A Suzuki produziu um documentário por ocasião dos 40 anos da GSX-R

A Suzuki GSX-R faz 40 anos, pelo que a empresa realizou um documentário em vídeo sobre a mítica moto superdesportiva. Figuras-chave envolvidas no desenvolvimento da gama GSX-R pela Suzuki, começando com a primeira geração da GSX-R750 em 1985, partilham as suas ideias sobre o desenvolvimento.
Quem é um nerd da história das motos adora ouvir, ver ou ler histórias do desenvolvimento de motos diretamente da boca das pessoas que as desenvolveram.

Como os fãs da Suzuki GSX-R já devem saber, 2025 marca o 40º aniversário da lendária linha de motos desportivas da Casa de Hamamatsu. E não estamos a usar o termo “lendária” de ânimo leve; Quer dizer, por amor de Deus, as pessoas até começaram a chamar-lhe ‘GêXisErre’, e esta forma abreviada tornou-se um apelido tão comum que a Suzuki acabou por usar a designação nalgumas das suas motos urbanas de baixa cilindrada.

Só isso é indicativo de um fantástico sistema de comunicação com os fãs da Suzuki. Assim, para celebrar, a Suzuki fez algo importante para documentar a história desta linha icónica e conseguiu que várias pessoas envolvidas no seu desenvolvimento se sentassem em frente às câmaras e conversassem sobre o assunto.
Aqui em 2025, podemos respeitar a importância disso; afinal, as pessoas não vivem para sempre, e se a história de alguém não foi contada antes de deixar esta vida, então pode nunca ser contada.

Por isso, parabéns à Suzuki por garantir que esta história importante não se perde. Desde a primeira GSX-R 750 com quadro duplo berço e refrigeração a óleo, em 1985, até aos dias de hoje, temos vislumbres importantes tanto dos avanços como dos desafios que os motores Suzuki enfrentaram ao longo do tempo, à medida que a GSX-R evoluía. 1992 marcou a quarta geração da GSX-R 750, mas, por essa altura, os desafios de uma moto refrigerada a óleo eram inegáveis.

Assim, mudaram para o arrefecimento a água, mas outros desafios surgiram à medida que a marca procurava manter as suas motos em plena forma para as pistas de corrida. Afinal, “simplificar e fazer mais leve” não é apenas um cliché; é um estilo de vida nas corridas.

Foi preciso esperar até 1996 para que os engenheiros convencessem os figurões da Suzuki de que um quadro de dupla trave e um design de motor mais compacto eram o próximo passo; mas conseguiram.
O desafio era de alguma forma, encaixar um motor a quatro tempos e quatro cilindros dentro do quadro da RGV-500 campeã de Kevin Schwantz. Foi assim que a Suzuki quis actualizar a GSX-R 750 de 1996.

Uma tarefa nada fácil, de facto. Mas até os pilotos de testes, cujo trabalho é oferecer o máximo de críticas construtivas possível, adoraram. O que é particularmente fascinante neste documentário é que a maioria dos engenheiros que aparecem no filme já estão reformados.
E, no entanto, quase desde o início, ouvem-se várias vozes de engenheiros a expressar o desejo de que a Suzuki fosse mais rápida a adaptar as mudanças que estavam a sugerir à sua linha de produção. Assim, se é um dos muitos entusiastas da Suzuki que gostaria que a marca evoluísse um pouco mais rapidamente, provavelmente sentir-se-á justificado pelo facto de os engenheiros sentirem o mesmo.

É quase um pouco surpreendente vê-los expressar estes sentimentos neste documentário, mas ficamos felizes por o terem feito e por os editores terem deixado. E depois, em 2000, refinaram ainda mais a GSX-R750. Chassis mais leve, motor mais leve, equilíbrio melhorado; será que poderia ficar ainda melhor? Eis a GSX-R1000, apresentada ao mundo pela primeira vez em 2001. E o resto, como se costuma dizer, é história.
Conseguem imaginar o segmento das motos desportivas sem as GSX-R?