A Ultraviolette indiana está a expandir o seu portfólio com a X47 Crossover, uma desportiva de aventura elétrica com um preço inacreditável
A Ultraviolette já em 2023 apresentou na EICMA a sua F77 Superbike, (acima) que reclamava para si o título de primeira SBK projetada e construída na índia.
Agora, apresentou uma nova moto na Índia, a X47 Crossover, que supostamente reúne três motos numa só.
A ideia de uma moto desportiva de dupla utilização é, sem dúvida, o que lançou o agora vasto setor das motos de aventura.
Motos como a Suzuki DR650S, a XL470V Transalp da Honda e os adorados modelos KLR da Kawasaki ajudaram os motociclistas a sair da estrada sempre que quisessem, sem as concessões de uma moto de enduro ligeira à condução em estrada.
É esta a ideia da X47: uma posição de condução mais confortável e direita, aliada a uma suspensão e pneus mais adequados para todo-o-terreno, tudo isto aliado a um estilo um pouco mais robusto do que o encontrado na atual linha de nakeds para estrada da Ultraviolette. O resultado é uma moto com uma classificação 60/40 para estrada/fora de estrada.
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Como seria de esperar da marca indiana, a nova moto é extremamente tecnológica. O seu fabricante afirma que esta é a primeira moto do seu segmento a contar com deteção avançada por radar. Denominado Hypersense, um sistema que oferece deteção de ângulo morto, assistência à mudança de faixa e alerta de colisão traseira. Este último deteta se um veículo atrás está em rota de colisão e começa a piscar para alertar o veículo atrás. Este sistema, mais uma vez, é considerado o primeiro do segmento.
Outro sistema na nova moto é uma câmara de filmar, com duas câmaras 1080p à frente e atrás, apoiadas por um ecrã duplo, o que significa que as câmaras podem ser visualizadas em movimento. Este sistema junta-se ao TFT existente, que exibe os dados habituais do cockpit.
Há quatro níveis de controlo de tração desligáveis, e ABS de dois canais, comutável, isto além da travagem regenerativa, que por si só é ajustável em nove níveis. A moto também apresenta uma nova funcionalidade chamada Controlo Dinâmico de Estabilidade, que permite que o ABS e o sistema de travagem regenerativa comuniquem para ajudar a evitar o bloqueio da traseira em travagens bruscas.
Pouco foi revelado sobre o chassis da moto durante a apresentação, embora se vejam travões ByBre, que pareciam ser semelhantes aos encontrados em motos comparáveis do segmento. Também não foi revelado quem construiu a suspensão, embora parecesse significativamente mais longa do que as nakeds de rua F77.
São conhecidas algumas especificações técnicas da bateria, em geral igual à da F77. A bateria adapta-se muito melhor a uma máquina ADV. Para começar, a nova moto ostenta uma autonomia máxima de 323 km, mas a característica mais interessante para os condutores elétricos serão os carregadores rápidos integrados.
O sistema significa que já não precisa de transportar consigo um carregador pesado, pois, em vez disso, aquele que é considerado o “carregador refrigerado a ar com maior densidade de potência de sempre” está escondido debaixo do assento.
Isto deve abrir caminho para carregadores rápidos de nível automóvel até 1,6 kW. A nova moto conta com 38 cv, compatível com a carta A2, enquanto o binário máximo ao volante é de uns impressionantes 610 Nm.
Este binário ajuda a moto a atingir 60 Km/h em pouco menos de três segundos, enquanto 100 Km/h podem ser alcançados em 8,3 segundos, um pouco mais lento.
O preço foi anunciado e, pelo menos na Índia, é bastante barato, custando cerca de 2.400 Euros à taxa de câmbio atual.
No entanto, é altamente improvável que seja esse o preço quando chegar à Europa. As entregas da nova moto começam em outubro de 2025, com as pré-encomendas abertas no site da Ultraviolette às 16h00 do dia de hoje, 23 de setembro.
