Ducati inicia a era elétrica na MotoE em 2023
A Ducati tornou-se fornecedora exclusiva da Taça do Mundo de motos elétricas Moto E. O fabricante, que ainda não tendo uma moto elétrica no mercado, tem menos de dois anos para desenvolver uma moto que esteja à altura da tarefa.
Após o anúncio da Energica de renunciar à prorrogação do seu acordo como fornecedor exclusivo das motos elétricas na MotoE , ficou tudo no ar, não só a possibilidade de se procurar um novo fornecedor, mas também na própria continuidade da competição.
Depois de muita especulação sobre esta situação difícil, que deixou Nicolas Goubert, diretor executivo da FIM Enel Moto E numa situação difícil, a situação foi finalmente resolvida com a assinatura da Ducati , outro fabricante italiano, como fornecedor exclusivo.
O acordo assinado entre a Dorna Sports, empresa de marketing do Campeonato de MotoGP que também detém os direitos comerciais da série MotoE, estabelece a exclusividade da Ducati como fornecedora das motos elétricas à Moto E durante três temporadas, de 2023 a 2026. Portanto, a Ducati é agora obrigada a desenvolver as suas tão esperadas motos elétricas em menos de dois anos .
O CEO da Ducati, Claudio Domenicali, afirmou que este é um “momento histórico para a empresa”. O empresário quis valorizar os dois anos que a Ducati vem a estudar a situação dos motores elétricos, para que o acordo chegue na hora certa “porque nos permitirá trabalhar num campo bem conhecido nosso e controlado como a competição”.
Nesse sentido, Domenicalli garantiu que trabalharão para colocar nas mãos dos pilotos de MotoE uma moto elétrica de alto rendimento que se caracterizará pela leveza . Claudio Domenicali, afirmou na ocasião do acordo com a Dorna Sports: “Graças à tecnologia e química das baterias que estão a evoluir rapidamente, estamos convencidos que podemos obter um excelente resultado. Testamos as nossas inovações e as nossas soluções tecnológicas futurísticas em circuitos por todo o mundo, queremos fazer sempre produtos emocionantes e desejáveis, disponíveis para os ‘Ducatistas’. Estamos convencidos de que, uma vez mais, iremos basear-nos experiências que temos no mundo da competição para as transferirmos e aplicá-las também nas motos de produção. ”
UM FUTURO ELÉTRICO QUE NÃO SE ANTEVIA?
O acordo com a Moto E e as declarações subsequentes de Domenicalli, esclarecem as notícias contraditórias sobre o trabalho da Ducati a este respeito que surgiram nos últimos anos. Em 2019, o próprio Domenicali foi contundente afirmando que o futuro seria elétrico, garantindo que a empresa italiana iria trabalhar no desenvolvimento de uma moto elétrica, o que agora se confirma. Também em março de 2021, Herbert Diess, CEO do Grupo Volkswagen, ao qual pertence a Ducati, confirmou a chegada de uma moto elétrica da marca italiana, embora sem dar uma data de apresentação. Porém, pouco depois foi falado no uso de combustíveis sintéticos para eliminar as emissões. Porém, agora o sentido parece ser outro.
Para a marca italiana, a complexidade mais importante está em combinar o alto desempenho com a autonomia das baterias . “Estamos a avaliar quando, e em que ponto a quantidade de energia armazenada por uma bateria tornará uma moto elétrica em grande escala utilizável”, foi dito na altura em relação ao desenvolvimento das baterias sólidas, que serão um fato em meados desta década.
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