Sim ou não ao ruído nas motos elétricas?
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O excesso (ou suposto excesso) de ruído é um dos problemas mais recentes que afetam motociclistas, fabricantes de motos e autoridades locais. Uma coisa é certa, hoje há cada cada vez menos tolerância com o som produzido pelas motos. Em suma, além de não sermos bem vistos, começamos também a não ser “bem ouvidos” nesta questão.
Ainda há muitos de nós convencidos de que um escape aberto não é apenas legal, mas até mesmo uma forma de circular mais seguro – fazendo ruido suficiente para nos proteger da distração de automobilistas e outros imprevistos. Infelizmente, os estudos realizados até agora, demonstram que este não é o caso, e isso tornou-se uma desculpa trivial para justificar os meios de motociclistas mais radicais.
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FAZER MAIS BARULHO NÃO NOS TORNA OBRIGATORIAMENTE MAIS SEGUROS…
De acordo com uma pesquisa conduzida por Riccardo Matesic, a única coisa certa é que uma descarga barulhenta nos torna cada vez menos “agradáveis” aos olhos e ouvidos dos outros, especialmente aqueles que vivem em áreas de muito turismo e que, coincidentemente, são principalmente áreas montanhosas cuja quietude é interrompida pelo barulho dos motores. Em resumo, nós sentimo-nos bem, mas não aqueles que passam de carro e todos os outros para os quais a nossa passagem se torna apenas um incómodo. Cada vez mais as forças policiais estão a utilizar fotômetros e logo teremos que manter sob controle não só a velocidade, mas também os decibéis da nossa moto.
Mas esta questão sugere-nos uma pergunta: se ser barulhento não nos torna mais seguros, ficar completamente em silêncio deverá ser ainda mais perigoso, ou não?
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MOTOS ELÉTRICAS E RUÍDO, UM DILEMA LEGÍTIMO
A falta de som das motos elétricas é uma ferida aberta no coração dos motociclistas, muitos dos quais, justamente por causa dessa ausência, não estão preparados para reconhecê-las como motos adequadas. O tema da segurança é frequentemente questionado: “eles não nos ouvem e ficamos em perigo”. A disseminação de veículos elétricos ainda não é generalizada, mas acima de tudo quem mora na cidade, já foi capaz de ver como o seu silêncio pode trazer surpresas.
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Atualmente, acreditamos que o silêncio das motos elétricas pode ser uma causa de perigo, mas será cada vez menos no futuro, simplesmente porque todos nós vamos nos acostumar mais com a presença desses veículos silenciosos. E não só isso. A redução de veículos com motores térmicos em favor de veículos elétricos, levará a uma redução do ruído ambiental e, portanto, será mais fácil distinguir outros ruídos aos quais não podemos agora prestar a menor atenção, como pneus a rodar e que se ouvem perfeitamente numa moto elétrica sem trânsito à sua volta.
Aliando a isto os efeitos do aumento dos dispositivos de segurança ativos nas motos, talvez daqui a uns tempos esta questão se venham a esbater com a vaga de novas tecnlogias que são constantemente apresentadas. Mas claro, em ciclo urbano e numa travessia de peões com pedestres a atravessá-las, há que ter precauções com uma moto elétrica. Mas claro… tem menos o Rock’n’roll que muitos de nós apreciamos.
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OUTRO MUNDO
Esta questão anuncia intermináveis debates. É claro que uma moto elétrica não pode dar esse tipo de emoção sonora que a maior parte de nós aprecia, e do ponto de vista sensorial é uma perda, mas também é uma adição. Por fim, não esqueçamos que as motos elétricas não são completamente silenciosas e que o condutor ouve claramente o silvo futurista do motor. Em todo o caso, gostos são gostos e são de difícil discussão.
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Já o que não nos parece muito razoável é transportar o ruído do motor de combustão para o motor elétrico como uma gravação – a moto elétrica precisa de encontrar e expressar a sua identidade e não ser uma cópia sintética de outra coisa – como aqueles carrinhos elétricos em forma de brinquedo que em criança recebíamos como prenda do Pai Natal.
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