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Desafios: Do Lago Vitória ao ‘Dhow’ do Índico

By on 15 Maio, 2024

Uma nova aventura que começa no Lago Vitória e segue até ao Oceano Índico, a solo, sem bússola, sem GPS, sem mapas em papel e sem conhecimentos de Swahili, apenas mais uma épica viagem em África!

João Sousa é um motociclista português, tem 47 anos e um aventureiro que no seu curriculo já tem inúmeras desafios realizados, sempre com o apoio da NEXX Helmets e da experiente BMW F 650 GS.

Saem finalmente da cidade (Kampala) e sobem para norte, para o calor.… tanto calor que foram obrigados a fazer uma pausa para se refrescarem os dois… O João e a sua moto Mbuti Lilhaza (Cabra Azul). Estação seca, muito calor no ar e no asfalto, calor do trânsito, fumo preto por todo o lado, parar e andar, pontos de controlo da polícia, centenas de boda-bodas (motociclos), uma verdadeira loucura, mas faz parte do negócio TIA (This is africa), portanto, tudo bem – prontos para mais um dia de fronteira! – em Malaba, entre o Uganda e o Quénia.

“Deixar Kampala foi uma loucura, mas finalmente saímos e estamos a avançar. Ao deslocarmo-nos para a fronteira de Malaba, o tráfego de camiões aumenta em número (estacionados e em movimento na estrada em direção a Kampala), os Matatus (carrinhas de táxi) e os carros de turismo ultrapassam quilómetros de camiões e empurram-nos literalmente para fora da estrada, para o passeio.”

Poucos quilómetros antes de chegarem à fronteira, as filas de camiões começam no lado ugandês, seguem o corredor norte que liga à República Democrática do Congo, ao Ruanda e ao Sudão do Sul, no lado queniano, fazem o corredor do porto de Mombaça para entrar no Uganda e seguem o corredor norte para estes países. “As filas para a fronteira são intermináveis e os depósitos de combustível perderam a conta quando se formaram 3 filas de camiões colados uns aos outros, todos na mesma direção.” Diz João.

O lema é “Bem-vindos a Eldoret, a Cidade dos Campeões!”, pois todos os maratonistas vêm deste lado do Quénia. Desde que saiu de Eldoret, João tem estado a subir o Vale do Rift, onde acaba por ver pessoas com camisolas e gorros de lã, florestas de pinheiros, muito frio e chuva! É preciso um casaco polar na África quente. Subindo as montanhas e avançando para as planícies, mas passando por uma famosa casa de banho com uma vista deslumbrante para o Vale, The Facebook Toilet. Descendo as montanhas do Grande Vale do Rift, chega à capital Nairobi e com tanto para fazer nesse centro urbano da África Oriental.

“Consigo visitar o Parque Nacional de Nairobi, que se situa nos arredores da cidade densamente povoada de Nairobi. Uma vez no parque, é possível ver os edifícios e as torres da cidade como pano de fundo, o que nos faz pensar na interação entre os seres humanos e a vida selvagem.” Relata o aventureiro.

A biodiversidade de espécies neste parque é justa, bem como os aglomerados de fauna/caça diferentes que se podem encontrar, incluindo leões, gnus, girafas, zebras, hipopótamos, rinocerontes, Topi, springbok, javalis, búfalos, crocodilos, lagartos-monitores, aves como íbis de Hadada, turacos, marabus, grous de crista, grous pretos e brancos, águias, estorninhos, primatas, babuínos, macacos vervet, etc. No interior do parque, também se pode visitar o monumento onde as autoridades nacionais responsáveis pela vida selvagem queimaram toneladas de marfim ilegal proveniente de atividades de bolsas em todo o país.

No dia seguinte, João parte de Nairobi para Mombaça pela A109. Chega a Mombaça num dia quente e há areia empoeirada por todo o lado, o trânsito para a ilha é intenso e a cidade está mergulhada numa nuvem de pó.  No final da estrada, chega-se à cidade insular de Mombaça, que é atravessada por um ferry de carga cheio de carros e carrinhas.

Uma vez na cidade velha, João visitou o Forte Jesus, construído pelos portugueses, aquando da sua chegada à costa do Oceano Índico. O forte era já uma fusão de culturas, sendo uma fortaleza para defender Mombaça num ponto estratégico do delta e a ilha também desempenhava um papel fundamental no comércio com todos os dhows (pequenos barcos com apenas uma haste e uma vela) e todos os barcos vindos dos países europeus. Um lugar imperdível em Mombaça, com as histórias literalmente escritas nas paredes desde a construção do forte, agora Património Mundial da UNESCO.

“No dia seguinte, saída da ilha de Mombaça num batelão em direção a sul, ao longo da costa. Já estamos no cenário de praia do Quénia, Karibu, Diani Beach! Um lugar bonito, repleto de hotéis de primeira classe, bares, restaurantes de frutos do mar, escolas de mergulho e praias de água azul-turquesa limpa e calor extremo, é um destino obrigatório desde que se chega à costa oriental do Quénia. Descendo a costa, chegamos à capital da Tanzânia, Dar Es Salaam. Seguimos para a zona portuária para apanhar o Cargo Ferry de Dar Es Salam para Zanzibar. Não foi o melhor em que já estive, muita burocracia portuária, horários e esperas para embarque, esquemas e bilhetes sem código de emissão, confusão…”

Quando o João chega à ilha, está muito calor e o porto já está cheio de pessoas e carros! Ao chegar à agitada Stone Town, em Zanzibar, mais uma operação cirúrgica bem-sucedida na oficina do Sr. Issa para reparar um tubo do radiador partido, falhas elétricas, água no combustível e fugas de óleo. Depois de tudo resolvido, começa a atravessar a ilha de alto a baixo. “Visitei as ruínas de um Forte Português Mvuleni na Ilha de Zanzibar. Algumas das ruínas que restam, mas já com novas construções à volta, outras de apoio, mais um telhado metálico que foi construído para proteger o forte incluindo uma escada para as caves e grutas de Fukuchani com a presença de água que a população usa para tomar banho e lavar roupa.”

Seguem viagem, de volta ao continente e avançam para sul no hemisfério, pingam uma quantidade gigante de suor, Mbuti Lilhaza (a moto) pinga quantidades gigantes de óleo. Chegam ao posto fronteiriço de Horohoro One stop, o melhor que viram até agora em África, sem vendedores ambulantes, sem fixadores, sem compromissos, eram os únicos clientes naquela altura! Todos os funcionários foram espetaculares e educados…

“Passo a montanha Kilimanjaro, a montanha Mero, e sigo por terras selvagens na região da tribo Maasai em busca de montanhas entre as acácias num lugar completamente vasto e árido onde só aparecem Girafas reticuladas, burros, cabras e vacas. Está calor, eu continuo a pingar suor e Mbuti Lilhaza (a moto) continua a pingar óleo, por isso tudo continua normal. Nesse dia, consigo apanhar um camaleão no chão e as mulheres Maasai vão-me apressando até terminar este passeio fantástico, o Dhow do Oceano Índico!”

TESTEMUNHO & FOTOGRAFIA
NEXX RIDER: JOÃO AROUND THE WORLD

Visite http://joaoaroundtheworld.com/

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