VOGE apresenta vasto e diversificado leque de novidades
A VOGE é a marca premium do fabricante de motos Loncin, marca que para esse efeito assinou importantes acordos com alguns dos mais prestigiados construtores na Europa. Fique a conhecer, palmo a palmo a vasta gama da VOGE que disponibiliza uma vasta gama de modelos, de diversas cilindradas e categorias, as últimas novidades para o nosso mercado, o modelo eléctrico ER 10 e a gama de futuros modelos que vão ainda mais enriquecer a oferta do prometedor fabricante de Chongqing.
A Loncin é um fabricante de grande escala localizado em Chongqing (China) e é a maior holding desta região, que se especializou na produção de motos e scooters utilitárias de pequena cilindrada dirigidas ao seu mercado doméstico e a países emergentes. O seu percurso começou em meados da década de ’90, situando-se no Top 5 dos principais fabricantes de motos da China. A sua produção anual é de 3 milhões de motores, 2,5 milhões de motos e 150.000 ATV. A marca é conhecida pela sua ‘Joint Venture’ com a austríaca Rotax, para produzir desde 2005 o monocilíndrico refrigerado por líquido de 650 cc que empregou principalmente a BMW, na família de modelos G 650. Em julho de 2019, a Loncin assinou um acordo com a prestigiada MV Agusta para fabricar quatro modelos com cilindradas de 350 e 500 cc, desenhados pela marca italiana e que se serão comercializados na Ásia ainda durante o ano de 2021. A Loncin também se deu a conhecer por fornecer motores de 250 cc à espanhola Rieju, que foram empregues no modelo Tango 250.
VOGE É A MARCA PREMIUM DA LONCIN
O rápido desenvolvimento do mercado de motos chinesas rumo a modelos mais sofisticados, de média e alta cilindrada, levou a Loncin a reformular-se com a criação de uma marca própria como a VOGE, dedicada a modelos Premium – o que serviu para se distinguir do fabrico de veículos de “batalha” que até aqui caracterizava a Loncin. Na nova marca VOGE, representada em Portugal e Espanha pela Onetron Motos, do grupo Onex, a Loncin traduziu a sua experiência e ‘know how’ com a Rotax e MV Agusta em 7 modelos de 300 cc (monocilíndricos) e 500 cc (bicilíndricos) de desenvolvimento próprio, assim como um modelo Trail Adventure de 650 cc que chegará ainda na primavera de 2021.
Os modelos da VOGE contam com as mais recentes tecnologias no que respeita a iluminação LED e motores com distribuição por dupla árvore de cames (DOHC) e 4 válvulas por cilindro, alimentados por um sistema de injeção eletrónica da firma alemã Bosch, marca que que também fornece o sistema de anti bloqueio de travagem ABS. Neste elenco de qualidades incluem-se também os pneus Pirelli Angel, os travões Nissin e as suspensões KYB. O acordo com a MV Agusta também permitirá à Loncin incorporar na gama VOGE modelos de alta cilindrada, propulsionados pelo motor de 800 cc de desenho italiano, mas que será elaborado pela Loncin. Mas, porque a VOGE também pensa no futuro da moto passa pela propulsão elétrica e, nesse sentido, uniu forças com a marca Sur Ron para desenvolver o modelo ER-10. Para o mercado europeu, este modelo que chegará em março de 2021 estará adaptado com um motor de potência nominal de 11 kW (15 CV), de modo a poder ser disponibilizado no segmento que permite a sua condução com carta de carro.
A GAMA VOGE 300
Atendendo à cilindrada da moto, o mercado classifica-se tradicionalmente nas cilindradas de 125 cc (motos com equivalência a carta B), de 126 a 250 cc, de 251 a 500 cc, de 501 a 750 cc e mais de 750 cc. No entanto, as tendências atuais marcam a transformação das “quarto de litro” até aos 300 cc, ou mesmo um pouco mais (310 cc), para se distanciarem dos veículos de 125 cc, já que o seu utilizador terá obtido a carta A2 e pretende mais prestações num veículo de uso urbano que, ocasionalmente, se utilizará em estrada aberta. Se atendermos às vendas de motos apenas de estrada. Neste pequeno nicho de mercado concentra-se uma representação de 4 modelos da VOGE.
VOGE 300 AC
Sem dúvida alguma, é um dos modelos com mais personalidade da gama VOGE 2020 e o único que representa o estilo “vintage”, ou melhor,“Neo Retro”, que se está a impor nas motos de média e alta cilindrada, distanciando-se das Retro ao acrescentar pormenores mais vanguardistas que clássicos, dando-lhe esse contraste bem combinado de estilos intemporais. Conta com acabamentos de cor negra, conjugados com o depósito em tons escuros (verde inglês ou bordeaux), com umas originais inserções metalizadas nos suportes do farol, guarda-lamas dianteiro, laterais do radiador e quilha.
O seu quadro de duplo berço, com o motor monocilíndrico a funcionar como elemento estrutural, é comum aos restantes modelos VOGE de 300 cc e fica mais à vista, mostrando todo o esplendor da estrutura tubular em treliça que se forma entre a cabeça do motor e o conjunto depósito-assento, e que, na sua parte dianteira, acolhe o radiador de água. O quadro completa-se com um robusto braço oscilante assimétrico que, do seu lado direito, adota uma forma arqueada para se conjugar com a saída de escape, mais longa que as das suas irmãs Naked e Desportiva. O extremo deste lado do braço oscilante serve de fixação para um reduzido guarda-lamas traseiro junto à roda, que também serve de suporte à placa de matrícula e aos piscas, deixando o lado esquerdo livre. Desta forma, todo o conjunto integrado no guarda-lamas liberta-se da parte posterior da estrutura do assento, concedendo à zona traseira da 300 AC um aspeto leve e minimalista.
O depósito de combustível alberga nada menos que 16 litros de capacidade, para se conseguir uma grande autonomia. As suas formas são clássicas, com zonas cavadas e moldadas para apoiar os joelhos do condutor, conseguindo um perfil esguio que choca com o restante aspeto de grande volume do depósito. A parte ciclística é claramente atual. No que respeita a suspensões, a AC recorre a uma forquilha invertida de eixo centrado e bainhas com secção generosa, enquanto que no trem posterior se emprega um monoamortecedor com bielas na sua ancoragem inferior, para conseguir um funcionamento progressivo que vai endurecendo a taragem conforme aumenta o curso da roda. Entre os pormenores vanguardistas encontramos umas jantes de liga leve e não de raios, de seis braços duplos e com duplo disco na frente (pormenor pouco habitual nesta cilindrada) de 300 mm de diâmetro e pinças de duplo pistão; atrás temos uma pinça de pistão simples num disco de 220 mm. Os três discos empregam tubos de malha metálica e estão ligados a um modulador ABS de dois canais, assinado pela cada alemã Bosch.
A iluminação reforça a componente Neo Retro: tudo em tecnologia LED, incluindo o farol dianteiro que,na sua secção circular tradicional, integra dois módulos LED (máximos e médios) de secção quadrada e alta intensidade, com duas fileiras verticais de díodos LED dos lados que fazem de luz DRL / presença. Ainda no que respeita à iluminação, sob o extremo posterior do assento encontramos um estreito farolim traseiro com luz de travão, que combina uma guia luminosa em forma de U invertido com uma matriz de díodos no seu interior, enquanto que os quatro piscas também empregam a forma de U, com a abertura direcionada para o interior da moto.
O seu painel de instrumentos baseia-se num ecrã LCD integrado num marco octogonal que se completa com 8 luzes avisadoras. A informação exibida no ecrã é completíssima, com conta-rotações gráfico horizontal na sua parte posterior (com segmentos a vermelho para regimes superiores às 10.000 rpm), um velocímetro ao centro, indicador de mudança engrenada, conta-quilómetros total e parcial e nível de combustível. Como pormenores a destacar, existe ainda uma entrada USB muito prática para ligar um smartphone ou sistema de navegação, podendo-se também escolher entre três cores para a retroiluminação do ecrã. A ergonomia é um dos pontos fortes da 300 AC. Ainda que partilhando do mesmo quadro das suas irmãs de cilindrada, a AC oferece um triângulo ergonómico muito mais cómodo e mais adequado para a sua utilização urbana e de passeio por estrada aberta, desfrutando da paisagem com o tronco erguido. O assento do condutor eleva-se apenas a 795 mm do solo, com um arco do assento estreito, que permite a utilizadores de qualquer estatura apoiar as plantas dos pés no chão. As mãos apoiam-se num guiador largo e alto em tubo de secção variável (com maior secção ao centro para o seu reforço), e poisa-pés adiantados que não requerem um seletor de mudanças com retorno. A atenção à ergonomia completa-se com manetes de embraiagem e de travão dianteiro com abertura regulável por intermédio de um rolete de quatro posições, ajustável sem necessidade de ferramentas.
Rivais: Honda CB 300R, Benelli Leoncino 250 e Mondial HPS 300 V
FICHA TÉCNICA
300 AC
Tipo de motor: monocilíndrico 4T,
Diâmetro x curso: 78 x 61,2 mm
Cilindrada: 292 cc
Potência e binário máximos: 24,7 CV e 22,5 Nm
Caixa: 6 velocidades
Quadro: tubular
Suspensão dianteira: forqueta invertida
Suspensão traseira: monoamortecedor c/bielas
Travão dianteiro: duplo disco 300 mm, pinça 2 pistões. ABS
Travão traseiro: disco 220, pinça 1 pistão. ABS
Pneus: 110/70-17 fr. 150/60-17 tr.
Peso: 170 kg
Capacidade do depósito: 15 litros
Preço do modelo Euro 5: 3.995€
Preço de campanha do modelo Euro 4: 3.195,00€
VOGE 300R
A plataforma VOGE 300 (motor e quadro) transforma-se convenientemente numa moto Naked de recorte desportivo. Esteticamente, as suas formas transmitem muito mais agressividade que as da Neo Retro 300AC, com arestas mais vincadas e pormenores – como os guarda-lamas, painéis laterais e quilha inferior –, mostrando um acabamento que simula a fibra de carbono.
O quadro, cujo duplo berço se fecha sobre o próprio cárter do motor YF300, deixa ver, no entanto, menos estrutura tubular que na 300AC, já que em parte fica oculta pelo depósito, assim como as aletas laterais que canalizam o ar em andamento para o radiador, e que alojam nas suas extremidades dianteiras os piscas de díodos LED. Também se conserva o mesmo braço oscilante assimétrico empregue na 300AC, ainda que neste caso se empregue um escape mais curto, não afetando o rendimento do motor. Conta também com um pequeno guarda-lamas traseiro junto à roda e fixo aos dois extremos do braço oscilante, que suporta os piscas assim como a placa de matrícula e a sua iluminação.
O seu assento escalonado em duas peças, para delimitar as zonas reservadas ao condutor e passageiro, inclui na parte posterior duas pegas em aço com forma de spoiler para o passageiro, reforçando mais a sua estética desportiva. O assento eleva-se a 780 mm do solo (mais baixo que o da AC, de modo a baixar o centro de gravidade condutor-moto em benefício de mudanças de direção mais rápidas), com poisa-pés recuados (seletor de velocidades com retorno) e um guiador também tubular, ainda que ligeiramente mais baixo e estreito.
A iluminação, como não poderia deixar de ser numa naked de última geração, é Full LED. O farol tem forma de coração, como se impõe nas tendências das naked de cilindrada superior, com dois módulos de alta intensidade sobrepostos, envolto numa cobertura que engloba o painel de instrumentos e um pequeno para-brisas fumado que desvia parte da pressão aerodinâmica do condutor. Integra a luz de presença que se reparte ainda por cima dos piscas dianteiros (nos cantos das aletas do radiador), para aumentar os focos luminosos e tornar a moto mais visível. Partilha com a 300AC as manetes reguláveis em quatro posições través de um rolete cujo ajuste não necessita de nenhuma ferramenta. Para a sua instrumentação adotou-se um ecrã LCD com mais informação que na AC: um conta-rotações gráfico disposto horizontalmente com segmentos marcados a vermelho a partir das 10.000 rpm, velocímetro, nível de gasolina, conta-quilómetros total e parcial, relógio e indicador de mudança engrenada. As luzes de aviso situam-se numa fila logo por cima do ecrã, dispondo em ambos os lados de botões para controlar as funções e uma prática entrada USB para ligar o telemóvel ou um sistema de GPS.
As suspensões estão confiadas a uma forquilha invertida de eixo centrado com bainhas de 35 mm e um curso de 100 mm, dispondo-se de um monoamortecedor com bielas (funcionamento progressivo) no trem posterior. No que respeita a travões, as suas jantes de 17 polegadas com seis braços contam com dois discos dianteiros de 300 mm de diâmetro, mordidos por pinças de duplo pistão, acompanhados por um disco traseiro de 220 mm com pinça de pistão simples. Os três discos de travão estão ligados através de tubos de malha de aço de qualidade a um modulador de ABS de dois canais, proveniente da casa alemã Bosch.
Rivais: BMW G310 R, Zontes R310 e Benelli BN 251
FICHA TÉCNICA
300R
Tipo de Motor: monocilíndrico 4T,
Diâmetro x cruso: 78 x 61,2 mm
Cilindrada: 292 cc
Potência e binário máximos: 25,8 CV e 22,5 Nm
Caixa: 6 velocidades
Quadro: Tubular
Suspensão dianteira: forqueta invertida
Suspensão traseira: monoamortecedor c/bielas
Travão dianteiro: duplo disco 300 mm, pinça 2 pistões. ABS
Travão traseiro: disco Nissin 220 mm, pinça 1 pistão. ABS
Pneus: 110/70-17 fr. 150/60-17 tr.
Peso: 170 kg
Capacidade do depósito: 15 litros
Preço de campanha do modelo Euro 4: 3.195,00 €
VOGE 300RR
A ampla gama da VOGE na cilindrada média dos 300 cc conta também com esta versão RR radicalmente desportiva, que, basicamente, veste o modelo R com uma carenagem integral que deixa ligeiramente à vista boa parte dos cárteres do motor, neste caso pintados num tom dourado, e conservando o mesmo depósito de 16 litros de capacidade, assim como o conjunto traseiro com assentos independentes a duas alturas.
Como é óbvio, mantém igualmente o mesmo quadro tubular, oculto atrás dos painéis laterais da carenagem, bem como o braço oscilante assimétrico que, no seu lado direito, enquadra a curta saída de escape. Se bem que o assento do condutor se mantenha à mesma altura que na 300R (780 mm), assim como os poisa-pés e os seus suportes (que apenas variam no acabamento metalizado que foi adotado nesta RR), a posição de condução é diferente, ao recorrer a uns avanços fixos mesmo acima da mesa de direção superior, que obrigam o condutor a deitarse mais sobre o depósito, carregando assim parte do seu peso sobre o trem dianteiro para conseguir maior precisão da direção.
Nesta postura de condução tão desportiva, o condutor fica completamente protegido pela cúpula da carenagem que desvia o ar por cima dos seus ombros. A carenagem serve de suporte para os espelhos retrovisores e integra a dupla ótica de nítida inspiração italiana, com intensos e estreitos módulos LED compreendidos entre guias luminosas DRL em jeito de ‘sobrancelhas’. Por seu lado, os piscas dianteiros estão embutidos nas laterais da carenagem, ficando a sua cobertura transparente nivelada com a superfície da carenagem. Os piscas traseiros, tal como nos outros modelos de 300 cc, formam um conjunto com o suporte da placa de matrícula e a sua iluminação, sobre o minimalista guarda-lamas traseiro.
O painel de instrumentos inspirado naked 300 é baseado num ecrã LCD que agrupa o conta-rotações gráfico, com as partes esquerda e superior com zona vermelha a partir das 10.000 rpm, velocímetro com grandes dígitos, conta-quilómetros total e parcial, relógio, indicador de mudança engrenada e nível gráfico de combustível. Por cima do ecrã alinham-se 6 avisadores luminosos com dois grandes botões de ambos os lados para ajustar as suas funções. Também aqui se integra uma tomada USB de 5V para ligar um telemóvel ou sistema de GPS. O esquema de suspensões continua a ser o mesmo da naked e o equipamento de travagem é outro dos pontos fortes da VOGE 300RR, já que, face às suas rivais de 300 cc, é o único modelo que emprega duplo disco dianteiro de 300 mm, mordidos por pinças de duplo pistão, enquanto que na roda traseira se confia num disco único de 220 mm, com a sua correspondente pinça de pistão simples. A sua elevada potência e fácil doseamento soma-se, no sistema de travagem, à segurança conferida pelo sistema anti-bloqueio ABS, proporcionado por um modulador Bosch de última geração.
Rivais: Suzuki GSX 250R Zontes X310 Mondial Pagani 300
FICHA
VOGE 300RR
Tipo de motor: monocilíndrico 4T
Cilindrada: 292 cc
Potência e binário máximos: 25,8 CV e 22,5 Nm
Caixa: 6 velocidades
Quadro: tubular
Suspensão dianteira: forqueta invertida
Suspensão traseira: monoamortecedor c/bielas
Travão dianteiro: duplo disco 300 mm, pinça 2 pistões. ABS
Travão traseiro: disco Nissin 220 mm, pinça 1 pistão. ABS
Pneus: 110/70-17 fr. 150/60-17 tr.
Peso: 170 kg
Capacidade do depósito: 15 litros
Preço de campanha do modelo Euro 4: 3.195,00 €
A GAMA VOGE 500
O segmento das motos de estrada até 500 cc é consideravelmente maior que o das motos até 310 cc. As motos desta cilindrada disponibilizam habitualmente uma potência máxima de 35 kW (47,6 cv), que coincide com a potência máxima permitida para a carta A2, o que as converte num veículo muito adequado para estes utilizadores, permitindo-lhe em partes iguais um uso misto em cidade e estrada sem complexos.
VOGE 500R
Com a 500R, a VOGE participa de forma ativa no segmento das motos de média cilindrada mais competitivo do mercado. E não lhe faltam argumentos para convencer um público que procura uma moto de iniciação para estrear a sua recém-obtida carta A2.
A 500R é uma moto naked muito polivalente, já que tanto serve para as deslocações diárias de casa-trabalho como para moto de lazer, para desfrutar da paisagem e da condução em passeios de fim de semana e de férias. Os seus 198 kg (em ordem de marcha) e uma distância entre eixos de 1450 mm concedem-lhe a agilidade necessária para se mover com desenvoltura pela cidade, enquanto que, com 471 cc e 46,9 cv de potência (EURO 5), consegue rodar em longos percursos por estrada aberta sem forçar a mecânica e alcançando uma velocidade em redor dos 160 km/h, sem ultrapassar o seu consumo de 4 litros aos 100 km. Mas, como boa moto polivalente que é, a VOGE 500R oferece aos seus utilizadores uma posição de condução cómoda e muito natural (tronco erguido), menos para condutores de menor estatura, que têm no assento elevada apenas a 797 mm do solo a grande oportunidade de apoiar ambas as plantas dos pés no chão, para um melhor controlo da moto parada, um pormenor a ter bastante em conta para os que se iniciam com a carta A2. Em andamento, os pés assentam sobre poisa-pés não demasiado recuados, e as mãos num guiador tubular largo e elevado.
Outro pormenor ergonómico a assinalar são as suas manetes, com abertura regulável em quatro posições sem necessidade de ferramentas. Esteticamente, atrai o olhar com um desenho que é simultaneamente elegante e agressivo: formas musculadas com arestas vincadas e, ao mesmo tempo, fluidas e contínuas, como se pode apreciar lateralmente no farol e depósito. Emprega um quadro tubular com estrutura perimetral na sua parte superior e um duplo berço que se fecha a sua parte inferior pelo próprio motor, a agir como elemento estrutural do quadro. Desenhado em CAE, todos os seus tubos estão unidos por soldaduras efetuadas por robots.
O braço oscilante duplo é fabricado em alumínio fundido, empregando bielas para conseguir o efeito progressivo na taragem do seu monoamortecedor. A marca quis transmitir nesta 500R a imagem de um produto de acabamentos impecáveis e equipado com componentes de primeira qualidade. Assim, as suspensões (forquilha invertida com bainhas de 41 mm e um curso de 128 mm, juntamente com o monoamortecedor traseiro com 57 mm de curso) foram encomendados à marca japonesa KYB, enquanto que o seu duplo disco dianteiro com perímetros recortados de 298 mm e respetivas pinças de duplo pistão, acompanhados pelo disco traseiro de 240 mm com pinça de pistão simples, também chegam do Japão, concretamente do fabricante Nissin. Uma vez mais, a alemã Bosch ocupa-se de evitar o bloqueio dos três discos com um sistema de ABS de geração 1.1, mas também tem a seu cargo a gestão eletrónica da injeção. Para completar este elenco de marcas prestigiadas, a italiana Pirelli é a responsável por calçar as jantes de liga leve de 17 polegadas com pneus Angel ST.
Para essa boa imagem de qualidade e tecnologia a iluminação Full LED desempenha um papel importante. O farol tem forma de coração com uma guia luminosa que desenha o contorno superior englobando os dois módulos LED para os feixes de máximos e médios. Na traseira o farolim duplica-se em duas unidades simétricas com guias luminosas que agem como luz de presença, enquanto que o seu interior formado por uma matriz de díodos se ilumina na travagem. O painel de instrumentos baseia-se no ecrã LCD horizontal com muita informação disposta de forma a que facilite a sua leitura apenas com um olhar. Os lados esquerdo e superior são dominados por um conta-rotações gráfico, com os dígitos da mudança engrenada e a velocidade de cruzeiro ao centro, à sua esquerda um relógio e, por baixo, um pequeno computador de bordo mostra o consumo em tempo real, assim como o conta-quilómetros total e parcial. Como no resto dos modelos da família VOGE, a 500R inclui também uma prática tomada de corrente USB.
Rivais: Honda CB 500F Kawasaki Z 400 FII KTM Duke 390
FICHA TÉCNICA
VOGE 500R
Tipo de Motor: bicilíndrico 4T
Cilindrada: 471 cc
Potência e binário máximos: 46,9 CV e 39,7 Nm
Caixa: 6 velocidades
Quadro: tubular
Suspensão dianteira: forqueta invertida Kayaba
Suspensão traseira: monoamortecedor KYB c/bielas
Travão dianteiro: duplo disco Nissin 298 mm, pinça 2 pistões. ABS
Travão traseiro: disco Nissin 220 mm, pinça 1 pistão. ABS
Pneus: 120/70-17 fr. 160/60-17 tr.
Peso: 198 kg
Capacidade do depósito: 16’5 litros
Preço do modelo Euro 5: 5.995€
Preço de campanha do modelo Euro 4: 4.795,00€
VOGE 500DS
Com a 500DS, a VOGE completa a gama de modelos com que se estreou no nosso mercado, convertendo-se no modelo de topo da marca. Partilha com a mais recente 300DS a sua vocação de Trail Aventura, mas, obviamente, ao estar equipado com o motor bicilíndrico de 500 cc, as suas aspirações são maiores, o que se traduz numa melhor adaptação a viagens aventureiras de longo curso. O seu aspeto exterior impressiona. Não tem nada a invejar às grandes Trails e, pela sua envergadura, dá mesmo a impressão que se trata de uma moto de cilindrada superior, prestando-se até a maior confusão pela dificuldade de encontrar a indicação real da sua cilindrada em algum lugar visível da sua carroçaria. O seu depósito com 17 litros de capacidade permite uma autonomia próxima dos 450 km, dado o seu consumo contido, e as suas formas fundem-se com a carenagem dianteira que termina num bico, como se tratasse de uma ave de rapina.
Esta carenagem serve de suporte ao novo farol Full LED, que sobrepõe os módulos de médios e máximos, com a forma do superior a recordar ‘sobrancelhas’ franzidas e delimitado por guias luminosas DRL com forma de flecha. Ainda no que concerne à iluminação dianteira, os piscas também contam com tecnologia LED, com dois elementos fixos à carenagem e com a particularidade de se iluminarem sequencialmente, tal como a tendência que se está a impor no meio automobilístico. O para-brisas é outro elemento característico “Adventure”. Permite ver através dele sem ‘ondulações’ e com uma completa proteção para o condutor, podendo-se baixar a sua altura em 5 cm quando se conduz na cidade ou se requer uma maior ventilação ao circular com temperaturas elevadas. A carenagem também integra o painel de instrumentos que, para alcançar a perfeição, se apresenta num grande ecrã TFT a cores de alto contraste, com um conteúdo de informação que eleva a fasquia na sua categoria. Para além dos obrigatórios conta-rotações gráfico, velocímetro com grandes dígitos, contaquilómetros total/parcial, indicador de mudança engrenada e nível de combustível, acrescenta-se relógio, voltímetro, termómetro do líquido de refrigeração em graus centígrados, controlo da pressão dos pneus e computador de bordo com consumos médios e instantâneos, completo ainda com um módulo Bluetooth que mostra as chamadas recebidas quando em marcha. E, como em toda a gama VOGE, conta com a funcionalidade de uma tomada USB.
Atrás, o farolim divide-se em três partes: duas guias luminosas em forma de “U” de cada lado, que fazem de luz de presença, e um retângulo central por matriz de díodos que se ilumina com a luz de travão. Os piscas traseiros voltam a adotar a forma de flecha, fixos ao veículo com suportes elásticos e com o original funcionamento sequencial.O posto de condução encontra-se a 815 mm do solo – mais elevado que o da 500R – com o condutor a adotar uma postura cómoda, em junção com o guiador com tubo de secção variável, alto e largo. Os pés descansam sobre poisa-pés com inserções em borracha para não danificar o calçado; mas, em escapadelas off-road e equipado com botas, as borrachas podem ser retiradas, deixando a descoberto poisa-pés com dentes,mais adequados para uso em piso de terra ou condução em pé.
De novo, a 500DS conta também com as melhores marcas do mercado. A japonesa KYB ocupa-se de proporcionar uma forquilha invertida de eixo centrado, com bainhas de 41 mm tal como na 500R, mas com mais algum curso para efeitos de condução em off-road: 161 mm. Atrás encontramos um monoamortecedor também da KYB com ação progressiva (bielas) e um curso de 62 mm. O trem dianteiro emprega um duplo disco de 320 mm (maiores que os da 500R), com as respetivas pinças de duplo pistão e, atrás, um disco de 240 mm (também maior que na 500R) com pinça de pistão simples. O motor é o mesmo bicilíndrico em linha KE500 que regista uma potência de 46.9 cv (Euro 5) e utiliza um escape com silenciador de dupla saída. Também encontramos um quadro tubular com estrutura superior perimetral e braço oscilante em alumínio fundido.
Rivais: Honda CB 500X Benelli TRK 502 Royal Enfield Himalayan 410
FICHA TÉCNICA
VOGE 500DS
Tipo de motor: bicilíndrico 4T
Cilindrada: 471 cc
Potência e binário máximos: 46,9 CV e 39,7 Nm
Caixa: 6 velocidades
Quadro: tubular
Suspensão dianteira: forqueta invertida Kayaba
Suspensão traseira: mono amortecedor KYB c/bielas
Travão dianteiro: duplo disco Nissin 300 mm, pinça 2 pistões. ABS
Travão traseiro: disco Nissin 220 mm, pinça 1 pistão. ABS
Pneus: 120/70-17 fr. 160/60-17 tr.
Peso: 188 kg
Capacidade do depósito: 17 litros
Preço do modelo Euro 5: 6.395€
Preço do modelo Euro 4: 5.295,00€
A ADVENTURE URBANA
As motos trail representaram em 2020 o segmento de mercado mais vendido em Portugal (entre os motociclos acima de 125 cc), uma tendência que cada vez se afirma mais a nível global e começa a ser transversal a diversas cilindradas, embora a dominante seja a faixa acima dos 750 cc, a das grandes Adventure. A nova 300DS da VOGE vem inserir-se num segmento que começou a crescer de modo significativo, com a entrada em cena de propostas de várias marcas de renome.
VOGE 300DS
Trata-se da novidade mais recente a integrar o bem recheado catálogo da VOGE na cilindrada de 300 cc: uma impressionante Trail Aventura disposta a enfrentar algumas escapadas para fora do asfalto e, até mesmo, viagens de longo curso. Baseada na plataforma comum aos restantes modelos 300 (AC, R e RR), conta com um robusto quadro multitubular com braço oscilante assimétrico em alumínio fundido, com forma de banana do lado direito para permitir a colocação da saída de escape.
A aventureira DS dispõe de jantes de liga leve de 17 polegadas com seis braços duplos e veste-se com uma discreta quilha sob o motor, que serve como proteção de cárter contra os impactos num uso em off-road, e um novo depósito que se prolonga para a frente para formar a cúpula que envolve o farol e dá suporte aos piscas, painel de instrumentos e para-brisas. O farol confia, é claro, na tecnologia LED. Foi-lhe dada uma forma triangular que o identifica de imediato com o logótipo da marca VOGE. Agrupa dois módulos sobrepostos LED de alta intensidade, separados pelo contorno dado por uma guia luminosa em LED, criando um conjunto de desenho muito acertado. Em ambos os lados estão dispostos os piscas por matriz de díodos LED, unidos à carroçaria através de um suporte plástico que evita que se quebrem no caso de uma queda em utilização off-road. O para-brisas é outro elemento que a identifica como uma moto “Adventure”. Aqui foi empregue uma lâmina moldada de acrílico transparente, fixa a um par de suportes, com a particularidade de permitir o seu ajuste em altura, adaptando-se a diferentes usos e ambientes.
Neste novo conjunto de cúpula dianteira integra-se o painel de instrumentos que, aqui, é também de novo desenho, fixo à cúpula e não rodando com o guiador. Assenta num ecrã LCD de grande dimensão e com a originalidade de se visualizar em negativo, ou seja, com os caracteres em branco sobre fundo negro. O ecrã é alto contraste com tratamento antirreflexos. O novo painel de instrumentos encontra-se repleto de informação disposta graficamente com muito bom gosto e fácil de consultar apenas com um rápido olhar. Integra um original contarotações gráfico em forma de arco, cuja grossura diminui a altos regimes, e que é complementado na sua base inferior com o nível de combustível. No centro do ecrã surge em grandes dígitos a velocidade instantânea e a marcha engrenada, mostrando-se na parte inferior o conta-quilómetros total/parcial e os consumos médio/instantâneo em litros aos 100 km. Na parte inferior direita do ecrã sobra espaço para mais informação, como a temperatura do líquido de refrigeração em graus centígrados e um voltímetro, situando o relógio no canto oposto.
Fora do ecrã distribuem-se os 8 avisadores luminosos (quatro de cada lado) e, como noutro modelos da VOGE, uma entrada USB para ligar um telemóvel ou sistema de navegação GPS, que será certamente imprescindível na utilização “Adventure” a que está dirigida esta 300 DS.
Outro elemento muito necessário que se incorporou nesta 300 DS é a grelha porta-bagagens atrás do assento, que integra as pegas laterais para o passageiro. A sua superfície é completamente plana para se poder acrescentar qualquer tipo de adaptador standard para instalar uma Top Case, ou, melhor ainda, uma mala de alumínio que encaixa melhor no conceito “Adventure”. Também dispões de fixações para montar malas ou alforges laterais.
A tecnologia de iluminação LED também é empregue no grupo ótico traseiro, estreando-se nesta ocasião um farolim traseiro com uma original assinatura luminosa que tornará uma 300 DS reconhecível de imediato: um contorno com uma guia luminosa LED permanentemente iluminada (presença), que envolve uma matriz de díodos que se ilumina quando se acionam os travões. O conjunto separa-se em duas peças para criar dois focos independentes que ajudam a ser-se visto com mais clareza. Também se empregam atrás piscas em LED com forma de flecha e suporte elástico, prescindindo-se do guarda-lamas junto à roda visto nos restantes modelos da gama. No que respeita a suspensões encontramos novamente a forquilha invertida de eixo centrado fazendo conjunto com o monoamortecedor de ação progressiva dotado de bielas na sua ancoragem inferior. No entanto, para os travões apenas se recorre a um disco dianteiro, de modo a não oferecer uma excessiva potência em condução off-road, que termine com uma inevitável derrapagem dianteira.
Rivais: BMW G310 GS Zontes T2-310 Kawasaki Versys X-300
FICHA TÉCNICA
VOGE 300DS
Tipo de motor: monocilíndrico 4T, 78×61,2 mm
Cilindrada: 292 cc
Potência e binário máximos: 25,8 CV e 22,5 Nm
Caixa: 6 velocidades
Quadro: tubular
Suspensão dianteira: forqueta invertida
Suspensão traseira: monoamortecedor c/bielas
Travão dianteiro: duplo disco 300 mm, pinça 2 pistões. ABS
Travão traseiro: disco 220, pinça 1 pistão. ABS
Pneus: 110/70-17 fr. 150/60-17 tr.
Peso: 170 kg
Capacidade do depósito:16 litros
Preço: n.d.
VOGE ER10: A OPÇÃO ELÉTRICA
A VOGE também faz planos para um futuro que está cada vez mais próximo, com a moto elétrica ER10. Para tal, a VOGE integrou no projeto o especialista Sur Ron, com o desenvolvimento do seu modelo White Ghost, que originalmente foi dado a conhecer como um ‘concept’ pelo seu insólito desenho com a parte posterior ‘flutuante’. A ER10 encaixa na perfeição nos planos da VOGE relativos a tecnologia, prestações – com uma velocidade máxima real de 90 km/h.
O motor elétrico com refrigeração líquida e rende uma potência nominal de 6 kW (8,1 cv), alcançando um pico de potência de 14 kW (19 cv) na sua versão para o mercado doméstico na China, ainda que para o mercado europeu vá chegar adaptada aos 11 kW (15 cv), de modo a poder ser conduzida com carta B nos mercados, como o português, onde está vigente a equivalência moto-automóvel. O motor situa-se sobre o longo braço oscilante antes da roda traseira, transmitindo-lhe o movimento através de uma corrente; dada a localização do motor, a corrente fica isenta das variações de tensão com o curso da suspensão traseira, o que se repercute numa maior duração da mesma, assim como uma menor manutenção.
A bateria Samsung é composta por células de lítio que proporcionam uma alimentação de 60 V com uma capacidade de 70 Ah. A VOGE declara que a sua autonomia supera os 130 km mantendo uma velocidade constante de 30 km/h, mas com velocidades de cruzeiro mais normais (~50 km/h) pode chegar-se aos 100 km. O binário do motor, como é habitual num veículo elétrico é excecional: nada menos de 42 Nm desde as 0 rotações. A velocidade máxima está limitada a 90 km/h (poderia andar mais rápido) com o fim de conseguir o melhor compromisso entre autonomia e prestações.
Na busca de um peso contido que não sobrecarregue o motor e, consequentemente, o consumo elétrico, a ER10 emprega um quadro em liga leve, tal como o seu robusto braço oscilante. Conta com tecnologia 100% LED para toda a iluminação, dispondo de um painel de instrumentos totalmente digital, acompanhado por uma entrada USB. Não existem chaves mecânicas convencionais, mas sim uma chave inteligente que funciona por proximidade. A sua ciclística emprega uma forquilha invertida e um monoamortecedor traseiro, contando com jantes de 17 polegadas e travões de disco dotados de sistema anti bloqueio ABS.
Preço: 6.545€
Nota: Os restantes modelos Euro 5 previstos 300R, 300 ACX, 300DS, 500AC, 500DSX , 650DS e 650DSX vão chegar durante o primeiro semestre segundo informação do importador.
Previsão de novos modelos VOGE
Março 2021: 650DS Estilo offroad (GS)
Março 2021: 500DS com jante 19” de raios.
Junho 2021: Nova AC 500
Agosto 2021: 2 novas Scooter com motorização 350 cc (mesmo motor e quadro que as BMW GT 400 e BMW X 400).
Dezembro 2021: Novo motor 500 (493 cc) com potência máxima no limite para A2 (35kw)
4º Trimestre 2021: Nova naked 125 (similar à KTM Duke)
2023 aprox.: modelos ADV, R e RR com motores 950 cc e 800 cc, respetivamente.
Sujeito a aprovação: Possibilidade de importação modelo enduro LX300 Rally, se conseguir homologação EURO 5 (dependendo da procura na Europa)
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