História da Öhlins – O mundo em suspensão
Foi em 1976 que Kenth Öhlin fundou a marca homónima de amortecedores que se viria a tornar mundialmente famosa. Envolvido de início no Motocross, onde fora mecânico de Hakan Calqvist, acaba por ser o Russo Genady Moiseev a dar o primeiro título mundial à marca, igualmente no Motocross.
Pouco tempo depois, em 1981, repete a dose com Neil Hudson, em Yamaha 250. Em 1983, a marca chega ao Mundial de Velocidade e é recompensada com o título de Carlos Lavado em 250.
Por essa altura, a excelência da elaboração de cada componente, laboriosamente maquinado com precisão em aço quando outros usavam peças plásticas, começa a granjear fama à marca, que depois de iniciar atividade em Jönköping, ainda trabalha num modesto barracão em Marsta, não muito longe do aeroporto de Estocolmo e emprega apenas 18 pessoas.
O avanço tecnológico, porém, não pára e pouco depois, em 1984, a Öhlins tira a primeira patente das suas suspensões CES de controlo eletrónico. Impressionados com a excelência da marca, que por esta altura equipa várias equipas de competição pelo mundo fora a Yamaha viria a comprar uma quota substancial da marca em 1986, permitindo expansão para outros mercados.
1991 viria a trazer maior consagração ainda, com Wayne Rainey a vencer o Mundial de 500 e a colocar definitivamente a empresa no mapa. Há algum tempo que a marca começar a oferecer igualmente soluções automotivas, e os seus esforços são coroados pouco depois, em 1993, com um primeiro título de Nigel Mansell nos Formulas do Campeonato CART.
Por alturas de 1997, em franca expansão, a marca Sueca abre uma subsidiária nos Estados Unidos com um centro de vendas e distribuição para o continente americano. 1998 traz uma pequena, mas importante, distinção quando a marca consegue a certificação ISO 9001.
Uma parceria com a Tenneco Automotive vê um incremento da produção e das aplicações da bem-sucedida suspensão controlada eletronicamente, ou CES. Já este século, esta entra em produção em massa com a Volvo, para o S60R, enquanto os títulos mundiais em duas e quatro rodas se multiplicam. 2006 vê a introdução da tecnologia TTX e no ano seguinte, Kenth Öhlin volta a ganhar controlo de 95% da empresa ao adquirir de volta as ações detidas pela Yamaha.
Por esta altura, a marca atinge a bela marca de 200 títulos mundiais ganhos com as suas suspensões e abra um Centro de ensaios no Nurburgring na Alemanha. É também neste ano que Noriuki Haga vence corridas no Mundial de Superbike numa Ducati equipada, claro, com Öhlins. Antes dele, Roche, Polen e Fogarty já tinham feito o mesmo. Até 2009, a marca consolida a sua presença no mundo automóvel, ao mesmo tempo que, pela primeira vez, uma moto de estrada vem com suspensões ativas… a Ducati Multistrada 1200S… com Öhlins, naturalmente!
Com mais de um milhão de válvulas CES vendidas para aplicações várias, 2010 vê a apresentação dum sistema de altura de suspensão variável para a Ferrari e no ano seguinte a BMW R1200GS torna-se na primeira aplicação “aftermarket”. O crescimento é agora exponencial, pois em 2011 atinge-se a marca de 2 milhões de válvulas CES.
No ano seguinte, a Ducati Panigale conta igualmente com a suspensão eletrónica, bem como a Yamaha R1M, e pouco depois os títulos mundiais da marca atingem já o bonito número de 300. A Öhlins está agora por todo o mundo, e há uns 4 anos estreou novas instalações… ao mesmo tempo que atingia o cifra de 5 milhões de válvulas CES comercializadas.. mas foi nas motos, modestamente, que tudo começou há mais de 43 anos!
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