O emblema das motos de Hamamatsu não era atualizado há 22 anos
A Suzuki, aliás Suzuki Motor Corporation, para usar a designação completa da marca de motos fundada por Michio Suzuki em 1954, quando mudou a razão social da sua fábrica de teares para se dedicar ao fabrico de motos, não atualizava o seu emblema há mais de duas décadas.
Agora, e pela primeira vez em mais de 20 anos, a Suzuki atualizou o seu emblema para refletir a evolução da tecnologia e encara tempos futuros com uma perspetiva mais dinâmica.

Fê-lo de forma subtil, evolução mais do que revolução, porque o maior valor que uma marca possui é a marca em si.
Para dar um exemplo se a Coca Cola vendesse a sua marca amanhã, quanto acham que pediria? Não estamos a falar das fábricas, dos tanques, do equipamento de engarrafar, dos camiões de distribuição. Só a marca, o direito de se chamar Coca Cola… alguma ideia? Não? Tentem 47 mil milhões de dólares!
Portanto, havia que ter cuidado com o logótipo, mantendo-o instantaneamente reconhecível, mas ao mesmo tempo dando-lhe um aspeto limpo e moderno, que supostamente está em linha com o seu mantra… muito importante para os japoneses.
No mundo dos apaixonados por automóveis, a Suzuki tem um dos emblemas mais reconhecíveis, pois utiliza o mesmo emblema nas suas motos e carros. E presumo que a maioria que está a ler isto também são apaixonados por automóveis.

Assim, não se preocupem, o icónico “S” mantém-se, a silhueta é absolutamente idêntica, mas a firma ficou mais limpa, mais metálica, refletindo a necessidade de viver na mesma era digital que todos nós agora.
O design deve incorporar o slogan da marca “Way of Life”, o Caminho da Vida, e manter-se fiel ao mantra da Suzuki de “foco no cliente”, ao mesmo tempo que olha para o futuro.
Falando sobre o novo logótipo, Toshihiro Suzuki, Diretor Geral e Presidente da Suzuki, afirmou:
“O novo emblema personifica o compromisso de longa data da Suzuki em criar produtos valiosos com foco no cliente, bem como a nossa determinação em assumir novos desafios para o futuro. Continuaremos a caminhar ao lado dos nossos clientes, proporcionando infraestruturas de mobilidade intimamente ligadas à vida das pessoas, contribuindo para a concretização de um futuro sustentável.”
O design em “S” saliente, sinónimo da marca, que parecia ter sido maquinado num medalhão cromado, com todos os sombreados e detalhes curvilíneos que teríamos associado à arte digital há duas décadas, desapareceu.
Agora, a Suzuki abandona o design tridimensional em favor de uma cultura de design minimalista e quase plana. No fundo, refletindo a evolução dos seus veículos, basta olhar para o Suzuki Jimny ou para a V-Strom 800DE e perceberão o que quero dizer.

O design mais recente representa o moderno, minimalista ou, por vezes, utilitário, que vemos em muitos dos veículos mais recentes da Suzuki. O novo emblema foi achatado, ganhou um aspeto limpo, quase como se tivesse sido cortado de uma grossa chapa de metal, com acabamento em algumas arestas chanfradas — a única forma de perceber que se trata de uma imagem 3D em vez de um esboço 2D — e polido.
O novo design elimina o acabamento cromado a que estamos habituados em muitas marcas automóveis e também nos emblemas da Suzuki; no seu lugar, há uma nova pintura prateada de alto brilho.
A nova pintura finaliza o visual de forma limpa e moderna, mas também reduz o impacto ambiental na produção do emblema. Aqueles que mal podem esperar para o ver pessoalmente, em breve terão o seu desejo realizado, pois estará em exibição nos concept cars no Japan Mobility Show de 2025.