foram testadas por diversas forças armadas em todo o mundo e até entraram em serviço ativo em diversas ocasiões. O Exército da Nova Zelândia usou motos elétricas UBCO; o norueguês testou bicicletas elétricas para a guarda de fronteira, e os soldados australianos têm testado motos elétricas furtivas desde 2021. Até o exército mais poderoso do mundo, o americano, usou motos elétricas Huck Cycles para fins táticos.

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